Mercados financeiros respiram aliviados após decisão do FBI sobre Hillary
Paris, 8 Nov 2016 (AFP) - Uma onda de alívio tomou os mercados mundiais nesta segunda-feira (7), da Europa a Wall Street passando pela Ásia, na véspera da eleição presidencial nos Estados Unidos, depois que o FBI decidiu não indiciar Hillary Clinton, candidata favorita dos investidores.
A aspirante democrata é a preferida para a grande maioria dos operadores e investidores do mundo, já que é percebida como garantia de continuidade e de estabilidade. O candidato republicano, Donald Trump, é considerado imprevisível pelos mercados e carente de experiência política.
"A decisão do FBI" de não indiciar Hillary Clinton por ter utilizado um servidor privado para seus e-mails quando era secretária de Estado "alivia os mercados", constataram os estrategistas da sociedade de corretagem Aurel BGC.
A notícia suscitou entusiasmo dos operadores.
Na Europa, as Bolsas fecharam em alta: Paris (1,910%), Londres (1,70%), Frankfurt (1,93%), Madri (1,45%) e Milão (2,56%).
Na Ásia, Tóquio encerrou no azul, com 1,61%, enquanto Xangai avançou 0,26%, e Hong Kong, 0,70%.
Em Wall Street, o Dow Jones ganhou 2,08% no fechamento; o Nasdaq, 2,37%; e o S&P 500, 2,22%.
No Brasil, a Bolsa de São Paulo teve alta de 3,98% e, no México, alvo dos ferozes ataques de Trump, a Bolsa subiu 2,9%, e o peso se valorizou 2,39% frente ao dólar.
Após seis sessões consecutivas em baixa, o petróleo também reagiu positivamente.
A reabertura de uma investigação contra Hillary Clinton teve há dez dias um aparente efeito devastador para os mercados, tomados pela incerteza das eleições americanas.
Entretanto, nesta segunda-feira, em uma carta ao Congresso, o diretor do FBI, James Comey, informou que a revisão dos novos e-mails descobertos há pouco mais de uma semana não trouxe qualquer novidade que levasse a um indiciamento de Hillary Clinton, que usou um servidor privado quando era secretária de Estado.
A decisão do diretor do FBI "é uma boa notícia para os operadores que recuperam o apetite pelo risco", comentou para a agência Bloomberg o analista do Think Markets UK, Naeem Aslam.
Peso mexicano em altaO alívio também foi notado no mercado cambial. O iene voltou a cair em relação ao dólar. O dólar nesta segunda foi cotado a 104 ienes contra 103,04 de sexta-feira às 19h (horário de Brasília).
O dólar também se valorizou em relação ao euro, mas foi sobretudo o peso mexicano que se beneficiou da notícia, que parece fortalecer as chances de derrota do candidato republicano: a divisa mexicana foi cotada a 18,626 pesos por dólar, contra 19,026 de sexta-feira, uma alta de 2,5%.
Donald Trump é considerado um fator negativo para o peso mexicano, devido às ameaças do candidato de expulsar dos Estados Unidos milhões de imigrantes ilegais, de renegociar acordos de livre comércio e da promessa de construir um muro na fronteira comum com o país vizinho, caso ganhe as eleições de terça-feira.
Já os juros dos títulos de países com maior risco - e, portanto, maior remuneração, como os da Itália e da Espanha - subiram, enquanto a dívida alemã, considerada mais segura, foi deixada de lado por grande parte dos investidores.
Embora prevaleça um certo entusiasmo nesta segunda-feira nas praças financeiras, prevalece a prudência diante da persistente incerteza sobre quem vencerá a eleição. As pesquisas continuam dando uma pequena vantagem a Hillary Clinton, mas, segundo os analistas da Mirabaud Securities Genève, "alguns estados-chave podem surpreender amanhã (terça-feira)".
bur-anb-cc/mb/cc/tt/lr
A aspirante democrata é a preferida para a grande maioria dos operadores e investidores do mundo, já que é percebida como garantia de continuidade e de estabilidade. O candidato republicano, Donald Trump, é considerado imprevisível pelos mercados e carente de experiência política.
"A decisão do FBI" de não indiciar Hillary Clinton por ter utilizado um servidor privado para seus e-mails quando era secretária de Estado "alivia os mercados", constataram os estrategistas da sociedade de corretagem Aurel BGC.
A notícia suscitou entusiasmo dos operadores.
Na Europa, as Bolsas fecharam em alta: Paris (1,910%), Londres (1,70%), Frankfurt (1,93%), Madri (1,45%) e Milão (2,56%).
Na Ásia, Tóquio encerrou no azul, com 1,61%, enquanto Xangai avançou 0,26%, e Hong Kong, 0,70%.
Em Wall Street, o Dow Jones ganhou 2,08% no fechamento; o Nasdaq, 2,37%; e o S&P 500, 2,22%.
No Brasil, a Bolsa de São Paulo teve alta de 3,98% e, no México, alvo dos ferozes ataques de Trump, a Bolsa subiu 2,9%, e o peso se valorizou 2,39% frente ao dólar.
Após seis sessões consecutivas em baixa, o petróleo também reagiu positivamente.
A reabertura de uma investigação contra Hillary Clinton teve há dez dias um aparente efeito devastador para os mercados, tomados pela incerteza das eleições americanas.
Entretanto, nesta segunda-feira, em uma carta ao Congresso, o diretor do FBI, James Comey, informou que a revisão dos novos e-mails descobertos há pouco mais de uma semana não trouxe qualquer novidade que levasse a um indiciamento de Hillary Clinton, que usou um servidor privado quando era secretária de Estado.
A decisão do diretor do FBI "é uma boa notícia para os operadores que recuperam o apetite pelo risco", comentou para a agência Bloomberg o analista do Think Markets UK, Naeem Aslam.
Peso mexicano em altaO alívio também foi notado no mercado cambial. O iene voltou a cair em relação ao dólar. O dólar nesta segunda foi cotado a 104 ienes contra 103,04 de sexta-feira às 19h (horário de Brasília).
O dólar também se valorizou em relação ao euro, mas foi sobretudo o peso mexicano que se beneficiou da notícia, que parece fortalecer as chances de derrota do candidato republicano: a divisa mexicana foi cotada a 18,626 pesos por dólar, contra 19,026 de sexta-feira, uma alta de 2,5%.
Donald Trump é considerado um fator negativo para o peso mexicano, devido às ameaças do candidato de expulsar dos Estados Unidos milhões de imigrantes ilegais, de renegociar acordos de livre comércio e da promessa de construir um muro na fronteira comum com o país vizinho, caso ganhe as eleições de terça-feira.
Já os juros dos títulos de países com maior risco - e, portanto, maior remuneração, como os da Itália e da Espanha - subiram, enquanto a dívida alemã, considerada mais segura, foi deixada de lado por grande parte dos investidores.
Embora prevaleça um certo entusiasmo nesta segunda-feira nas praças financeiras, prevalece a prudência diante da persistente incerteza sobre quem vencerá a eleição. As pesquisas continuam dando uma pequena vantagem a Hillary Clinton, mas, segundo os analistas da Mirabaud Securities Genève, "alguns estados-chave podem surpreender amanhã (terça-feira)".
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