Banco Central reduz taxa Selic em 1 ponto percentual, a 8,25%
Brasília, 6 Set 2017 (AFP) - O Banco Central reduziu nesta quarta-feira em um ponto percentual sua taxa básica de juros Selic, a 8,25% - sua oitava baixa consecutiva.
A decisão, aprovada por unanimidade pelos nove membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, coincide com a expectativa da maioria dos analistas.
Em uma nota à imprensa, o Copom destacou que "o comportamento da inflação permanece bastante favorável", assim como as projeções do mercado, que preveem uma alta de preços abaixo do centro da meta oficial, de 4,5%, tanto para 2017, quanto para 2018.
A rapidez no controle da inflação - depois de ter registrado índices de 10,67% em 2015 e 6,29% em 2016 - levam o Copom a se preocupar inclusive com pressões deflacionárias.
"O Comitê ressalta que seu cenário básico para a inflação envolve fatores de risco em ambas as direções", afirma a nota. Por um lado, a queda contínua dos preços dos alimentos e outros fatores "pode produzir trajetória de inflação prospectiva abaixo do esperado", explica.
A inflação acumulada em 12 meses ficou, em agosto, em 2,46%, seu menor nível desde fevereiro de 1999.
Mas o Copom adverte que a inflação poderia voltar a disparar devido a "uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas", reclamadas pelo mercado e impulsionadas pelo governo federal, como a da previdência.
- Fim gradual das reduções -O Copom prevê, mesmo assim, que o ciclo de reduções consistentes (de um ponto percentual nas últimas reuniões) poderia ser menor a partir de sua próxima reunião.
"O Comitê vê, neste momento, como adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária", afirma.
"Além disso, nessas mesmas condições, o Comitê antevê encerramento gradual do ciclo", completa.
Principal ferramenta de combate à inflação, a Selic estava, em outubro passado, a 14,25% antes de começar uma série de reduções que levaram a baixar, em julho, dos 10% pela primeira vez em quase quatro anos.
A economia brasileira registrou uma modesta expansão nos primeiros trimestres de 2017, depois de oito trimestres consecutivos de retração.
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