Paris pede que Barroso não trabalhe para Goldman Sachs
Paris, 13 Jul 2016 (AFP) - A França pediu nesta quarta-feira ao ex-presidente da Comissão Europeia José Manuel Barroso que não trabalhe para o banco Goldman Sachs, e a Bruxelas para mudar suas regras para ex-comissários.
"Sr. Barroso prepara a cama para os anti-europeus. Apelo, pois, solenemente a renunciar a esse cargo", declarou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus Harlem Désir aos deputados franceses.
O ex-primeiro-ministro português (2002-2004), que presidiu a Comissão de 2004 a 2014, foi contratado pelo banco de investimento americano para assessorá-lo no contexto da partida anunciada do Reino Unido da União Europeia.
Esta contratação "é particularmente chocante, especialmente tendo em conta o papel desempenhado pelo banco durante a crise financeira de 2008, mas também pelas fraudes de contas públicas da Grécia", ressaltou o líder socialista.
"Moralmente, politicamente, eticamente, é uma falha por parte do Sr. Barroso. Este é o pior serviço que um ex-presidente de uma instituição europeia poderia prestar ao projeto europeu em um momento da história em que ele precisa ser apoiado, mantido e reforçado", acrescentou.
O secretário de Estado também pediu a Bruxelas para mudar o "código de conduta", segundo o qual os comissários devem, no prazo de 18 meses após o fim de seu mandato, pedir autorização de seu antigo empregador antes de se juntar a um grupo privado, mas que não prevê nada além deste período.
"Precisamos estender a duração da proibição de ser contratado por uma empresa privada, expandir as incompatibilidades, fortalecer os controles", disse Harlem Désir.
"Poderia haver um organismo independente no qual o Parlamento seria representado em toda a sua diversidade e juristas internacionais para avaliar os conflitos de interesse e proibir esse tipo de contratação", sugeriu ele.
A nomeação de José Manuel Barroso foi fortemente criticada, especialmente na França e Portugal. O secretário de Estado do Comércio Exterior Mathias Fekl chamou Barroso de "representante indecente de uma velha Europa".
"Sr. Barroso prepara a cama para os anti-europeus. Apelo, pois, solenemente a renunciar a esse cargo", declarou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus Harlem Désir aos deputados franceses.
O ex-primeiro-ministro português (2002-2004), que presidiu a Comissão de 2004 a 2014, foi contratado pelo banco de investimento americano para assessorá-lo no contexto da partida anunciada do Reino Unido da União Europeia.
Esta contratação "é particularmente chocante, especialmente tendo em conta o papel desempenhado pelo banco durante a crise financeira de 2008, mas também pelas fraudes de contas públicas da Grécia", ressaltou o líder socialista.
"Moralmente, politicamente, eticamente, é uma falha por parte do Sr. Barroso. Este é o pior serviço que um ex-presidente de uma instituição europeia poderia prestar ao projeto europeu em um momento da história em que ele precisa ser apoiado, mantido e reforçado", acrescentou.
O secretário de Estado também pediu a Bruxelas para mudar o "código de conduta", segundo o qual os comissários devem, no prazo de 18 meses após o fim de seu mandato, pedir autorização de seu antigo empregador antes de se juntar a um grupo privado, mas que não prevê nada além deste período.
"Precisamos estender a duração da proibição de ser contratado por uma empresa privada, expandir as incompatibilidades, fortalecer os controles", disse Harlem Désir.
"Poderia haver um organismo independente no qual o Parlamento seria representado em toda a sua diversidade e juristas internacionais para avaliar os conflitos de interesse e proibir esse tipo de contratação", sugeriu ele.
A nomeação de José Manuel Barroso foi fortemente criticada, especialmente na França e Portugal. O secretário de Estado do Comércio Exterior Mathias Fekl chamou Barroso de "representante indecente de uma velha Europa".
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