Maduro anuncia ocupação militar de portos da Venezuela
Caracas, 13 Jul 2016 (AFP) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (12) que os portos do país ficarão sob comando militar, dentro de um plano que tenta superar a dura crise econômica dando mais poder à Forças Armadas.
"Hoje tomamos cinco portos fundamentais do país: Guanta, La Guaira, Puerto Cabello, Maracaibo e Guamache", disse Maduro em seu programa de televisão, depois de se reunir com seu ministro da Defesa, Vladimir Padrino.
Na segunda-feira, Maduro designou o general do Exército como chefe do chamado plano de "abastecimento soberano", diante da grave escassez de alimentos e remédios no país.
Como "medida reorganizadora", Maduro decidiu nomear "uma autoridade única para cada um desses cinco portos" e designou o general Efraín Velasco Lugo como presidente da estatal Bolivariana de Portos, ente que administra as instalações de carga marítima do país.
"Com essas designações, com essa ocupação cívico-militar desses portos, espera-se que comecem a funcionar como têm de funcionar", declarou.
Segundo Maduro, com o envio de militares a portos, aeroportos e empresas, o que se viu foi "caos, uma desordem".
Ontem, o governante decidiu que "todo o comando do abastecimento no país" estará em suas mãos e nas do ministro da Defesa, ou seja, todos os demais ficarão subordinados ao que chamou de "comando presidencial de união cívico-militar".
Esse plano foi ativado no âmbito de um decreto de estado de exceção e de emergência econômica prorrogado em 13 de maio passado. O decreto concede amplos poderes a Nicolás Maduro.
A situação na Venezuela se agravou na véspera com a decisão do Citibank - responsável pelo pagamento das contas do país no exterior - de fechar a conta usada pelo Banco Central venezuelano para fazer seus pagamentos internacionais.
Por intermédio do Citibank, a Venezuela paga todas as suas contas nos Estados Unidos e no mundo, e a medida põe o país em grandes dificuldades, já que, agora, precisará buscar outro banco para evitar ficar à margem do sistema financeiro internacional.
A decisão do Citibank se segue aos anúncios já feitos de fechamentos, ou cortes de operações, de empresas na Venezuela, como Coca Cola, os grupos americanos Kraft Heinz e Clorox, ou as companhias aéreas Lufthansa, Aeroméxico, ou American Airlines.
Cumprindo a ameaça de intervir nas empresas que paralisarem suas operações, o governo assumiu o controle na véspera da fábrica da empresa americana de produtos de higiene pessoal Kimberly-Clark, entregando-a aos trabalhadores. A companhia havia suspendido suas operações por causa da "deterioração" da economia venezuelana.
O país com as maiores reservas de petróleo do mundo sofre uma grave crise pela queda dos preços do petróleo, com uma escassez que chega a 80% de alimentos e remédios, além de uma inflação de 180% em 2015. A projeção para 2016 do Fundo Monetário Internacional (FMI) é que chegue a 720%.
Analistas críticos do governo e da oposição afirmam que a crise é resultado do modelo socialista e do regime de controle cambial em vigor desde 2003. Maduro rebate as acusações, dizendo-se vítima de uma "guerra econômica" que tenta provocar o mal-estar da população para derrubá-lo.
"Hoje tomamos cinco portos fundamentais do país: Guanta, La Guaira, Puerto Cabello, Maracaibo e Guamache", disse Maduro em seu programa de televisão, depois de se reunir com seu ministro da Defesa, Vladimir Padrino.
Na segunda-feira, Maduro designou o general do Exército como chefe do chamado plano de "abastecimento soberano", diante da grave escassez de alimentos e remédios no país.
Como "medida reorganizadora", Maduro decidiu nomear "uma autoridade única para cada um desses cinco portos" e designou o general Efraín Velasco Lugo como presidente da estatal Bolivariana de Portos, ente que administra as instalações de carga marítima do país.
"Com essas designações, com essa ocupação cívico-militar desses portos, espera-se que comecem a funcionar como têm de funcionar", declarou.
Segundo Maduro, com o envio de militares a portos, aeroportos e empresas, o que se viu foi "caos, uma desordem".
Ontem, o governante decidiu que "todo o comando do abastecimento no país" estará em suas mãos e nas do ministro da Defesa, ou seja, todos os demais ficarão subordinados ao que chamou de "comando presidencial de união cívico-militar".
Esse plano foi ativado no âmbito de um decreto de estado de exceção e de emergência econômica prorrogado em 13 de maio passado. O decreto concede amplos poderes a Nicolás Maduro.
A situação na Venezuela se agravou na véspera com a decisão do Citibank - responsável pelo pagamento das contas do país no exterior - de fechar a conta usada pelo Banco Central venezuelano para fazer seus pagamentos internacionais.
Por intermédio do Citibank, a Venezuela paga todas as suas contas nos Estados Unidos e no mundo, e a medida põe o país em grandes dificuldades, já que, agora, precisará buscar outro banco para evitar ficar à margem do sistema financeiro internacional.
A decisão do Citibank se segue aos anúncios já feitos de fechamentos, ou cortes de operações, de empresas na Venezuela, como Coca Cola, os grupos americanos Kraft Heinz e Clorox, ou as companhias aéreas Lufthansa, Aeroméxico, ou American Airlines.
Cumprindo a ameaça de intervir nas empresas que paralisarem suas operações, o governo assumiu o controle na véspera da fábrica da empresa americana de produtos de higiene pessoal Kimberly-Clark, entregando-a aos trabalhadores. A companhia havia suspendido suas operações por causa da "deterioração" da economia venezuelana.
O país com as maiores reservas de petróleo do mundo sofre uma grave crise pela queda dos preços do petróleo, com uma escassez que chega a 80% de alimentos e remédios, além de uma inflação de 180% em 2015. A projeção para 2016 do Fundo Monetário Internacional (FMI) é que chegue a 720%.
Analistas críticos do governo e da oposição afirmam que a crise é resultado do modelo socialista e do regime de controle cambial em vigor desde 2003. Maduro rebate as acusações, dizendo-se vítima de uma "guerra econômica" que tenta provocar o mal-estar da população para derrubá-lo.
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