Bom dia, investidor, Confira os destaques desta sexta (4): - Ibovespa atinge recorde e dólar recua ao menor nível em mais de um ano
- Trump sanciona pacote fiscal de US$ 3,4 trilhões e pressiona dívida dos EUA
- EUA e China avançam na implementação de acordo comercial
Ibovespa atinge recorde e dólar recua ao menor nível em mais de um ano- O Ibovespa fechou a sessão de quinta-feira (3) em forte alta de 0,95%, aos 140.927 pontos, o maior patamar da história do índice. O avanço foi impulsionado pelo desempenho positivo de grandes empresas, incluindo os principais bancos, Petrobras, Embraer e Engie.
- Entre os destaques, a Petrobras continuou se beneficiando da alta internacional do petróleo e de expectativas favoráveis sobre sua política de dividendos.
- No acumulado de 2024, o Ibovespa já registra valorização de 17,16%, refletindo o fortalecimento dos fundamentos do mercado brasileiro e o aumento da entrada de capital estrangeiro.
- O dólar comercial também seguiu trajetória de baixa, recuando 0,22% na última sessão, para R$ 5,404, menor cotação em mais de um ano. O movimento foi apoiado pelo fluxo positivo de investimentos para o Brasil e pelo otimismo nos mercados internacionais, após a divulgação de dados mais fortes que o esperado sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
- O relatório de emprego americano mostrou resiliência da economia, com criação de vagas acima das expectativas, reforçando a percepção de que, mesmo com juros elevados, os EUA seguem com atividade robusta.
- Hoje, a liquidez nos mercados deve ser reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos. A menor participação de investidores estrangeiros pode ampliar as oscilações nos preços dos ativos brasileiros ao longo do dia.
Trump sanciona pacote fiscal de US$ 3,4 trilhões e pressiona dívida dos EUA- O presidente Donald Trump deve assinar nesta sexta-feira (4) o pacote fiscal de US$ 3,4 trilhões, conhecido como "Big Beautiful Bill", aprovado pela Câmara dos Representantes por uma margem estreita de 218 votos a 214. Todos os democratas votaram contra a medida, assim como dois republicanos, demonstrando forte divisão no Congresso.
- O projeto inclui cortes permanentes de impostos para empresas e famílias de alta renda, amplia isenções e elimina tributos sobre gorjetas e horas extras. Também traz mudanças profundas no Medicaid e em programas sociais, reduzindo recursos destinados à saúde e à assistência alimentar.
- Entre os pontos polêmicos, o texto prevê a eliminação de incentivos à energia limpa, como créditos fiscais para fontes renováveis, enquanto eleva substancialmente os gastos com defesa, segurança de fronteira e políticas de deportação. Há ainda a criação de um programa piloto de depósito único para recém-nascidos e facilitação de regras para contas de poupança.
- Segundo projeções, o pacote deve aumentar o déficit público americano em cerca de US$ 3,3 trilhões na próxima década. Apesar disso, a proposta também amplia o teto da dívida dos EUA em US$ 5 trilhões, afastando o risco imediato de calote e de um choque nos mercados globais.
- A aprovação da medida é vista como uma vitória política importante para Trump e um marco da agenda de seu segundo mandato. No entanto, investidores e agências de classificação de risco, como a Moody's, já manifestaram preocupação com a trajetória da dívida americana, que atualmente supera US$ 36 trilhões.
- O mercado reagiu com cautela: os juros dos títulos do Tesouro dos EUA subiram, o dólar perdeu força como ativo de proteção e o ouro registrou alta, sinalizando busca por ativos considerados mais seguros.
EUA e China avançam na implementação de acordo comercial- O Ministério do Comércio da China confirmou nesta sexta-feira (4) que Pequim e Washington estão acelerando a implementação do acordo comercial firmado em Londres no mês passado, após meses de tensões e restrições mútuas.
- Como parte do entendimento, os Estados Unidos suspenderam restrições à exportação de softwares de design de processadores (EDA), etano e, possivelmente, motores de aeronaves para o mercado chinês. Empresas líderes do setor, como Synopsys, Cadence e Siemens, já foram notificadas pelo Departamento de Comércio americano sobre a revogação das barreiras.
- O governo chinês, por sua vez, comprometeu-se a aliviar restrições à exportação de terras raras, materiais essenciais para a fabricação de produtos de alta tecnologia, como veículos elétricos e eletrônicos avançados.
- O ambiente de negociações comerciais permanece dinâmico. O presidente Donald Trump indicou que pode iniciar hoje o envio de cartas para parceiros comerciais, detalhando tarifas que os países terão que pagar para acessar o mercado americano. O prazo final para definição das tarifas é 9 de julho.
- Até o momento, os EUA fecharam acordos bilaterais com o Reino Unido e o Vietnã, mantêm uma trégua comercial com a China e demonstram otimismo com um possível entendimento com a Índia. Por outro lado, Trump sinalizou frustração com as negociações em andamento com o Japão.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quinta (3): - Dólar: -0,29%, a R$ 5,405.
- B3 (Ibovespa): 1,35%, aos 140.927,86 pontos.
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