Bom dia, investidor, Confira os destaques desta terça (24): - Copom sinaliza estabilidade após alta da Selic para 15% ao ano
- EUA divulgam Índice de Confiança do Consumidor
- Cessar-fogo anunciado por Donald Trump teve vida curta
Copom sinaliza estabilidade após alta da Selic para 15% ao ano- O Banco Central divulgou hoje a ata da reunião mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom), detalhando os motivos que levaram à decisão de elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 15% ao ano. Esta é a sétima alta consecutiva, consolidando um ciclo iniciado em setembro de 2024, quando os juros estavam em 10,5% ao ano. Desde então, a Selic subiu 4,5 pontos percentuais e agora atinge o maior patamar desde julho de 2006.
- No documento, o Copom reforçou que a decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o centro da meta. A autoridade monetária avaliou que, apesar das pressões recentes sobre os preços, especialmente vindas de choques no setor de energia e nos alimentos, o ciclo de alta está próximo do fim.
- O Banco Central sinalizou que a taxa básica de juros deve permanecer estável nas próximas reuniões, indicando uma possível interrupção no aperto monetário iniciado no ano passado.
- O cenário de inflação acumulada acima da meta, aliado a um mercado de trabalho ainda resiliente, sustentou a decisão do Copom de continuar o ajuste monetário, embora de forma mais moderada. A expectativa do mercado agora é de estabilidade da Selic até o final do ano, com o Banco Central monitorando de perto os efeitos defasados da política de juros mais altos sobre a atividade econômica e a formação de preços.
- Com ainda quatro reuniões programadas até o fim de 2025, o mercado segue atento às próximas sinalizações da autoridade monetária, enquanto analistas já começam a debater quando poderá ocorrer uma flexibilização da taxa Selic, dependendo da dinâmica da inflação e da atividade econômica ao longo do segundo semestre.
EUA divulgam Índice de Confiança do Consumidor- O Índice de Confiança do Consumidor nos Estados Unidos, previsto para divulgação hoje às 11h (horário de Brasília), será um importante termômetro sobre o comportamento das famílias americanas. Dados preliminares de junho mostram uma recuperação expressiva: o indicador saltou para 60,5 pontos após seis meses de queda.
- O aumento da confiança está ligado à inflação mais controlada e ao mercado de trabalho resiliente. As expectativas de inflação para os próximos 12 meses caíram de 6,6% para 5,1%, estimulando maior intenção de compra de bens duráveis e fortalecendo as projeções de crescimento econômico.
Cessar-fogo entre Israel e Irã dura poucas horas, e tensão volta a crescer- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite de ontem (23) um cessar-fogo completo entre Israel e Irã, após 12 dias de confronto. O acordo previa a interrupção gradual das hostilidades e provocou uma reação imediata nos mercados, com forte queda nos preços do petróleo, que haviam disparado durante o conflito.
- Apesar da trégua anunciada, o cessar-fogo teve vida curta. Inicialmente, o Irã negou o acordo, enquanto Israel demorou a confirmar sua adesão, declarando que responderia a qualquer violação. Menos de três horas após o anúncio, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Irã de romper o pacto ao lançar novos mísseis e autorizou uma "resposta firme" ainda na manhã de hoje. O governo iraniano negou qualquer ataque, reiterou seu compromisso com o cessar-fogo e afirmou que "não confia na palavra do inimigo".
- O episódio evidencia a fragilidade do acordo intermediado pelos Estados Unidos e mantém elevado o nível de tensão no Oriente Médio, o que pode continuar pressionando os mercados e o preço do petróleo nos próximos dias.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na segunda (23): - Dólar: -0,40%, a R$ 5,503.
- B3 (Ibovespa): -0,41%, aos 136.550,50 pontos.
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