Israel começa a reduzir fornecimento de eletricidade em Gaza
Gaza, Territórios palestinos, 19 Jun 2017 (AFP) - Israel começou nesta segunda-feira a reduzir o fornecimento de energia elétrica aos dois milhões de habitantes de Gaza, que já recebem poucas horas de eletricidade por dia, indicou a companhia de eletricidade de Israel e a Autoridade de Energia do enclave palestino.
Em meados de junho, o governo israelense anunciou que reduziria o fornecimento, argumentando que a Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas se recusava a pagar a conta de energia elétrica da Faixa de Gaza. A Autoridade Palestina acusa o Hamas de não assumir o fornecimento de energia do território que controla.
A fatura paga a Israel pela Autoridade Palestina, expulsa pelo Hamas de Gaza há dez anos, chega a 11,3 milhões de euros por mês.
Mediante isso, Israel fornece 120 megawatts para Gaza - um quarto das necessidades do enclave estimadas entre 450 e 500 MW - em dez linhas.
Em tempos normais, a única central elétrica do enclave fornece 65 MW e as linhas egípcias 23 MW.
Mas desde que a usina de energia parou por falta de combustível, igualmente em razão de disputas entre o Hamas e a Autoridade Palestina, esses 120 MW israelenses representavam 80% da eletricidade disponível na Faixa de Gaza.
Duas horas por diaPor sua vez, as linhas egípcias, danificadas pelos confrontos entre jihadistas e o exército egípcio no Sinai, também não são de grande ajuda.
Esta redução iniciada nesta segunda-feira, que fará com que os moradores de Gaza tenham duas horas de eletricidade por dia, levanta preocupações sobre o aumento das tensões e um possível colapso dos serviços vitais em um território que atravessou desde 2007 três guerras com Israel e uma quase-guerra civil entre os movimentos palestinos.
"A oferta será reduzida em duas linhas de dez a cada dia, até que esta diminuição se aplique a todas as dez linhas", detalhou a companhia de eletricidade de Israel em um comunicado.
Israel "reduziu nesta segunda-feira em oito megawatts o fornecimento das linhas de energia" para o território costeiro superpovoado e devastado pela guerra e a pobreza, indicou por sua vez a Autoridade de Energia, controlada pelo Hamas no poder em Gaza, em um comunicado.
A redução é "perigosa" em um território "que sofre uma escassez crônica de energia", estimou a Autoridade de Energia. Ela culpa Israel e "as partes envolvidas na tomada desta decisão".
A ONU e muitas organizações humanitárias alertaram para o risco de um "colapso total" dos serviços vitais para a população, em particular no setor da saúde.
Num contexto de crise humanitária e econômica, o abastecimento de eletricidade é uma preocupação primordial no enclave à beira do deserto, principalmente em pleno mês do Ramadã e no verão.
A ONG israelense Gisha, que milita contra o severo bloqueio imposto à Faixa de Gaza, lançou um apelo às autoridades israelenses, acusando-as de "agravar de forma consciente uma situação já perigosa".
"Reduzir a eletricidade em Gaza é um crime humanitário sem nenhuma moral", acusou o Hamas. Israel deverá "assumir as consequências desta diminuição", ameaçou.
az-jjm/sbh/hj/mr
Em meados de junho, o governo israelense anunciou que reduziria o fornecimento, argumentando que a Autoridade Palestina do presidente Mahmud Abbas se recusava a pagar a conta de energia elétrica da Faixa de Gaza. A Autoridade Palestina acusa o Hamas de não assumir o fornecimento de energia do território que controla.
A fatura paga a Israel pela Autoridade Palestina, expulsa pelo Hamas de Gaza há dez anos, chega a 11,3 milhões de euros por mês.
Mediante isso, Israel fornece 120 megawatts para Gaza - um quarto das necessidades do enclave estimadas entre 450 e 500 MW - em dez linhas.
Em tempos normais, a única central elétrica do enclave fornece 65 MW e as linhas egípcias 23 MW.
Mas desde que a usina de energia parou por falta de combustível, igualmente em razão de disputas entre o Hamas e a Autoridade Palestina, esses 120 MW israelenses representavam 80% da eletricidade disponível na Faixa de Gaza.
Duas horas por diaPor sua vez, as linhas egípcias, danificadas pelos confrontos entre jihadistas e o exército egípcio no Sinai, também não são de grande ajuda.
Esta redução iniciada nesta segunda-feira, que fará com que os moradores de Gaza tenham duas horas de eletricidade por dia, levanta preocupações sobre o aumento das tensões e um possível colapso dos serviços vitais em um território que atravessou desde 2007 três guerras com Israel e uma quase-guerra civil entre os movimentos palestinos.
"A oferta será reduzida em duas linhas de dez a cada dia, até que esta diminuição se aplique a todas as dez linhas", detalhou a companhia de eletricidade de Israel em um comunicado.
Israel "reduziu nesta segunda-feira em oito megawatts o fornecimento das linhas de energia" para o território costeiro superpovoado e devastado pela guerra e a pobreza, indicou por sua vez a Autoridade de Energia, controlada pelo Hamas no poder em Gaza, em um comunicado.
A redução é "perigosa" em um território "que sofre uma escassez crônica de energia", estimou a Autoridade de Energia. Ela culpa Israel e "as partes envolvidas na tomada desta decisão".
A ONU e muitas organizações humanitárias alertaram para o risco de um "colapso total" dos serviços vitais para a população, em particular no setor da saúde.
Num contexto de crise humanitária e econômica, o abastecimento de eletricidade é uma preocupação primordial no enclave à beira do deserto, principalmente em pleno mês do Ramadã e no verão.
A ONG israelense Gisha, que milita contra o severo bloqueio imposto à Faixa de Gaza, lançou um apelo às autoridades israelenses, acusando-as de "agravar de forma consciente uma situação já perigosa".
"Reduzir a eletricidade em Gaza é um crime humanitário sem nenhuma moral", acusou o Hamas. Israel deverá "assumir as consequências desta diminuição", ameaçou.
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