Acionistas da Volkswagen aprovam gestão da direção apesar do 'dieselgate'
Os acionistas da Volkswagen aprovaram na quarta-feira (22) em uma assembleia geral a gestão da direção do grupo, apesar do escândalo das emissões poluentes e da abstenção de um dos maiores acionistas, o Estado da Baixa Saxônia, na Alemanha.
"Para o ano de 2015, os proprietários de ações ordinárias aprovaram os membros da direção e do conselho de vigilância", informou a Volkswagen em um comunicado divulgado na quarta-feira à noite, após a assembleia celebrada em Hanover.
A aprovação diz respeito à gestão da direção do grupo em 2015, presidido na época por Martin Winterkorn, que foi substituído após o escândalo 'dieselgate'.
O caso explodiu quando a montadora admitiu, em setembro do ano passado, ter manipulado os motores de 11 milhões de veículos a diesel para que apresentassem resultados menos poluentes do que a realidade.
Winterkorn está sendo investigado pela justiça por suposta manipulação do curso das ações, assim como o atual presidente da marca Volkswagen, Herbert Diess.
Antes da assembleia, vários pequenos acionistas, que representam 11% do capital, haviam ameaçado votar contra a direção da empresa por conta da gestão do escândalo, sobre o qual ainda existem muitas dúvidas que precisam ser esclarecidas.
O restante das ações do grupo está nas mãos da família Porsche-Piëch (52%), do Estado regional da Baixa Saxônia (20%), que decidiu abster-se da votação, e do emirado do Catar por meio do fundo Qatar Holding (17%).
Em um comunicado, o Estado regional explica que decidiu pela abstenção porque "não quer dar a impressão de que se posiciona nos processos judiciais em curso".
Ao mesmo tempo, os acionistas aprovaram com 99,98% dos votos um dividendo de 0,17 euro por ação preferencial (0,11 euro por ação ordinária), muito menor que os 4,86 euros do ano passado.
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