Forças leais a Haftar retomam controle de dois portos petroleiros na Líbia
Bengasi, Líbia, 14 Mar 2017 (AFP) - As tropas do marechal Khalifa Haftar, que controla o leste da Líbia, anunciaram nesta terça-feira a retomada de duas instalações petroleiras em poder de grupos armados rivais.
"As forças armadas (...) libertaram a totalidade do crescente petroleiro", uma região do nordeste do país, declarou o Khalifa al-Abidi, um porta-voz das forças pró-Haftar.
O chefe dos guardas das instalações petroleiras leais a Haftar, o general Meftah al-Megaryef, confirmou a retomada de instalações de Ras Lanuf, que inclui um aeroporto e um porto, e um porto próximo a Al-Sedra, dois dos principais portos petroleiros da área.
O Exército Nacional Líbio (ANL, em inglês), autoproclamado pelo marechal, anunciou pela manhã que lançava uma grande operação para recuperar o controle dos dois portos, que estavam nas mãos das chamadas Brigadas de Defesa de Benghazi (BDB) desde 3 de março.
Os partidários de Haftar consideram as BDB como "terroristas".
Um dos comandantes das BDB, Baset al-Chairi, confirmou à AFP a perda de Ras Lanuf, sem mencionar o porto de Al-Sedra.
A AFP não pôde comprovar com fontes independentes a veracidade das declarações do grupo.
Dividida por lutas de poder desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em abril de 2011, a Líbia está dividida por duas autoridades rivais.
Por um lado, o Governo de Unidade Nacional (GNA, em inglês), com sede em Trípoli, reconhecido pela comunidade internacional. Por outro lado, um governo com sede no leste do país e vinculado ao marechal Haftar.
O GNA nega qualquer vínculo com o aumento militar nessa zona petroleira, mas o International Crisis Group considerou em um relatório emitido na semana passada que o GNA tema relações "complexas e ambíguas" com as BDB e acrescenta que "o ministro da Defesa do GNA e alguns membros [deste governo] apoiavam" essa aliança.
A perda de Ras Lanuf e Al-Sedra gerou dúvidas sobre a capacidade militar do ANL, cuja superioridade depende de sua Força Aérea e do apoio de países como Egito e Emirados Árabes Unidos.
"As forças de Haftar foram supervalorizadas. Para manter suas posições fora de seu reduto (...) necessitam de três fatores: o apoio das tribos, o apoio aéreo de egípcios e árabes, e mercenários estrangeiros", considera o especialista em Líbia do Conselho Europeu de Relações Internacionais, Mattia Toaldo.
A ONU declarou nesta terça-feira estar "profundamente preocupada" com os combates nessa zona petroleira, onde ambos os grupos aparentemente realizaram execuções sumárias, torturas e outras violações.
str-ila-rb/bpe/es/pc/cb/cc
"As forças armadas (...) libertaram a totalidade do crescente petroleiro", uma região do nordeste do país, declarou o Khalifa al-Abidi, um porta-voz das forças pró-Haftar.
O chefe dos guardas das instalações petroleiras leais a Haftar, o general Meftah al-Megaryef, confirmou a retomada de instalações de Ras Lanuf, que inclui um aeroporto e um porto, e um porto próximo a Al-Sedra, dois dos principais portos petroleiros da área.
O Exército Nacional Líbio (ANL, em inglês), autoproclamado pelo marechal, anunciou pela manhã que lançava uma grande operação para recuperar o controle dos dois portos, que estavam nas mãos das chamadas Brigadas de Defesa de Benghazi (BDB) desde 3 de março.
Os partidários de Haftar consideram as BDB como "terroristas".
Um dos comandantes das BDB, Baset al-Chairi, confirmou à AFP a perda de Ras Lanuf, sem mencionar o porto de Al-Sedra.
A AFP não pôde comprovar com fontes independentes a veracidade das declarações do grupo.
Dividida por lutas de poder desde a queda do regime de Muammar Kadhafi, em abril de 2011, a Líbia está dividida por duas autoridades rivais.
Por um lado, o Governo de Unidade Nacional (GNA, em inglês), com sede em Trípoli, reconhecido pela comunidade internacional. Por outro lado, um governo com sede no leste do país e vinculado ao marechal Haftar.
O GNA nega qualquer vínculo com o aumento militar nessa zona petroleira, mas o International Crisis Group considerou em um relatório emitido na semana passada que o GNA tema relações "complexas e ambíguas" com as BDB e acrescenta que "o ministro da Defesa do GNA e alguns membros [deste governo] apoiavam" essa aliança.
A perda de Ras Lanuf e Al-Sedra gerou dúvidas sobre a capacidade militar do ANL, cuja superioridade depende de sua Força Aérea e do apoio de países como Egito e Emirados Árabes Unidos.
"As forças de Haftar foram supervalorizadas. Para manter suas posições fora de seu reduto (...) necessitam de três fatores: o apoio das tribos, o apoio aéreo de egípcios e árabes, e mercenários estrangeiros", considera o especialista em Líbia do Conselho Europeu de Relações Internacionais, Mattia Toaldo.
A ONU declarou nesta terça-feira estar "profundamente preocupada" com os combates nessa zona petroleira, onde ambos os grupos aparentemente realizaram execuções sumárias, torturas e outras violações.
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