Bruxelas relança procedimento para autorizar o glifosato
Bruxelas, 16 Mai 2017 (AFP) - A Comissão Europeia decidiu nesta terça-feira relançar o procedimento para tentar convencer os países do bloco a autorizar no longo prazo o glifosato, depois de fracassar em uma tentativa anterior.
Os comissários europeus deram seu aval para "retomar as negociações com Estados-membros sobre uma possível renovação da autorização do glifosato durante 10 anos", informou à AFP uma porta-voz do executivo comunitário.
A licença desse controverso herbicida expirou na UE no verão boreal de 2016 e, sem a autorização dos 28, Bruxelas se viu obrigada a prorrogar esta licença por 18 meses, à espera de um relatório dos especialistas europeus.
França e Malta votaram contra durante uma consulta no final de junho, que junto com as abstenções de sete países (Alemanha, Itália, Portugal, Áustria, Luxemburgo, Grécia e Bulgária), bloqueou a decisão.
Em sua decisão de relançar o procedimento, "a Comissão levou em conta os últimos estudos científicos", especialmente as conclusões da Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA), explicou em um curto comunicado o executivo comunitário.
Em meados de março, a ECHA indicou que o glifosato não deve ser considerado uma substância cancerígena, conclusão que gerou descontentamento entre as ONGs.
A associação europeia de fabricantes de pesticidas, a ECPA, que conta entre seus membros a Monsanto, Bayer, Dow, BASF e Syngenta, disse esperar que a Comissão inicie rapidamente um novo procedimento para uma licença de 15 anos, uma duração maior do que a prevista por Bruxelas.
O interesse econômico não é inútil. O uso de herbicidas que contêm glifosato se generalizou rapidamente desde a sua chegada ao mercado na década de 1970. Com o desenvolvimento de cultivos transgênicos resistentes a essa substância, como a soja RR (Roundup Ready) da Monsanto, seu uso se generalizou ainda mais.
O eurodeputado ecologista Harald Ebner lamentou que "uma nova autorização durante 10 anos sem restrição mostra o pouco respeito pela iniciativa cidadã" que se lançou contra o glifosato.
Este movimento, que recolheu 750.000 assinaturas em quatro meses segundo o Greenpeace, busca proibir este princípio ativo, reformar o procedimento de aprovação de pesticidas e instaurar objetivos obrigatórios de redução de seu uso na UE.
mla-tjc/age/cc/mvv
Os comissários europeus deram seu aval para "retomar as negociações com Estados-membros sobre uma possível renovação da autorização do glifosato durante 10 anos", informou à AFP uma porta-voz do executivo comunitário.
A licença desse controverso herbicida expirou na UE no verão boreal de 2016 e, sem a autorização dos 28, Bruxelas se viu obrigada a prorrogar esta licença por 18 meses, à espera de um relatório dos especialistas europeus.
França e Malta votaram contra durante uma consulta no final de junho, que junto com as abstenções de sete países (Alemanha, Itália, Portugal, Áustria, Luxemburgo, Grécia e Bulgária), bloqueou a decisão.
Em sua decisão de relançar o procedimento, "a Comissão levou em conta os últimos estudos científicos", especialmente as conclusões da Agência Europeia de Produtos Químicos (ECHA), explicou em um curto comunicado o executivo comunitário.
Em meados de março, a ECHA indicou que o glifosato não deve ser considerado uma substância cancerígena, conclusão que gerou descontentamento entre as ONGs.
A associação europeia de fabricantes de pesticidas, a ECPA, que conta entre seus membros a Monsanto, Bayer, Dow, BASF e Syngenta, disse esperar que a Comissão inicie rapidamente um novo procedimento para uma licença de 15 anos, uma duração maior do que a prevista por Bruxelas.
O interesse econômico não é inútil. O uso de herbicidas que contêm glifosato se generalizou rapidamente desde a sua chegada ao mercado na década de 1970. Com o desenvolvimento de cultivos transgênicos resistentes a essa substância, como a soja RR (Roundup Ready) da Monsanto, seu uso se generalizou ainda mais.
O eurodeputado ecologista Harald Ebner lamentou que "uma nova autorização durante 10 anos sem restrição mostra o pouco respeito pela iniciativa cidadã" que se lançou contra o glifosato.
Este movimento, que recolheu 750.000 assinaturas em quatro meses segundo o Greenpeace, busca proibir este princípio ativo, reformar o procedimento de aprovação de pesticidas e instaurar objetivos obrigatórios de redução de seu uso na UE.
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