Ministério Público investiga suposto massacre de tribo indígena isolada
São Paulo, 8 Set 2017 (AFP) - O Ministério Público Federal do Amazonas está investigando o suposto massacre de mais de dez indígenas de uma tribo isolada no extremo oeste do estado do Amazonas (norte) por garimpeiros ilegais que agem na região, informou nesta sexta-feira a ONG Survival em um comunicado.
Adelson Kora Kanamari, líder da tribo Warikama Djapar, que ocupa o território indígena Vale do Javari, na fronteira com o Peru, disse à agência de notícias Amazônia Real que entre 18 e 21 indígenas "teriam sido atacados e assassinados".
Segundo o comunicado da Survival, dois garimpeiros foram detidos.
"Caso tais relatos sejam confirmados, o Presidente (Michel) Temer e seu governo possuem uma grande responsabilidade por este ataque genocida", aponta o texto, que critica, além disso, os cortes no orçamento da Fundação Nacional do Índio (Funai).
"Todas estas tribos deveriam ter tido suas terras devidamente reconhecidas e protegidas há anos - o apoio aberto do governo àqueles que querem violar territórios indígenas é extremamente vergonhoso", acrescenta.
Em declarações à Amazônia Real, o líder Adelson Kora Kanamari explicou que a situação na região está "muito crítica". Os invasores "são fazendeiros, caçadores, garimpeiros. Muitos isolados estão sendo mortos, mas não sabemos ao certo as datas e nem o número exato de mortos", afirmou.
O território indígena Vale do Javari tem 8,5 milhões de hectares e foi regularizado em 2001, segundo dados da Funai. Situado a quase 1.200 km de Manaus, tem uma população de cerca de 7.000 habitantes.
Também de acordo com a Funai, há ao menos 14 referências de indígenas isolados na área, e cinco etnias contatadas.
A crítica da ONG Survival se soma às críticas que o governo de Michel Temer recebeu no Brasil e no exterior por "retroceder" em termos ambientalistas e de direitos dos indígenas.
Adelson Kora Kanamari, líder da tribo Warikama Djapar, que ocupa o território indígena Vale do Javari, na fronteira com o Peru, disse à agência de notícias Amazônia Real que entre 18 e 21 indígenas "teriam sido atacados e assassinados".
Segundo o comunicado da Survival, dois garimpeiros foram detidos.
"Caso tais relatos sejam confirmados, o Presidente (Michel) Temer e seu governo possuem uma grande responsabilidade por este ataque genocida", aponta o texto, que critica, além disso, os cortes no orçamento da Fundação Nacional do Índio (Funai).
"Todas estas tribos deveriam ter tido suas terras devidamente reconhecidas e protegidas há anos - o apoio aberto do governo àqueles que querem violar territórios indígenas é extremamente vergonhoso", acrescenta.
Em declarações à Amazônia Real, o líder Adelson Kora Kanamari explicou que a situação na região está "muito crítica". Os invasores "são fazendeiros, caçadores, garimpeiros. Muitos isolados estão sendo mortos, mas não sabemos ao certo as datas e nem o número exato de mortos", afirmou.
O território indígena Vale do Javari tem 8,5 milhões de hectares e foi regularizado em 2001, segundo dados da Funai. Situado a quase 1.200 km de Manaus, tem uma população de cerca de 7.000 habitantes.
Também de acordo com a Funai, há ao menos 14 referências de indígenas isolados na área, e cinco etnias contatadas.
A crítica da ONG Survival se soma às críticas que o governo de Michel Temer recebeu no Brasil e no exterior por "retroceder" em termos ambientalistas e de direitos dos indígenas.
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