Segunda-feira, 02/06/2025 | | | |
 | Fábrica da Gerdau nos Estados Unidos | Star Tribune via Getty Images |
| Moody's, taxas sobre o aço e IOF são os destaques de hoje nos mercados | | | Bom dia, investidor! Veja os destaques desta segunda-feira (2): - Moody's reduz perspectiva do Brasil
- Trump aumenta taxa de importação do aço
- Discussões em torno do IOF continuaram no final de semana
Moody's reduz perspectiva do Brasil- A agência de classificação de risco Moody's rebaixou, na sexta-feira, a perspectiva de nota do Brasil de positiva para estável. A justificativa é uma piora no progresso da resolução da dívida brasileira.
- O relatório da agência menciona uma "deterioração acentuada na capacidade de pagamento da dívida" e um "progresso mais lento do que o esperado na resolução da rigidez dos gastos e na construção de credibilidade em torno da política fiscal, apesar do cumprimento das metas de resultado primário".
- A agência também reafirmou a nota "Ba1" do país, um degrau abaixo do chamado grau de investimento. Desde outubro do ano passado, a Moody's classifica o país um nível abaixo do grau de investimento. A nota é melhor que a de outras agências.
- Como resposta, a Secretaria do Tesouro Nacional informou que o governo está empenhado em melhorar as contas públicas, esforçando-se para aumentar a arrecadação e segurar gastos.
- A classificação de agências internacionais guia o investimento estrangeiro. Com uma perspectiva pior, o investidor de fora pode investir menos dólares no país, afetando tanto a Bolsa quanto o câmbio.
Trump volta a aumentar taxas- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu aumentar as taxas do aço importado, de 25% para 50%.
- Isso aumenta o receio de investidores do mundo todo, com possibilidades de retaliação, aumento da inflação e outros efeitos.
- Os American Depositary Receipts (ADRs, ações de empresas estrangeiras negociadas nos EUA) da Gerdau deram um salto de 6,46%, cotados a US$ 2,80, no pregão estendido da Bolsa de Nova York (Nyse). Na pré-abertura, continuaram em alta. Isso porque mais de 40% do faturamento da empresa vem do país. Já outras empresas brasileiras do setor podem sofrer.
- O câmbio também pode ser afetado com a volta das ofensivas do presidente norte-americano.
Discussões em torno do IOF continuaram no final de semana- O embate em torno da cobrança de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) continuou agitado e deve se refletir nos mercados hoje.
- Hoje pela manhã, o ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que esteve reunido com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) para discutir a correção de distorções do Orçamento e o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). Ele garante que foi fechado um acordo e diz estar comprometido com as metas fiscais.
- No sábado, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) pediu à equipe do governo Lula a suspensão imediata de uma das modalidades de IOF que o governo federal instituiu por decreto e que afeta diretamente o comércio, sobre o chamado "risco sacado".
- O risco sacado é uma modalidade de crédito no qual os bancos antecipam valores a comerciantes que vendem a prazo e não estava sujeita a cobrança de IOF até a edição do decreto do governo federal.
- Já no domingo, o presidente Lula fez um afago a Motta, afirmando que o deputado será "bem tratado" pelos partidos de esquerda. Petista pregou mais diálogo com o Congresso. "O governo tem que aprender que, quando quiser ter uma decisão que seja unânime entre todos os partidos, o correto não é a gente tomar a decisão e depois comunicar. É a gente chamar as pessoas para tomar a decisão junto com a gente", disse Lula.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na sexta-feira (30): - Dólar: +0,91%, a R$ 5,717
- B3 (Ibovespa): -1,09%, aos 137.026 pontos
Queremos ouvir você Tem alguma dúvida ou sugestão sobre investimentos? Mande sua pergunta para uoleconomiafinancas@uol.com.br. |
| |
|
Publicidade |  | |