Sexta-feira, 07/02/2025 | | | |  | Robô da Solinftec mapeia a saúde da lavoura para detectar os níveis de nutrição a e a presença de insetor | Divulgação/Solinftec |
| Soliftec aposta em robôs para crescer no Brasil e nos Estados Unidos | | | Desde que surgiu no mercado, a agtech brasileira Solinftec vem ampliando a atuação no ramo de softwares de gestão e inteligência artificial na agricultura. Mas não quer parar por aí. Após 18 anos, 11 países conquistados e 13 milhões de hectares monitorados, a empresa quer ganhar escala na venda de robôs para a lavoura. O robô autônomo Solix é movido a energia solar e foi lançado em 2022. Em 2023, já estava exposto na Farm Progress Show - a maior feira de agricultura dos Estados Unidos. Produtores rurais passavam curiosos pelo estande querendo entender a engenhoca, que tem o objetivo de reduzir o uso de herbicidas e monitorar lavouras de grãos, algodão e cana. Hoje, 150 robôs Solix estão espalhados em diferentes países e a meta é alcançar 500 unidades em operação entre as safras de 2025 e 2026. Brasil e Estados Unidos são as maiores apostas, mas a América Latina de forma geral é um mercado atraente. "Estamos investindo significativamente no desenvolvimento e evolução do Solix, além de criar modelos de negócios escaláveis para atender diferentes perfis de produtores, com foco em maximizar a produtividade e reduzir os custos operacionais de maneira sustentável", afirma Denis Arroyo, vice-presidente Global da Solinftec. Em 2024, a agtech recebeu um aporte de R$ 300 milhões da Yvy Capital, gestora fundada pelo ex-ministro da Fazenda Paulo Guedes e pelo ex-presidente do BNDES Gustavo Montezano. Desse montante, R$ 250 milhões já foram recebidos, e o restante está previsto para o primeiro quadrimestre de 2025. Questionada, a Yvy Capital não quis comentar o assunto. Além das rodadas, entre 2019 e 2023, foram realizadas quatro emissões de CRAs, cujo volume somado foi de R$ 500 milhões. Ao somar os CRAs e os investimentos, a companhia acumula mais de R$ 1,3 bilhão em captações. |
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| Publicidade |  | | | Lavoro anuncia fechamento de 70 lojas | Após prejuízo líquido de R$ 267,1 milhões entre julho e setembro de 2024, a distribuidora de insumos Lavoro anunciou o encerramento das atividades de 70 lojas no Brasil. No mesmo trimestre do ano fiscal anterior, o prejuízo calculado era R$ 71 milhões. De acordo com a empresa, houve impacto de R$ 152,1 milhões em créditos tributários diferidos e, simultaneamente, um aumento de R$ 60,7 milhões em custos financeiros. Já a receita caiu 13%, somando R$ 2,05 bilhões.
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| BNDES evita crédito para áreas desmatadas ilegalmente | Entre fevereiro de 2023 e dezembro de 2024, o BNDES recusou a concessão de cerca de R$ 728 milhões em financiamentos a produtores rurais que tiveram propriedades desmatadas ilegalmente. Isso foi possível devido a uma análise de dados feita pela plataforma MapBiomas, que monitora os biomas brasileiros via satélite. Somente em 2024, os financiamentos recusados somaram R$ 393 milhões, o que representa 0,9% dos R$ 43,6 bilhões de crédito rural solicitados ao BNDES.
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| | Governo lança Plano de Escoamento da Safra 2025 | Nesta semana, os ministros dos Transportes, Renan Filho, da Agricultura, Carlos Fávaro, e dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, participaram da cerimônia de lançamento do Plano de Escoamento da Safra 2025. De acordo com o governo, serão investidos R$4,5 bilhões para reduzir os custos logísticos. As principais obras de recuperação e melhoria das rodovias federais estarão concentradas em dois eixos estratégicos: o Arco Norte e o Corredor Sul e Sudeste. "O centro gravitacional da produção saiu do Sul e migrou para o Mato Grosso, a infraestrutura precisou ser toda deslocada", disse Filho. | |
| Revisão da safra de soja 2024/25 pela StoneX | A StoneX apresentou um pequeno recuo na estimativa de produção de soja 24/25 do Brasil, para 170,9 milhões de toneladas. Antes, o volume considerado era de 171,385 milhões de toneladas. Houve redução principalmente no Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul, devido à seca. Em relação ao balanço de oferta e demanda, a StoneX calculou aumento das exportações estimadas, para 108,5 milhões de toneladas, ressaltando que mudanças significativas poderão ocorrer, principalmente considerando as tensões entre EUA e China, que podem se refletir no mercado nacional de soja. | |
| |  | Limão | Ezequiel Ferreira/Getty Images/EyeEm |
| FRUTICULTURA | Abrafrutas quer ampliar exportações e pede por mais acordos bilaterais | | Até hoje (sexta), acontece em Berlim, na Alemanha, a Fruit Logistica 2025, maior evento global do setor de frutas e hortaliças frescas. A delegação brasileira é composta por representantes do Ministério da Agricultura Pecuária, a Abrafrutas (Associação Brasileiras dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados) e cerca de 75 empresas. Em conversa com o UOL, o vice-presidente da Abrafrutas, Waldir Promicia, fala sobre a oportunidade de o país ampliar as exportações. UOL - Qual o principal objetivo da Abrafrutas no evento em Berlim? Waldir Promicia - O Brasil já é conhecido como um grande produtor e exportador de frutas, entre as quais estão o melão, as mangas, as uvas e os citros, mas é possível expandir essa atuação. Nosso objetivo é estar mais próximo do comprador europeu e entender o consumo e a necessidade. Temos mais de 2,6 milhões de hectares dedicados à fruticultura no Brasil, então, o que eles pedirem, nós somos capazes de atender. O potencial do Brasil assusta qualquer concorrente. UOL - Existe interlocução da Abrafrutas com o governo brasileiro neste sentido? Promicia - Precisamos abrir mercados e simplificar. O Brasil nunca implementou uma política de expansão das exportações de frutas porque há uma certa acomodação em atender ao mercado interno. É claro que ele é importante, mas nós somos capazes de atender a esse consumidor e ainda crescer em exportações. O governo brasileiro poderia atuar mais nessa frente, abrindo mercados, simplificando regulamentações e burocracia e estabelecendo mais acordos bilaterais. UOL - Qual mercado poderia ser ampliado ao seu ver? Promicia - Sou produtor de limão taiti, em Salvador, e posso falar pelo meu ramo de atuação. Os Estados Unidos são o maior importador de limão e compram a maior parte do México, quando a safra é de junho a dezembro. De janeiro a junho, o México não tem esse limão e, nesse período, estamos em plena colheita. Poderíamos atender ao mercado interno e ainda enviar um volume significativo para os Estados Unidos. Estamos tentando chegar lá há 20 anos, mas não há avanços. É um mercado que poderia ter mais atenção da política interna. UOL - O Brasil também irá sediar um importante evento da fruticultura, originalmente realizado em Madri. Chamar o importador para cá aumenta essas chances? Promicia - Trazer compradores e potenciais clientes é uma forma de divulgar a riqueza da fruticultura. Apesar de o evento acontecer em São Paulo, é estratégico fazer rodadas de negócio e visitas em campo e outras localidades do país. Feiras como a Fruit Attraction São Paulo são uma grande oportunidade, porque o cliente vem à minha casa ver meu produto. Ter a colaboração dos organizadores espanhóis aqui também facilita o diálogo. |
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