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Ferrari estreia nesta quarta-feira na Bolsa de Nova York

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Imagem: Divulgação

20/10/2015 18h48Atualizada em 20/10/2015 19h55

Milão, 20 Out 2015 (AFP) - A mítica marca italiana de automóveis esportivos Ferrari, filial da Fiat Chrysler Automobiles (FCA), entrará nesta quarta-feira na Bolsa de Nova York, a fim de conquistar novos mercados com sua imagem de luxo e audácia.

Os dirigentes da marca de luxo assistirão ao tradicional toque da campainha que dá início às negociações na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE).

A primeira cotação aparecerá poucos minutos depois, marcando, assim, uma etapa importante de sua história.

A Ferrari segue os passos da FCA, que tem suas ações negociadas na bolsa de Wall Street há aproximadamente um ano.

O símbolo das ações da Ferrari será "RACE", nome escolhido por Sergio Marchionne, diretor-executivo do Grupo Fiat. "RACE" substitui o desejado "RED" (vermelho), cor emblemática da marca, que não estava disponível.

Marchionne empreendeu nos últimos dias uma intensa campanha nos principais centros financeiros e convidou uma dezena de privilegiados às oficinas de Maranello, no norte da Itália, onde o piloto de carros de competição Enzo Ferrari fundou, em 1929, a Scuderia Ferrari e, em 1947, começou a fabricar os carros.

A Ferrari vai colocar aproximadamente 9% de seu capital; os acionistas ficarão com 80% e Piero Ferrari, filho do fundador, com 10%.

Um plano de 48 milhões de euros

A Fiat Chrysler tem a intenção de criar um fundo para financiar um ambicioso plano de desenvolvimento para os próximos cinco anos em um valor de 48 milhões de euros.

Para isso, espera vender anualmente cerca de 7 milhões de automóveis de todas as marcas do grupo.

A Ferrari, que limita voluntariamente sua produção de automóveis a 7.000 carros, prevê aumentar sua produção para 9.000 unidades.

Para adquirir uma Ferrari há longas listas de espera, e 60% dos automóveis estão reservados àqueles que já são proprietários de um. E 34% dos clientes Ferrari têm mais de um.

A expansão da FCA gerou preocupação na Itália, o que fez o grupo prometer que manterá sua sede fiscal no país e que continuará operando sob a lei italiana.

A marca também teve que se comprometer a não cortar funcionários nem suas atividades com sede na Itália.