Bom dia, investidor, Confira os destaques desta segunda (30): - Mercado de trabalho: governo divulga dados do Caged
- Canadá recua após pressão de Trump e tenta destravar negociações
- IOF: Lula prepara ofensiva no STF; Haddad mira supersalários
- Governo lança hoje Plano Safra 25/26
Mercado de trabalho: governo divulga dados do Caged- O Ministério do Trabalho e Emprego divulga hoje, às 14h30, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) de maio, com expectativa de criação líquida de 179 mil vagas formais. O resultado reforçaria a trajetória positiva do mercado de trabalho, que já registrou 39,8 milhões de empregos com carteira assinada no mês, o maior número da série histórica.
- Além da geração de vagas, a taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em maio, o menor nível já registrado para este período. Outro dado relevante é a redução da informalidade, que agora atinge 37,8% da população ocupada. Esses números mostram um mercado de trabalho mais aquecido e formalizado, o que pode sustentar o consumo e ajudar na arrecadação fiscal nos próximos meses.
- O desempenho sólido do emprego também pode influenciar o Banco Central na condução da política monetária, já que um mercado de trabalho forte pode manter a pressão sobre os preços.
Canadá recua após pressão de Trump e tenta destravar negociações- O governo canadense anunciou que irá revogar a taxa sobre serviços digitais, conhecida como DST (Digital Services Tax), aplicada a grandes empresas de tecnologia. A medida é uma resposta direta às ameaças do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que suspendeu as negociações comerciais com o Canadá e prometeu impor novas tarifas caso a taxação continuasse.
- Trump classificou o imposto como um "ataque direto e flagrante" aos interesses norte-americanos e indicou que poderia até antecipar o prazo de 9 de julho para aplicar as tarifas. O Canadá, diante do risco de sanções, decidiu suspender imediatamente a cobrança e trabalhar para anular a legislação.
- As negociações precisam avançar até o encontro do G7, marcado para 21 de julho, quando Trump pretende concluir novos acordos bilaterais. Até agora, os Estados Unidos fecharam pactos com o Reino Unido e a China (este último ainda pendente de aprovação). O Brasil continua negociando, mas não há previsão de conclusão.
IOF: Lula prepara ofensiva no STF; Haddad mira supersalários- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva orientou a AGU (Advocacia-Geral da União) a recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) para tentar reverter a decisão do Congresso, que derrubou o decreto que aumentava o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). O governo argumenta que o Congresso invadiu atribuições do Executivo e prepara uma estratégia jurídica para restabelecer a validade do aumento do imposto.
- A derrota no Congresso representou um revés importante para a equipe econômica. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vê o espaço para equilibrar as contas públicas cada vez mais restrito. Caso o recurso no STF não prospere, Haddad será pressionado a decidir onde cortar gastos para compensar a perda de arrecadação.
- Entre as alternativas estão propostas antigas para reduzir supersalários e benefícios de servidores, especialmente verbas indenizatórias que fazem com que categorias como juízes e promotores ultrapassem o teto constitucional. Haddad já havia sugerido essas medidas ao Congresso, mas enfrenta forte resistência.
- Uma proposta aprovada pelo Senado em 2016 ainda aguarda revisão da Câmara desde 2021, e uma tentativa recente de Lula de limitar os penduricalhos por meio de uma PEC foi desidratada pelo Legislativo, após pressão do Judiciário.
Governo lança hoje Plano Safra 25/26- O governo federal lança nesta segunda-feira (30) o Plano Safra 2025/26 voltado para a agricultura familiar. A expectativa é de um volume recorde de recursos, com o anúncio oficial previsto para hoje. O pacote para a agricultura empresarial será divulgado amanhã (1º), e o orçamento total pode se aproximar dos R$ 600 bilhões, superando os R$ 584,5 bilhões da safra passada.
- O Plano Safra deste ano promete ser o maior da história para pequenos produtores, com foco em ampliar o crédito rural via Pronaf. Para a agricultura empresarial, os recursos devem continuar concentrados no custeio, especialmente para médios produtores atendidos pelo Pronamp.
- Apesar do volume elevado, o custo do financiamento deve subir. Com a Selic ainda em patamar elevado, entre 14,75% e 15% ao ano, os juros para os produtores tendem a ser mais altos que na safra anterior. Para tentar compensar, o governo estuda ampliar a exigibilidade de depósitos à vista e das LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio), buscando garantir a oferta de crédito em condições mais acessíveis.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na sexta (27): - Dólar: -0,27%, a R$ 5,483.
- B3 (Ibovespa): -0,18%, aos 136.865,80 pontos.
Queremos ouvir vocêTem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |