Merkel oferece mais dinheiro para evitar proibição de carros a diesel
Berlim, 4 Set 2017 (AFP) - A chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu, nesta segunda-feira, oferecer 1 bilhão de euros para auxiliar as cidades alemãs a combater a poluição do ar causada por carros a diesel, após o escândalo da indústria automotiva ameaçar os políticos, no auge da campanha eleitoral.
Merkel disse que vai dobrar a ajuda financeira às cidades, dos 500 milhões de euros anunciados antes, a fim de evitar a ameaça de uma proibição total aos veículos a diesel.
A ameaça à saúde pública das emissões de óxido de nitrogênio (NOx) vieram à tona após a maior fabricante de veículos da Alemanha, a Volkswagen, ter admitido em setembro de 2015 que equipou milhões de carros no mundo todo com softwares ilegais para manipular os resultados de testes de emissões de poluentes.
O escândalo se expandiu, com outras fabricantes alemãs sob escrutínio após acusações de conluio.
Com a aproximação das eleições, em 24 de setembro, Merkel e outros políticos têm que andar numa corda bamba, equilibrando a segurança da saúde pública e os milhões de empregos do setor automobilístico, vital para a economia do país.
O escândalo de manipulação das emissões também reduziu drasticamente o valor de venda dos carros a diesel.
As vendas de veículos novos na Alemanha subiram 3,5% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2016, segundo dados do governo federal divulgados nesta segunda-feira. Os registros de carros a diesel, entretanto, caíram quase 14% no mês passado.
A proibição deste tipo de veículos acelerariam muito a tendência - uma questão eleitoral fundamental para milhões de motoristas.
Após um encontro com 30 prefeitos de cidades que ameaçam banir os carros a diesel, Merkel disse que iria desembolsar mais dinheiro para ajudar a desenvolver uma infraestrutura de transporte mais limpa.
"Metade do valor fica por conta dos fabricantes automobilísticos, a outra metade pelo governo federal", disse Merkel.
A prioridade imediata é "prevenir proibições", destacou Merkel, ciente de que precisa proteger o setor industrial crucial. Gigantes globais como Volkswagen, Audi, Mereces e BMW rendem bilhões de euros em exportações e empregam entre 800 mil e 900 mil pessoas na Alemanha.
Apesar de Merkel já ter falado várias vezes sobre sua ideia de uma economia de baixo carbono a longo prazo, baseada em tecnologias verdes ambientalmente corretas, ela deixou claro na semana passada que, quando o assunto é diesel, "estamos em 2017".
bur-fz-hmn/dlc/pg/ll/mvv
BAYERISCHE MOTOREN WERKE AG
Merkel disse que vai dobrar a ajuda financeira às cidades, dos 500 milhões de euros anunciados antes, a fim de evitar a ameaça de uma proibição total aos veículos a diesel.
A ameaça à saúde pública das emissões de óxido de nitrogênio (NOx) vieram à tona após a maior fabricante de veículos da Alemanha, a Volkswagen, ter admitido em setembro de 2015 que equipou milhões de carros no mundo todo com softwares ilegais para manipular os resultados de testes de emissões de poluentes.
O escândalo se expandiu, com outras fabricantes alemãs sob escrutínio após acusações de conluio.
Com a aproximação das eleições, em 24 de setembro, Merkel e outros políticos têm que andar numa corda bamba, equilibrando a segurança da saúde pública e os milhões de empregos do setor automobilístico, vital para a economia do país.
O escândalo de manipulação das emissões também reduziu drasticamente o valor de venda dos carros a diesel.
As vendas de veículos novos na Alemanha subiram 3,5% em agosto, em comparação com o mesmo mês de 2016, segundo dados do governo federal divulgados nesta segunda-feira. Os registros de carros a diesel, entretanto, caíram quase 14% no mês passado.
A proibição deste tipo de veículos acelerariam muito a tendência - uma questão eleitoral fundamental para milhões de motoristas.
Após um encontro com 30 prefeitos de cidades que ameaçam banir os carros a diesel, Merkel disse que iria desembolsar mais dinheiro para ajudar a desenvolver uma infraestrutura de transporte mais limpa.
"Metade do valor fica por conta dos fabricantes automobilísticos, a outra metade pelo governo federal", disse Merkel.
A prioridade imediata é "prevenir proibições", destacou Merkel, ciente de que precisa proteger o setor industrial crucial. Gigantes globais como Volkswagen, Audi, Mereces e BMW rendem bilhões de euros em exportações e empregam entre 800 mil e 900 mil pessoas na Alemanha.
Apesar de Merkel já ter falado várias vezes sobre sua ideia de uma economia de baixo carbono a longo prazo, baseada em tecnologias verdes ambientalmente corretas, ela deixou claro na semana passada que, quando o assunto é diesel, "estamos em 2017".
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