Olá!

Na edição desta semana da newsletter Todos a Bordo, falo sobre a operação que irá levar centenas de pessoas de helicóptero para assistirem ao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, no autódromo de Interlagos, em São Paulo.

A operação deverá contar com mais de cem voos partindo de dois locais da cidade, e terá uma intensa coordenação com as autoridades aeronáuticas durante o fim de semana das provas.

O preço desse luxo? A partir de R$ 2.500 por trecho em voos compartilhados, podendo alcançar valores bem mais altos dependendo do modelo de helicóptero e do tipo de voo (compartilhado ou exclusivo).

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Boa leitura!

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Quem quiser fugir do trânsito e chegar em grande estilo ao Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1 pode fazer isso voando de helicóptero. A corrida, que acontece neste fim de semana no autódromo de Interlagos, em São Paulo, contará com um serviço exclusivo de transporte para os fãs do automobilismo.

A empresa Air Jet é a responsável pelos voos para o GP Brasil, e também fará o transporte aeromédico do evento. As operações ocorrem na sexta-feira (11), sábado (12) e domingo (13).

Para esse ano, a expectativa é que sejam realizados mais de cem voos executivos, partindo do aeroporto Campo de Marte e do hotel Sheraton WTC, na zona sul da cidade. Cada voo dura cerca de dez minutos até o heliporto dentro do autódromo de Interlagos.

Os voos de helicóptero custam a partir de R$ 2.500 por assento em voos compartilhados, dependendo do modelo de helicóptero escolhido, e podem chegar a R$ 25 mil em voos exclusivos. Esse valor é por etapa, com a ida ou a volta compradas separadamente, e não incluem os valores dos ingressos, que chegam a R$ 13.600 por três dias na área VIP.

Em 2019, último ano antes da pandemia, um pacote de ida e volta para os três dias (treinos e corrida) custava a partir de R$ 3.000.

Até a segunda-feira (7), 96 voos já tinham sido contratados para a edição deste ano da corrida:

• Dia 11: 29 voos
• Dia 12: 30 voos
• Dia 13: 37 voos

Esse número é superior ao de operações realizadas em 2021, quando foram feitos 54 voos no total. Quem ainda quiser ir para o autódromo pelo ar, pode fazer as reservas com a empresa até a sexta-feira (11).

Todos os voos serão coordenados junto às autoridades aeronáuticas em São Paulo. Como os helicópteros irão circular nas imediações do aeroporto de Congonhas, há uma atenção redobrada para não atrapalhar o tráfego aéreo na região.

As operações acontecerão de sexta a domingo, do nascer do sol até o pôr do sol. Nos últimos anos, a organização do Grande Prêmio contrata uma única empresa para a realização dos voos, e ela também fica responsável pelo transporte aeromédico em caso de acidentes e pela coordenação dos voos no local.

Quem escolher essa facilidade poderá contar, ainda, com salas VIPs para recepção dos passageiros e serviço de transferência para os camarotes dentro do autódromo.

Os voos serão realizados em cinco aeronaves da fabricante Airbus configuradas para o transporte executivo: Uma Esquilo B3, um EC 135, dois H145 e um EC 155.

Esquilo B3: Atualmente denominado H125, esse helicóptero pode levar até cinco passageiros, e atinge uma velocidade de até 240 km/h.

EC 135: Com velocidade máxima um pouco menor que o Esquilo B3, chegando a 250 km/h, ele tem capacidade de transportar até seis passageiros. Esse modelo ainda é capaz de voar a uma distância de até 675 km sem precisar parar para reabastecer.

EC 145: Esse modelo pode transportar até nove passageiros na configuração da empresa, chegando a 241 km/h. Seu tempo máximo de voo sem precisar parar para reabastecer é de 3h35min, e ele pode voar a uma distância de até 650 km.

EC 155: O mais robusto de todos que estarão em operação para o fim de semana do GP Brasil, o EC 155 pode levar até nove passageiros a bordo. Também é o mais rápido deles, chegando a 287 km/h e com capacidade de voar a uma distância de até 920 km.

COMBUSTÍVEL MAIS CARO, PASSAGEM TAMBÉM

Imagem: Alexandre Saconi

A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) demonstrou preocupação com novo reajuste do QAV, o querosene utilizado na aviação, anunciado pela Petrobras após o segundo turno das eleições deste ano. A nova alta foi de 7,27% no preço médio do combustível, que já acumula uma alta de 58,8% entre 1º de janeiro e 1º de novembro.

Segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Abear, é necessário rever a política de preços dos combustíveis da empresa.

"O reajuste no preço do QAV mantém um cenário extremamente difícil para as empresas aéreas e é um tema de constante preocupação para nós e para todo o setor, pois representa quase metade dos custos da operação. É urgente a revisão do modelo de precificação do QAV, pois 90% do combustível é produzido aqui, mas pagamos o preço de um produto importado", diz o executivo.

LATAM SAI DA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Imagem: Divulgação

O grupo Latam, que abarca a operação da Latam Brasil, conclui o processo de reorganização que passava nos Estados Unidos, chamado de Chapter 11, o equivalente à recuperação judicial no Brasil.

A empresa conseguiu diminuir sua dívida para valores menores aos de quando iniciou o processo. A previsão é que o grupo recupere 85% da sua capacidade operacional até o fim de 2022 na comparação com 2019.

O grupo Latam é o terceiro grupo da América Latina que conseguiu sair de um processo de recuperação judicial desde o ano passado. Inicialmente, o grupo Avianca (que não é responsável pela falida Avianca Brasil) teve seu plano de restruturação aprovado no fim de 2021. No primeiro semestre foi a vez da Aeroméxico e, agora, o grupo Latam.