UE fracassa novamente em definir futuro do glifosato
Bruxelas, 6 Jun 2016 (AFP) - A União Europeia (UE) não alcançou a maioria necessária para renovar a homologação do glifosato no bloco, no terceiro fracasso em validar esta substância muito utilizada em herbicidas, apesar de ter reduzido o tempo de autorização de 15 anos para 18 meses.
A Comissão Europeia, que propõe a autorização na UE e sobre a qual os 28 Estados-membros devem votar (a favor ou contra) indicou que estudará o caminho a seguir.
A UE tem de decidir se renova essa autorização, que expira em 30 de junho. Após essa data e se não houver acordo, o glifosato, amplamente utilizados pela indústria agrícola, não poderá mais ser utilizado no bloco.
"Não houve maioria qualificada", indicou o porta-voz da UE, Alexander Winterstein, numa coletiva de imprensa.
Uma comissão de peritos, formada por representantes dos 28 países da UE, deveria votar a proposta da Comissão, que para ser adotada deveria contar com uma maioria qualificada, o que no sistema de votação da UE corresponde a 55% dos participantes com uma representação de 65% da população.
Uma fonte europeia indicou que 20 países votaram a favor de uma autorização, um votou contra e o resto, incluindo a Alemanha, se abstive.
A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, havia antecipado que Paris "não votaria a proposta de Bruxelas".
A Comissão tem a possibilidade de recorrer da decisão do comitê de peritos, mas deverá decidir na terça-feira a próxima etapa a ser tomada.
Esta foi a terceira tentativa da UE de definir o futuro do glifosato. Em março, a Comissão propôs a renovação do glifosato por 15 anos, mas acabou por não submeter a proposta a uma moção por falta de uma clara maioria. Em meados de maio, em uma nova reunião em que a Comissão rebaixou a proposta de autorização a 9 anos, também não submeteu ao voto por falta de maioria.
Os estudos sobre as consequências do glifosato divergem. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) julgou como improvável que o glifosato seja cancerígeno.
Um estudo conjunto recente da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), estima, por sua vez, como pouco provável que o glifosato seja cancerígeno "nos humanos expostos através da alimentação".
O uso de herbicidas que contêm glifosato se generalizou rapidamente desde que saiu ao mercado, na década de 1970. Com o desenvolvimento de cultivos transgênicos resistentes a esta substância, como a soja RR (Roundup Ready) da Monsanto, seu uso se disseminou ainda mais.
ur-pa.
A Comissão Europeia, que propõe a autorização na UE e sobre a qual os 28 Estados-membros devem votar (a favor ou contra) indicou que estudará o caminho a seguir.
A UE tem de decidir se renova essa autorização, que expira em 30 de junho. Após essa data e se não houver acordo, o glifosato, amplamente utilizados pela indústria agrícola, não poderá mais ser utilizado no bloco.
"Não houve maioria qualificada", indicou o porta-voz da UE, Alexander Winterstein, numa coletiva de imprensa.
Uma comissão de peritos, formada por representantes dos 28 países da UE, deveria votar a proposta da Comissão, que para ser adotada deveria contar com uma maioria qualificada, o que no sistema de votação da UE corresponde a 55% dos participantes com uma representação de 65% da população.
Uma fonte europeia indicou que 20 países votaram a favor de uma autorização, um votou contra e o resto, incluindo a Alemanha, se abstive.
A ministra francesa do Meio Ambiente, Ségolène Royal, havia antecipado que Paris "não votaria a proposta de Bruxelas".
A Comissão tem a possibilidade de recorrer da decisão do comitê de peritos, mas deverá decidir na terça-feira a próxima etapa a ser tomada.
Esta foi a terceira tentativa da UE de definir o futuro do glifosato. Em março, a Comissão propôs a renovação do glifosato por 15 anos, mas acabou por não submeter a proposta a uma moção por falta de uma clara maioria. Em meados de maio, em uma nova reunião em que a Comissão rebaixou a proposta de autorização a 9 anos, também não submeteu ao voto por falta de maioria.
Os estudos sobre as consequências do glifosato divergem. A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) julgou como improvável que o glifosato seja cancerígeno.
Um estudo conjunto recente da OMS e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), estima, por sua vez, como pouco provável que o glifosato seja cancerígeno "nos humanos expostos através da alimentação".
O uso de herbicidas que contêm glifosato se generalizou rapidamente desde que saiu ao mercado, na década de 1970. Com o desenvolvimento de cultivos transgênicos resistentes a esta substância, como a soja RR (Roundup Ready) da Monsanto, seu uso se disseminou ainda mais.
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