À medida que o final do ano se aproxima, companhias e entidades de classe fazem os balanços da produção no campo. Na semana passada, resultados no segmento da pecuária mostram que 2024 se encerra com o aumento na criação de bovinos, suínos e aves. De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), a produção da carne suína deverá fechar o ano em 5,35 milhões de toneladas, número 3,8% superior a 2023. O consumo per capita do setor neste ano crescerá até 3,8%, podendo alcançar 19 quilos per capita. Isso se traduz na disponibilidade da carne suína que fica no mercado interno. Do volume total de produção, cerca de 4 milhões de toneladas permanecem no país, o que representa 1,9% a mais do que no ano anterior. Em relação à carne de frango, a estimativa da ABPA é que a produção alcance até 15 milhões de toneladas em 2024, isto é, alta de 1,1% em relação a 2023. Deste total, 9,7 milhões de toneladas foram destinadas ao mercado interno, enquanto o consumo per capita deverá ficar em 45,6 quilos, também indicando acréscimo de 1,1% em comparação com o ano passado. Também foi destaque da ABPA o aumento da produção de ovos, prevista para alcançar 57,6 bilhões de unidades, número 9,8% maior em relação ao ano anterior. O consumo por pessoa foi em torno de 269 unidades, indicando elevação de 11,2% no comparativo anual. Em linhas gerais, a entidade projeta para 2025 produzir até 2,7% a mais de carne de frango, 2,4% a mais de ovos e 2% de carne suína. "Há expectativas otimistas sobre o incremento dos níveis de consumo de ovos no Brasil, alcançando patamares nunca antes experimentados, o que reforça a consolidação da proteína como item básico de consumo no país", disse Ricardo Santin, presidente da ABPA. Ainda sobre este segmento, ele sinalizou confiança na abertura do mercado de ovos para o bloco europeu e Reino Unido já no próximo ano. Também na semana passada, a dsm-firmenich, companhia suíça-holandesa atuante no setor de saúde animal, apresentou o Censo de Confinamento 2024, mapeamento elaborado pela empresa a partir da avaliação de 2.500 propriedades pelo país. De acordo com o levantamento, 7,96 milhões de bovinos estiveram em sistema de confinamento, um aumento de 11% em comparação com o ano passado. O levantamento mostra também que, desde 2015, o número de animais confinados cresceu 70%, A alta corrobora os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que mostram que o Brasil deve produzir 10,2 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, aumento de 7,4% em relação ao ano passado. "Uma nutrição balanceada e adaptada às condições regionais é o que permite aos pecuaristas obter maior eficiência na engorda dos animais e melhorar a conversão alimentar", explicou João Yamaguchi, Gerente de Gado de Corte a Pasto da dsm-firmenich. Os cinco estados com maior volume de bovinos confinados são, respectivamente, Mato Grosso (1,7 milhão de animais); São Paulo (1,3 mi); Goiás (1,2 mi); Mato Grosso do Sul (800 mil) e Minas Gerais (800 mil). |