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Trump propõe elevar orçamento da Defesa e cortar ajuda internacional

16/03/2017 01h50

Washington, 16 Mar 2017 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proporá formalmente nesta quinta-feira um orçamento federal para 2018 que inclui a elevação dos gastos em Defesa e menos dinheiro para a ajuda internacional do Departamento de Estado, informou a Casa Branca.

O projeto de orçamento prevê um aumento de 10% nas verbas para a Defesa, equivalente a 54 bilhões de dólares, acompanhado de um corte de 28% nos recursos do departamento de Estado, fundamentalmente em planos de ajuda internacional.

Os cortes no departamento de Estado deverão ter efeitos imediatos nas contribuições para as agências das Nações Unidas, com potencial para um efeito de alcance global.

A princípio, o projeto de orçamento poderá destinar cerca de 4 bilhões de dólares à iniciativa de construção do muro na fronteira com o México, mas tal decisão não está clara.

Desde a campanha eleitoral do ano passado, Trump afirmou que o México pagaria pela construção do polêmico muro, algo que as autoridades mexicanas descartam.

A Casa Branca enviará formalmente ao Congresso seu projeto de orçamento nesta quinta-feira, e o documento será objeto de furiosas negociações por cada parágrafo.

Antes de ser um produto acabado, o projeto de Orçamento de Trump deve ser visto fundamentalmente como uma declaração de prioridades.

Para o chefe do gabinete de Orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, trata-se de um "orçamento 'hard power', e não de um soft power'".

O funcionário admitiu que para fazer o orçamento sua equipe revisou dezenas de discursos de Trump, para enviar um sinal claro aos seus eleitores de que o presidente é um "homem e de ação" e não um "político tradicional".

O projeto também servirá como uma sinalização ao mundo dos efeitos reais da decisão de Trump de colocar a "América em primeiro lugar".

Em uma recente carta aberta, cerca de 120 generais e almirantes recordaram à Casa Branca uma frase do agora secretário de Defesa, Jim Mattis: "se não houver orçamento suficiente para o departamento de Estado, é melhor comprar mais munição".