Chile suspende temporariamente importações de carne do Brasil
Santiago, 21 Mar 2017 (AFP) - O Chile decidiu nesta segunda-feira a suspensão temporária de suas importações de carne do Brasil, depois das revelações feitas pela Operação Carne Fraca, informou o ministério da Agricultura.
"O fechamento do mercado brasileiro de carne é temporário, até que eles informem se há frigoríficos autorizados a exportar para o Chile", informou o ministro da Agricultura, Carlos Furche, em sua conta no Twitter.
A Polícia Federal (PF) revelou na sexta-feira um esquema em que fiscais sanitários supostamente recebiam subornos dos frigoríficos para autorizar a venda de alimentos não aptos para o consumo.
Mais de 30 pessoas foram detidas até o momento, três frigoríficos foram fechados temporariamente e 21 se encontram sob investigação. Entre os suspeitos figuram empresas como JBS, BFR e Peccin, pesos pesados do país.
"Estamos desde sábado analisando a situação em relação à investigação que acontece no Brasil, por parte do Ministério Público, por alguns delitos cometidos por alguns frigoríficos brasileiros no tratamento das carnes de boi destinada tanto para o consumo local como para as exportações", declarou Furche.
O ministro brasileiro da Agricultura, Blairo Maggi, disse entender que o Chile suspenda as importações dos 21 frigoríficos suspeitos de vender produtos impróprios, mas advertiu que não ficará de braços cruzados em caso de bloqueio total à carne brasileira.
"Se for preciso adotar uma reação mais forte, faremos isto, sem qualquer dúvida".
"Nós somos grande importadores de produtos do Chile - peixes, frutas - e os produtores brasileiros vivem reclamando que deveríamos criar barreiras", acrescentou o ministro, garantindo que conta com o consentimento do presidente Temer para agir.
"O comércio é assim, não tem só bonzinho. Comércio tem que ser feito na cotovelada e se eu tiver que ter uma reação mais forte com o Chile eu terei".
Furche reagiu às declarações de Maggi declarando que o Chile não vai atuar "em função de ameaças".
"Para poder tomar decisões necessitamos de informações e é o que estamos solicitando às autoridades do Brasil, porque nosso interesse é normalizar o comércio, mas normalizar o comércio cuidando dos consumidores chilenos".
O Brasil é o segundo fornecedor de carne de Chile com 37.000 toneladas anuais, enquanto que o Paraguai é o primeiro exportador com 39.000 toneladas, segundo dados do governo chileno.
Em novembro, o Ministério da Saúde do Chile emitiu um alerta diante da possível contaminação com parasitose de carne importada desde Brasil, cuja venda e distribuição foi proibida.
O alerta foi emitido com o aparecimento de "lesões compatíveis com parasitose", em carne embalada brasileira descoberta por um consumidor que a adquiriu em um supermercado do porto de Valparaíso (120 km a oeste de Santiago) na terça-feira, indicou a nota do Ministério da Saúde.
Esse alerta foi suspenso uma semana depois.
"O fechamento do mercado brasileiro de carne é temporário, até que eles informem se há frigoríficos autorizados a exportar para o Chile", informou o ministro da Agricultura, Carlos Furche, em sua conta no Twitter.
A Polícia Federal (PF) revelou na sexta-feira um esquema em que fiscais sanitários supostamente recebiam subornos dos frigoríficos para autorizar a venda de alimentos não aptos para o consumo.
Mais de 30 pessoas foram detidas até o momento, três frigoríficos foram fechados temporariamente e 21 se encontram sob investigação. Entre os suspeitos figuram empresas como JBS, BFR e Peccin, pesos pesados do país.
"Estamos desde sábado analisando a situação em relação à investigação que acontece no Brasil, por parte do Ministério Público, por alguns delitos cometidos por alguns frigoríficos brasileiros no tratamento das carnes de boi destinada tanto para o consumo local como para as exportações", declarou Furche.
O ministro brasileiro da Agricultura, Blairo Maggi, disse entender que o Chile suspenda as importações dos 21 frigoríficos suspeitos de vender produtos impróprios, mas advertiu que não ficará de braços cruzados em caso de bloqueio total à carne brasileira.
"Se for preciso adotar uma reação mais forte, faremos isto, sem qualquer dúvida".
"Nós somos grande importadores de produtos do Chile - peixes, frutas - e os produtores brasileiros vivem reclamando que deveríamos criar barreiras", acrescentou o ministro, garantindo que conta com o consentimento do presidente Temer para agir.
"O comércio é assim, não tem só bonzinho. Comércio tem que ser feito na cotovelada e se eu tiver que ter uma reação mais forte com o Chile eu terei".
Furche reagiu às declarações de Maggi declarando que o Chile não vai atuar "em função de ameaças".
"Para poder tomar decisões necessitamos de informações e é o que estamos solicitando às autoridades do Brasil, porque nosso interesse é normalizar o comércio, mas normalizar o comércio cuidando dos consumidores chilenos".
O Brasil é o segundo fornecedor de carne de Chile com 37.000 toneladas anuais, enquanto que o Paraguai é o primeiro exportador com 39.000 toneladas, segundo dados do governo chileno.
Em novembro, o Ministério da Saúde do Chile emitiu um alerta diante da possível contaminação com parasitose de carne importada desde Brasil, cuja venda e distribuição foi proibida.
O alerta foi emitido com o aparecimento de "lesões compatíveis com parasitose", em carne embalada brasileira descoberta por um consumidor que a adquiriu em um supermercado do porto de Valparaíso (120 km a oeste de Santiago) na terça-feira, indicou a nota do Ministério da Saúde.
Esse alerta foi suspenso uma semana depois.
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