Crescimento se acelera na zona euro, com inflação perto da meta do BCE
Bruxelas, 31 Jan 2017 (AFP) - O crescimento se acelerou na zona do euro e os preços da energia levaram a inflação para perto da meta do Banco Central Europeu (BCE), em um contexto de incertezas pelo Brexit e à presidência de Donald Trump.
O PIB nas 19 economias do euro aumentou entre outubro e dezembro 0,5%, acima dos 0,4% registrados no trimestre anterior, enquanto a inflação subiu fortemente, a 1,8% em janeiro de 1,1% em dezembro, segundo dados publicados pela Eurostat.
O dado de crescimento para o conjunto de 2016 é de 1,7%, de acordo com as previsões da Comissão Europeia em novembro e do Fundo Monetário Internacional em outubro, que já apontaram uma menor expansão em 2017 por causa do Brexit.
"A recuperação é sólida pelo quinto ano consecutivo (...), mas ainda é insuficiente para criar todos os empregos que precisamos", assegurou aos jornalistas o comissário europeu de Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici, para quem o desemprego continua sendo elevado entre os jovens.
O desemprego na zona do euro caim em dezembro a 9,6%, seu nível mais baixo desde maio de 2009, embora o número de menores de 25 anos desempregados esteja em 20,9%, segundo a Eurostat.
Embora o desemprego tenha tido no mês passado uma forte queda na Espanha (de 18,7% em novembro para 18,4%) e Portugal (de 10,5% para 10,2%), seu nível continua acima da barreira simbólica de 10% nos países do sul da Europa, mais castigados pela crise financeira de 2008.
À espera do BCEApesar da forte alta a patamares próximos à meta do BCE de uma inflação inferior a 2%, os analistas acreditam ser pouco provável que a instituição com sede em Frankfurt mude a sua atual política monetária acomodatícia.
Para Jennifer McKeown, da Capital Economics, os dados recentes de crescimento e de aumento "forte" da inflação em janeiro servirão para que o BCE reflita. "Mas esperamos que o Banco continue comprando ativos até 2018".
Apesar dos últimos pedidos da Alemanha, onde a poupança é forte, o presidente do BCE, Mario Draghi, reiterou em meados de janeiro que manterá sua política, apontando que não há um "verdadeiro" sinal "de tendência de aumento da inflação subjacente".
Os preços da energia impulsionaram a inflação em janeiro após registrar 8,1%, em relação aos 2,6% do mês anterior e ao -1,1% em novembro. No entanto, a inflação subjacente, que não considera os preços da energia e dos alimentos não processados, se manteve estável em 0,9%.
"A tendência observada em janeiro reflete o significativo efeito que tem o aumento dos preços do petróleo sobre a inflação", apontou o economista de Natixis, Jesus Castillo, que destacou o aumento em janeiro da inflação na Espanha (a 3%) e na Alemanha (a 1,9%).
Para Castillo, apesar da sólida recuperação econômica, as várias incertezas, como a evolução política nos Estados Unidos, assim como nas eleições na França e na Alemanha neste ano, poderiam afetar o crescimento do PIB.
O PIB nas 19 economias do euro aumentou entre outubro e dezembro 0,5%, acima dos 0,4% registrados no trimestre anterior, enquanto a inflação subiu fortemente, a 1,8% em janeiro de 1,1% em dezembro, segundo dados publicados pela Eurostat.
O dado de crescimento para o conjunto de 2016 é de 1,7%, de acordo com as previsões da Comissão Europeia em novembro e do Fundo Monetário Internacional em outubro, que já apontaram uma menor expansão em 2017 por causa do Brexit.
"A recuperação é sólida pelo quinto ano consecutivo (...), mas ainda é insuficiente para criar todos os empregos que precisamos", assegurou aos jornalistas o comissário europeu de Assuntos Financeiros, Pierre Moscovici, para quem o desemprego continua sendo elevado entre os jovens.
O desemprego na zona do euro caim em dezembro a 9,6%, seu nível mais baixo desde maio de 2009, embora o número de menores de 25 anos desempregados esteja em 20,9%, segundo a Eurostat.
Embora o desemprego tenha tido no mês passado uma forte queda na Espanha (de 18,7% em novembro para 18,4%) e Portugal (de 10,5% para 10,2%), seu nível continua acima da barreira simbólica de 10% nos países do sul da Europa, mais castigados pela crise financeira de 2008.
À espera do BCEApesar da forte alta a patamares próximos à meta do BCE de uma inflação inferior a 2%, os analistas acreditam ser pouco provável que a instituição com sede em Frankfurt mude a sua atual política monetária acomodatícia.
Para Jennifer McKeown, da Capital Economics, os dados recentes de crescimento e de aumento "forte" da inflação em janeiro servirão para que o BCE reflita. "Mas esperamos que o Banco continue comprando ativos até 2018".
Apesar dos últimos pedidos da Alemanha, onde a poupança é forte, o presidente do BCE, Mario Draghi, reiterou em meados de janeiro que manterá sua política, apontando que não há um "verdadeiro" sinal "de tendência de aumento da inflação subjacente".
Os preços da energia impulsionaram a inflação em janeiro após registrar 8,1%, em relação aos 2,6% do mês anterior e ao -1,1% em novembro. No entanto, a inflação subjacente, que não considera os preços da energia e dos alimentos não processados, se manteve estável em 0,9%.
"A tendência observada em janeiro reflete o significativo efeito que tem o aumento dos preços do petróleo sobre a inflação", apontou o economista de Natixis, Jesus Castillo, que destacou o aumento em janeiro da inflação na Espanha (a 3%) e na Alemanha (a 1,9%).
Para Castillo, apesar da sólida recuperação econômica, as várias incertezas, como a evolução política nos Estados Unidos, assim como nas eleições na França e na Alemanha neste ano, poderiam afetar o crescimento do PIB.
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