Consumo mundial de carvão deve cair até 2021
Paris, 12 dez 2016 (AFP) - O consumo mundial de carvão deve registrar uma desaceleração até 2021, graças a uma maior eficácia energética, mas o combustível muito poluente continuará sendo indispensável na produção de energia elétrica da Ásia - afirmou a Agência Internacional de Energia (AIE) nesta segunda-feira (12).
"Por seus efeitos sobre a qualidade do ar e as emissões de gás carbônico, o carvão foi muito criticado nos últimos anos, mas é muito cedo para afirmar que chegou o fim desse combustível", opina o diretor da Divisão de Mercados e Segurança Energética da AIE, Keisuke Sadamori, em um comunicado.
O planeta deve consumir 5,6 bilhões de toneladas de carvão em 2021, menos do que a estimativa anterior, de 5,8 bilhões de toneladas, afirma o organismo em seu relatório anual sobre o mercado de carvão.
Depois de alcançar a marca de 4% ao ano entre 2000 e 2013, o crescimento da demanda mundial deve cair a uma média de 0,6% anual no período 2015-2021.
E a participação do carvão na produção de energia elétrica deve cair de 41% (em 2014) para 36%.
Essa tendência se deve a um crescimento econômico globalmente frágil que influencia a demanda por eletricidade, ao desenvolvimento de energias renováveis e a uma maior eficácia energética no âmbito das políticas instauradas para lutar contra o aquecimento global.
A mudança já foi constatada em 2015, com um consumo de 5,4 bilhões de toneladas, uma queda de 2,7% na comparação com o ano anterior, fato inédito no século XXI.
O fenômeno esconde, no entanto, realidades geográficas díspares. A Ásia consome cada vez mais carvão: a participação do continente no consumo mundial passou de 46%, em 2000, para 73%, em 2015.
Na Europa (de 22% para 12% do consumo mundial) e América do Norte (de 25% para 10%), o consumo é cada vez menor.
Apesar do distanciamento dos investidores do carvão, este continua sendo a coluna vertebral da produção elétrica e industrial em muitos países emergentes, principalmente no sul e no sudeste da Ásia, recorda a AIE.
Também se espera que a China reduza o consumo de carvão. A economia chinesa está se orientando em direção aos serviços, em detrimento da indústria pesada, a qual consome muita energia.
A segunda maior economia do planeta continuará sendo, porém, uma grande consumidora de carvão, com 50% da demanda mundial (cerca de 2,8 bilhões de toneladas) em 2021 e 45% da produção total.
Trata-se do que a AIE qualifica de "paradoxo" do carvão. Por um lado, permite produzir energia "segura e acessível" para milhões de pessoas. Por outro, representa 45% das emissões poluentes mundiais de CO2 relacionadas com a energia.
O carvão produz, ainda, gases causadores do efeito estufa e partículas finas.
"Por isso, temos de encontrar uma maneira de fazer que o uso do carvão seja mais sustentável no plano ambiental, procurando que todos os países que decidirem utilizar usinas a carvão usem apenas as últimas tecnologias" que capturam e armazenam o CO2, indica a agência.
Sem isso, alerta a AIE, será impossível atingir o objetivo do Acordo de Paris sobre o clima de limitar o aumento da temperatura a um máximo de 2ºC em relação à era pré-industrial.
"Por seus efeitos sobre a qualidade do ar e as emissões de gás carbônico, o carvão foi muito criticado nos últimos anos, mas é muito cedo para afirmar que chegou o fim desse combustível", opina o diretor da Divisão de Mercados e Segurança Energética da AIE, Keisuke Sadamori, em um comunicado.
O planeta deve consumir 5,6 bilhões de toneladas de carvão em 2021, menos do que a estimativa anterior, de 5,8 bilhões de toneladas, afirma o organismo em seu relatório anual sobre o mercado de carvão.
Depois de alcançar a marca de 4% ao ano entre 2000 e 2013, o crescimento da demanda mundial deve cair a uma média de 0,6% anual no período 2015-2021.
E a participação do carvão na produção de energia elétrica deve cair de 41% (em 2014) para 36%.
Essa tendência se deve a um crescimento econômico globalmente frágil que influencia a demanda por eletricidade, ao desenvolvimento de energias renováveis e a uma maior eficácia energética no âmbito das políticas instauradas para lutar contra o aquecimento global.
A mudança já foi constatada em 2015, com um consumo de 5,4 bilhões de toneladas, uma queda de 2,7% na comparação com o ano anterior, fato inédito no século XXI.
O fenômeno esconde, no entanto, realidades geográficas díspares. A Ásia consome cada vez mais carvão: a participação do continente no consumo mundial passou de 46%, em 2000, para 73%, em 2015.
Na Europa (de 22% para 12% do consumo mundial) e América do Norte (de 25% para 10%), o consumo é cada vez menor.
Apesar do distanciamento dos investidores do carvão, este continua sendo a coluna vertebral da produção elétrica e industrial em muitos países emergentes, principalmente no sul e no sudeste da Ásia, recorda a AIE.
Também se espera que a China reduza o consumo de carvão. A economia chinesa está se orientando em direção aos serviços, em detrimento da indústria pesada, a qual consome muita energia.
A segunda maior economia do planeta continuará sendo, porém, uma grande consumidora de carvão, com 50% da demanda mundial (cerca de 2,8 bilhões de toneladas) em 2021 e 45% da produção total.
Trata-se do que a AIE qualifica de "paradoxo" do carvão. Por um lado, permite produzir energia "segura e acessível" para milhões de pessoas. Por outro, representa 45% das emissões poluentes mundiais de CO2 relacionadas com a energia.
O carvão produz, ainda, gases causadores do efeito estufa e partículas finas.
"Por isso, temos de encontrar uma maneira de fazer que o uso do carvão seja mais sustentável no plano ambiental, procurando que todos os países que decidirem utilizar usinas a carvão usem apenas as últimas tecnologias" que capturam e armazenam o CO2, indica a agência.
Sem isso, alerta a AIE, será impossível atingir o objetivo do Acordo de Paris sobre o clima de limitar o aumento da temperatura a um máximo de 2ºC em relação à era pré-industrial.
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