| | Ilustração das luzes vistas no aeroporto de São José dos Campos (SP), na 'noite oficial dos óvnis' | Divulgação/Jackson Luiz Camargo - pesquisador em ufologia |
| | | | Estamos sós no universo? | | Olá! Na edição desta semana da newsletter Todos a Bordo, falo sobre relatos de pilotos que avistaram luzes e objetos nos céus do Brasil nas últimas décadas. Alguns até acreditam que sejam discos voadores de supostos visitantes de outros planetas. Fato é que isso aconteceu recentemente, na região sul do país, mas também há registros desses objetos voadores não identificados no Brasil há décadas. Hoje, relembro os principais casos de pilotos que observaram esses fenômenos no Brasil, incluindo a "noite oficial dos discos voadores", quando objetos luminosos foram flagrados voando em diversas rotas aéreas no Brasil na década de 1980 e foram perseguidos por caças da Aeronáutica. Em 2021, conversei com o pesquisador em ufologia (área da investigação de fenômenos relacionados aos óvnis) Jackson Luiz Camargo, que falou com mais detalhes sobre o assunto. Você pode ler aquela reportagem aqui. Ainda trago as notícias mais recentes do mundo da aviação, diretamente no seu email. Boa leitura! PUBLICIDADE | | | Discos voadores? Pilotos avistam óvnis nos céus do Brasil há décadas | No começo de novembro, vários pilotos de voos comerciais relataram ter avistado luzes não identificadas nos céus nas proximidades de Porto Alegre (RS). Nas conversas entre os tripulantes e a torre de controle do aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha, essas luzes são descritas como de cor azul, intermitente, e que giravam. As imagens chegaram a ser gravadas em vídeo (para assistir, clique aqui) Diversas pessoas consideraram que essas luzes se tratavam de óvnis (objetos voadores não identificados). Isso não quer dizer que sejam, necessariamente, uma nave de outro planeta. São considerados, apenas, algo que não teve sua origem identificada, podendo ser, até mesmo, fenômenos atmosféricos. No Brasil, pilotos relatam fenômenos como esse de maneira oficial há décadas. Relembre outros momentos em que objetos não identificados foram flagrados em voos nos céus do país. Voo Vasp 169: Em fevereiro de 1982, durante o voo 169 da extinta Vasp, o piloto e diversos passageiros relataram observar algo até hoje não identificado. O suposto óvni consistia em uma luz muito forte do lado esquerdo do avião, e que mudava de cores entre azul, branco, laranja e vermelho. O avião cumpria a rota entre Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ), e as luzes se aproximaram pela primeira vez por volta das 3h daquele dia, enquanto sobrevoava a Bahia. O comandante do Boeing 727 avisou os 150 passageiros do fato, e vários testemunharam o que ocorreu durante a madrugada. Ele chegou a tentar contato com o óvni, por meio das luzes do avião. A única resposta teria sido uma aproximação acentuada daquele objeto com a aeronave. Apesar da grande quantidade de testemunhas, até hoje não há nenhuma conclusão sobre o que ocorreu no voo. | 'Noite oficial dos óvnis' | Na noite de 19 de maio de 1986, ocorria em várias regiões do Brasil um fenômeno que ficou conhecido como a "noite oficial dos óvnis", ou "a noite dos discos voadores". | Relatório de ocorrência datado de 2 de junho de 1986, poucos dias após a "noite oficial dos óvnis", em 19 de maio de 1986. O documento é assinado pelo Brigadeiro-do-Ar José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque | Imagem: Arquivo Nacional |
Naquele dia, objetos luminosos foram flagrados voando em diversas rotas aéreas, com registros oficiais da Aeronáutica em São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Paraná. Como até os dias atuais não se sabe ao certo o que eram esses objetos, eles foram considerados óvnis. Tudo teve início quando um controlador de tráfego aéreo disse ter detectado pontos luminosos no céu e, em seguida, na tela do radar da torre de controle do aeroporto de São José dos Campos (SP). Como houve a identificação no radar, acredita-se que não eram apenas pontos luminosos, mas objetos em si. Durante aquela noite, vários pilotos também passaram a informar que observaram luzes semelhantes. As informações registradas na época descreviam os objetos como de cor predominantemente vermelha e com alterações para amarelo, verde e alaranjado. Seu tamanho era suficiente para colocar em risco os aviões que trafegavam por onde eles apareciam. Devido a isso, foram acionados os caças F-5 e Mirage da FAB (Força Aérea Brasileira) para interceptar essas luzes à época. Visivelmente impressionado, em um momento das gravações, o controlador de voo que observava as luzes disse no rádio: "[Centro de Controle de Área de] Brasília? Boa noite e bem-vindos ao festival dos discos voadores! Tá uma loucura isso aqui, cara!". Ouça o áudio aqui. | Mapa mostra alguns dos pontos onde os óvnis foram observados entre 19h30 e 21h na noite de 19.05.1986 | Imagem: Jackson Luiz Camargo/Divulgação |
ConclusõesO relatório final de ocorrências na noite "oficial dos discos voadores" apresentado à época ao Ministério da Aeronáutica, reunia as seguintes informações sobre os objetos: - Sua altitude oscilava entre menos de 1,5 km e mais de 12 km
- Eram visualizados pelos pilotos devido às cores branca, verde e vermelha, mas também se movimentavam com as luzes apagadas
- Eram capazes de acelerar e desacelerar de maneira brusca
- O relatório concluiu apontando a possibilidade de haver inteligência por trás daqueles objetos
"Como conclusão dos fatos constantes observados, em quase todas as apresentações, este comando é de parecer, que os fenômenos são sólidos e refletem de certa forma inteligência, pela capacidade de acompanhar e manter distância dos observadores como também voar em formação, não forçosamente tripulados." Os relatos são feitos de maneira minuciosa pelos militares que foram acionados para acompanhar essas luzes. Por isso, há uma vasta gama de informações no acervo nacional para quem quiser consultar esse tema. | | | 1952: imagens do caso mais antigo de aparição de óvni registrado no banco de dados do governo | Arquivo Nacional |
| | | | O que poderiam ser? | Segundo Roberto Costa, professor do Departamento de Astronomia do IAG-USP (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, da Universidade de São Paulo), as luzes avistadas na região sul do país recentemente eram satélites da rede Starlink. "Esses satélites são lançados em grandes grupos de 30 a 40 por um único foguete e vão sendo liberados aos poucos, formando uma 'fila'. A visão no céu é bem curiosa mesmo", diz o professor. Sobre os casos mais antigos, não é possível fazer uma afirmação concreta, já que não há referências sólidas sobre o que ocorreu naqueles voos, declara o astrônomo. "A combinação de objetos celestes brilhantes (como Vênus ou Marte) com nuvens baixas se movendo rápido pode levar a ilusões de ótica estranhas, os objetos parecem de fato estar se movendo no céu. Outra possibilidade interessante é a fragmentação de um objeto na alta atmosfera. Poderia ser um objeto natural como um meteoro ou então um fragmento de satélite ou foguete", afirma o astrônomo. "Esse tipo de fragmentação pode resultar num 'chuveiro' de luzes no céu. Um exemplo (triste) do que estou falando são as filmagens do acidente ocorrido na reentrada do ônibus espacial Columbia em 2003, que resultou na perda da tripulação".
"Em síntese, nossa posição se mantém a mesma sobre esse tipo de avistamento ou testemunho: alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias. Rigorosamente nada do que existe nesse campo é extraordinário", diz Costa. Brasil tem relatos desde 1952O Arquivo Nacional concentra mais de 700 aparições de óvnis no país registradas oficialmente pela Aeronáutica. A primeira remonta a 1952, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Diversas fotos mostram um objeto arredondado similar a um pires ou aos discos voadores vistos em filmes. Essa, entretanto, foi uma observação feita a partir do solo, e não por pilotos. Para ter acesso a todo o conteúdo disponibilizado pela Aeronáutica, acesse o site do Sistema de Informações do Arquivo Nacional, faça um cadastro, vá em favoritos e, em seguida, clique em "Objetos Voadores Não Identificados". Lá, é possível encontrar áudios, relatórios, imagens e dossiês de todos os registros de aparições de óvnis feitos até hoje no Brasil, inclusive o dossiê sobre a "noite oficial dos óvnis". | RAPIDINHAS DA AVIAÇÃO | MAIS VOOS NO VERÃO | Imagem: Alexandre Saconi |
As companhias aéreas brasileiras realizarão 163,3 mil voos na temporada de verão, que vai de dezembro e 2022 a março de 2023. Segundo levantamento da Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas), será um total de 12,6% a mais na quantidade de operações entre suas empresas associadas (Abaeté, Gol, Latam, Rima e Voepass) em comparação com a última temporada. A Azul não faz parte da associação. Segundo o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, esse crescimento mostra a capacidade do setor em resistir às oscilações do mercado. "Esses dados comprovam a eficiência das associadas Abear em aumentar o número de voos mesmo diante da pressão sofrida pelo setor, que nos desafia todos os dias. Enfrentamos a volatilidade das cotações do barril de petróleo e do dólar e ainda assim conseguimos lançar novas bases, rotas e conectar todos os estados do Brasil", afirma Sanovicz. A associação também criou um mapa interativo com os destaques das rotas. Clique aqui para conhecer. AZUL DIVULGA PLANOS PARA CONGONHAS | Imagem: Alexandre Saconi |
O aeroporto de Congonhas passou recentemente pela sua maior redistribuição de slots (horários de pouso e decolagem) desde o fim das operações da Avianca Brasil, em 2019. A Azul irá operar a partir da temporada de inverno de 2023, que tem início em março, 84 desses slots, frente aos atuais 26, tornando-se a terceira maior companhia no local. A empresa terá operações para as cidades de Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Recife (PE) e Rio de Janeiro (RJ), partindo do aeroporto na capital paulista. As vendas das passagens começam nesta quarta-feira (30), e os voos se iniciam em 26 de março do ano que vem. As informações foram repassadas à imprensa em um evento na manhã de segunda-feira (28) com a direção da empresa. "Aplaudimos essa medida tomada em relação ao aeroporto de Congonhas, que provoca maior concorrência. Constatamos que a nossa entrada na ponte aérea em 2019 reduziu o preço médio da tarifa e aumentou as opções de voo", disse Fábio Campos, diretor de Relações Institucionais da Azul. Os aviões escolhidos para voar no aeroporto são o Airbus A320neo e Embraer E-195. | | | |
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