Bom dia, investidor, Veja os destaques desta quinta (8): - Trump deve anunciar primeiro acordo comercial
- Copom eleva juros para o maior patamar desde 2006
- EUA: Fed mantém juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano
- Temporada de balanços: Ambev, Itaú Unibanco e Magazine Luiza são destaques
Trump deve anunciar primeiro acordo comercial- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que um primeiro acordo tarifário foi fechado e será oficialmente divulgado na manhã desta quinta-feira (8), em coletiva na Casa Branca.
- Segundo apuração do The New York Times, o acordo será firmado com o Reino Unido. Em publicação na Truth Social, sua rede social, o republicano afirmou que este será o primeiro de "muitos" acordos comerciais e que os detalhes serão apresentados no Salão Oval às 11h, no horário de Brasília.
- Sem revelar o país envolvido, Trump limitou-se a dizer que se trata de um parceiro "grande e altamente respeitado". Ainda não está claro se as partes assinarão um acordo final ou apenas uma estrutura preliminar, que seguiria em negociação nos próximos meses.
- O Reino Unido, que mantém um déficit comercial com os Estados Unidos, foi poupado das tarifas "recíprocas" mais elevadas anunciadas por Trump no chamado "Dia da Libertação", mas ainda foi atingido pela tarifa básica de 10%.
- O novo acordo deve reduzir tarifas sobre produtos exportados entre os dois países, especialmente em setores como aço, alumínio e automóveis, áreas que foram alvo de tarifas elevadas nos últimos anos.
- O governo britânico buscava há meses a diminuição dessas tarifas, e a expectativa é que o Reino Unido seja isento ou tenha redução significativa das tarifas impostas pelos EUA. Em contrapartida, os Estados Unidos podem ser beneficiados com a redução de barreiras não tarifárias no Reino Unido, ampliando o acesso ao mercado britânico para produtos e serviços americanos.
- Há semanas, autoridades ligadas a Trump afirmam manter negociações com mais de uma dúzia de países e dizem estar próximas de firmar acordos, mas até agora, nenhum foi oficializado.
Copom eleva juros para o maior patamar desde 2006- O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual, para 14,75% ao ano, o maior patamar desde 2006.
- Essa decisão ocorre em um ambiente de inflação persistente, acima do teto da meta, e com sinais de que pressões inflacionárias podem demorar a arrefecer. Entre os fatores que pesaram na decisão estão a inflação de alimentos e energia, impulsionada por choques recentes, tanto internos quanto externos, e um mercado de trabalho aquecido, com desemprego em queda, o que aumenta o risco de repasse de salários para os preços.
- Além disso, o cenário internacional incerto, marcado por volatilidade global e tensões geopolíticas, também eleva o prêmio de risco para ativos brasileiros.
- O comunicado do Copom foi mais cauteloso, indicando que o ciclo de alta pode estar próximo do fim, mas sem descartar novas elevações caso a inflação não ceda.
EUA: Fed mantém juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano- Nos Estados Unidos, o Federal Reserve manteve a taxa de juros no intervalo de 4,25% a 4,50% ao ano. O banco central americano sinalizou que, apesar de a inflação ter dado sinais de desaceleração, ainda é cedo para considerar cortes ou novas altas.
- O Fed aguarda dados mais claros sobre o desempenho do mercado de trabalho, que segue robusto, mas com sinais de desaceleração, e a evolução da inflação, que apesar de recuar, ainda está acima da meta de 2%.
- Além disso, o crescimento econômico americano enfrenta riscos de desaceleração, especialmente com o aperto das condições financeiras, o que torna o banco central mais cauteloso nas suas próximas decisões.
- Essa postura foi vista como "dovish" (mais suave), indicando paciência e dependência dos próximos dados econômicos para ajustar a política monetária.
Temporada de balanços: Ambev, Itaú Unibanco e Magazine Luiza são destaques- A temporada de balanços do primeiro trimestre de 2025 ganha força com a divulgação dos resultados de grandes empresas.
- Hoje, a Ambev (ABEV3) reportou lucro líquido de R$ 3,804 bilhões no primeiro trimestre de 2025, praticamente igual ao mesmo período de 2024, mostrando estabilidade nos resultados. A receita líquida da empresa subiu 11%, chegando a R$ 22,5 bilhões, mas o volume vendido cresceu pouco, apenas 0,7%, refletindo um ambiente competitivo e queda nos volumes, principalmente no segmento de cervejas no Brasil.
- Após o fechamento do mercado, é a vez de empresas como Assaí (ASAI3), B3 (B3SA3), Cemig (CMIG4), Itaú Unibanco (ITUB4), Magazine Luiza (MGLU3) e outras grandes empresas divulgarem seus números.
Veja o fechamento de dólar e Bolsa na quarta (7): - Dólar: 0,62%, a R$ 5,746.
- B3 (Ibovespa): -0,09%, aos 133.397,52 pontos.
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