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Opep não fixa teto de produção de petróleo

02/06/2016 12h57

Viena, 2 Jun 2016 (AFP) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se absteve de fixar um teto de produção na reunião semestral celebrada nesta quinta-feira em Viena, ao estimar que o nível atual é "razoável" e que a oferta e a demanda estão convergindo.

O comunicado final do cartel de 13 países, que bombeia um terço do petróleo mundial, não menciona teto.

O grupo rejeitou, portanto, a proposta iraniana de voltar ao sistema de cotas por país, e a iniciativa venezuelana de estabelecer um limite de produção para cada membro.

O secretário-geral, Abdallah El Badri, afirmou que o número atual de barris produzidos é razoável para o mercado. "O mercado está aceitando".

A organização, que extraiu 32,3 milhões de barris diários (mbd) no primeiro trimestre do ano, cumpriu com os prognósticos do setor, que não esperava um corte nem um congelamento da produção após a forte alta dos últimos meses.

Pressionados por um excedente da oferta e uma demanda faca, os preços chegaram a cair para 26-27 dólares em janeiro e fevereiro deste ano.

Desde então subiram mais de 80%, até aproximadamente 50 dólares o barril, à medida que a demanda mundial melhorou e que que a produção de países não membros da Opep caiu.

Segundo o relatório, esse aumento dos preços, somado ao fato de que "a oferta e a demanda estão convergindo", aponta para "o mercado em processo de reequilíbrio".

"A oferta de países não membros da Opep (...) chegou ao seu teto em 2015 e começou a declinar, e se espera que em 2016 sua produção caia em 740.000 barris diários", afirmou o comunicado final.

"Se espera que a demanda mundial aumente em 1,2 mbd (em 2016), depois de aumentar em 1,5 mbd em 2015. Este aumento da demanda continua sendo relativamente saudável, considerando-se os desafios econômicos recentes", diz o comunicado final.

Na reunião, a Opep aceitou o Gabão como seu 14º Estado membro a partir de 1 de julho. Os integrantes do cartel também escolheram como novo secretário-geral o nigeriano Mohammed Barkindo, que em 1 de agosto sucederá o líbio Abdallah El Badri.

stu-avl/jz/cc