OMC: sem avanços na Rodada Doha, situação pode ficar perigosa
Genebra, 28 Jul 2015 (AFP) - A Organização Mundial do Comércio (OMC) disse nesta terça-feira que ainda há grandes divergências entre os membros que negociam um acordo global de comércio.
A instituição alertou que, se não houver avanços até o final do ano, isso poderá resultar em uma "situação perigosa".
Os 161 membros da OMC deram início às negociações da Rodada Doha em 2001, com o objetivo de derrubar as barreiras ao comércio internacional, com ênfase no apoio aos países periféricos.
Os avanços têm sido lentos e gerado frustrações, mas os membros estabeleceram o dia 31 de julho como prazo para acordarem um plano de trabalho que pautará as discussões na reunião ministerial que acontecerá em dezembro, em Nairóbi, capital do Quênia.
Contudo, o porta-voz da OMC, Keith Rockwell, disse a jornalistas, nesta terça-feira, que essa data não deve ser cumprida.
"Se nós chegarmos a um plano de trabalho nas próximas 72 horas, será muito surpreendente... É decepcionante", desabafou Rockwell.
"Essas lacunas são bastante amplas", lamentou, dizendo que os membros, incluindo as grandes potências econômicas globais, não têm demonstrado disposição em fazer concessões.
Na medida em que a Rodada Doha completa 14 anos, Rockwell ressaltou que a necessidade de avanços concretos em Nairóbi é vital.
"Acho que estão começando a entender que estamos correndo contra o tempo e que um fracasso em alcançar um resultado significativo em Nairóbi ... seria uma situação difícil e perigosa para a organização", afirmou.
"Um fracasso em Nairóbi teria consequências adversas para a OMC", acrescentou, demonstrando preocupação com o fato de alguns países terem desistido do processo de negociação.
No final de 2013, a OMC acordou uma revisão dos procedimentos alfandegários, o primeiro acordo multilateral concluído pela organização desde que foi fundada em 1995.
As medidas, entretanto, só entrarão em vigor depois de serem aprovadas pelos parlamentos de dois terços dos Estados-membros.
Os acordos sobre bens agrícolas e manufaturados -considerados fundamentais na Rodada Doha - ainda continuam inalcançáveis na organização.
"Entre os grandes (países centrais), há uma enorme lacuna entre o que eles querem dos outros e o que eles querem dar em troca", disse Rockwell.
A instituição alertou que, se não houver avanços até o final do ano, isso poderá resultar em uma "situação perigosa".
Os 161 membros da OMC deram início às negociações da Rodada Doha em 2001, com o objetivo de derrubar as barreiras ao comércio internacional, com ênfase no apoio aos países periféricos.
Os avanços têm sido lentos e gerado frustrações, mas os membros estabeleceram o dia 31 de julho como prazo para acordarem um plano de trabalho que pautará as discussões na reunião ministerial que acontecerá em dezembro, em Nairóbi, capital do Quênia.
Contudo, o porta-voz da OMC, Keith Rockwell, disse a jornalistas, nesta terça-feira, que essa data não deve ser cumprida.
"Se nós chegarmos a um plano de trabalho nas próximas 72 horas, será muito surpreendente... É decepcionante", desabafou Rockwell.
"Essas lacunas são bastante amplas", lamentou, dizendo que os membros, incluindo as grandes potências econômicas globais, não têm demonstrado disposição em fazer concessões.
Na medida em que a Rodada Doha completa 14 anos, Rockwell ressaltou que a necessidade de avanços concretos em Nairóbi é vital.
"Acho que estão começando a entender que estamos correndo contra o tempo e que um fracasso em alcançar um resultado significativo em Nairóbi ... seria uma situação difícil e perigosa para a organização", afirmou.
"Um fracasso em Nairóbi teria consequências adversas para a OMC", acrescentou, demonstrando preocupação com o fato de alguns países terem desistido do processo de negociação.
No final de 2013, a OMC acordou uma revisão dos procedimentos alfandegários, o primeiro acordo multilateral concluído pela organização desde que foi fundada em 1995.
As medidas, entretanto, só entrarão em vigor depois de serem aprovadas pelos parlamentos de dois terços dos Estados-membros.
Os acordos sobre bens agrícolas e manufaturados -considerados fundamentais na Rodada Doha - ainda continuam inalcançáveis na organização.
"Entre os grandes (países centrais), há uma enorme lacuna entre o que eles querem dos outros e o que eles querem dar em troca", disse Rockwell.