Ford demite o CEO Mark Fields e nomeia Jim Hackett para o cargo
Nova York, 22 Mai 2017 (AFP) - A montadora americana Ford demitiu nesta segunda-feira (22) seu presidente Mark Fields e anunciou Jim Hackett como o novo CEO, no momento em que a empresa enfrenta a desaceleração das vendas nos Estados Unidos e na China.
Hackett, 62 anos, "tem um longo histórico de inovação e sucesso nos negócios", afirma a empresa em um comunicado, que confirmou uma notícia antecipada pelo jornal "The New York Times".
A nomeação de Hackett, até agora chefe da divisão de veículos autônomos e tecnologia, é um sinal de que a Ford continuará no rumo traçado por Fields, que apostou em uma estratégia que privilegiou o desenvolvimento deste tipo de carro.
"Partimos de uma posição forte para transformar a Ford para o futuro", disse Bill Ford, presidente executivo do grupo, citado em um comunicado.
"Jim Hackett é a pessoa indicada para dirigir a Ford durante esta transformação da indústria do automóvel e da mobilidade em geral", completou.
Nova diretoria
A reorganização da diretoria também inclui a nomeação de três novos vice-presidentes executivos para supervisionar os mercados globais, as operações e a mobilidade.
Entre as novas nomeações está a de Jim Farley, designado vice-presidente e presidente de mercados globais depois de comandar a região Europa, Oriente Médio e África. Farley ajudou o grupo a recuperar sua rentabilidade na Europa ante a rival General Motors.
Mark Fields assumiu a liderança da empresa há quase três anos, apostando em uma estratégia que buscou privilegiar o desenvolvimento de veículos autônomos.
A ação do grupo perdeu desde então um terço do valor e foi superada em abril pela fabricante de veículos elétricos Tesla em termos de capitalização na Bolsa.
Após vários anos de vendas recordes, o mercado de carros nos Estados Unidos enfrenta uma desaceleração e o lucro da Ford registrou queda de 38% em 2016, o que abalou a confiança dos investidores.
O grupo anunciou recentemente o corte de 1.400 postos de trabalho na América do Norte e Ásia, com o objetivo de reduzir custos e melhorar a rentabilidade.
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