A rede Toys "R" Us apresenta pedido de falência
Nova York, 19 Set 2017 (AFP) - Cheia de dívidas, a rede americana de lojas de brinquedos Toys "R" Us recorreu ao capítulo 11 da legislação de proteção de falências, anunciou a empresa, ilustrando as dificuldades da distribuição tradicional frente ao comércio online.
"O grupo vai reestruturar sua dívida existente e criar uma estrutura de capital saudável para poder investir em seu crescimento a longo prazo e concretizar a aspiração de levar brinquedos para as crianças", afirma a Toys "R" Us em um comunicado.
O texto destaca que as operações fora dos Estados Unidos e Canadá, "incluindo as quase 255 lojas sob licença e empresas conjuntas na Ásia", não fazem parte do processo de falência.
"Ao lado de nossos investidores, nosso objetivo é trabalhar com os detentores de dívidas e outros credores para reestruturar os 5 bilhões de dívida a longo prazo em nosso balanço, o que nos dará maior flexibilidade financeira para investir em nosso negócio, continuar melhorando a relação com o cliente em nossa lojas físicas e na internet e fortalecer nossa posição competitiva", afirma Dave Brandon, presidente e diretor executivo, no comunicado.
Vários credores, incluindo o JPMorgan, aceitaram injetar no grupo mais de 3 bilhões de dólares para "melhorar imediatamente a saúde financeira da empresa e acompanhar as operações durante o curto processo de supervisão".
Mas esses anúncios não foram suficientes para convencer a agência financeira SP Global Ratings, que degradoua nota da dívida da Toys "R" US a CCC-, mergulhando-a ainda mais na categoia especulativa.
As quase 1.600 lojas Toys "R" Us e Babies "R" Us no mundo, "a grande maioria delas rentáveis", devem operar de modo habitual.
Além disso, os clientes poderão recorrer aos sites toysrus.com e babiesrus.com, "que acabam de ser lançados", a fim de recuperar seu atraso no comércio online.
Com vendas de cerca de US$ 11,5 bilhões em 2016, a Toys "R" Us está atrás das gigantes do varejo americanas, como Wal-Mart e Target.
No setor dos brinquedos, onde Toys "R" Us é número um do mundo com uma participação de mercado superior a 23%, as dificuldades são particularmente violentas para as lojas físicas. Suas vendas caíram em um quarto entre 2011 e 2016, segundo dados da empresa Euromonitor.
Mas além das condições de mercado, a Toys "R" Us, que registrou uma perda líquida de US$ 163 milhões em seus últimos resultados trimestrais, enfrenta desafios específicos para sua história recente, em particular um endividamento maciço.
Para um grupo deste tamanho, tem a particularidade de não estar cotado na bolsa de valores. Esta situação está ligada à sua aquisição em 2005 por vários fundos, incluindo KKR e Bain Capital.
A rede, presente nos Estados Unidos e em outros 38 países, se une assim a outras lojas que tentam competir com os novos modos de consumo desenvolvidos por empresas como a Amazon.
A empresa tem 65.000 funcionários no mundo.
acb-jdy/ef/roc/fp/mr
KKR & CO
TARGET
MACY'S
J.P. MORGAN CHASE & CO
WAL-MART STORES
AMAZON.COM
"O grupo vai reestruturar sua dívida existente e criar uma estrutura de capital saudável para poder investir em seu crescimento a longo prazo e concretizar a aspiração de levar brinquedos para as crianças", afirma a Toys "R" Us em um comunicado.
O texto destaca que as operações fora dos Estados Unidos e Canadá, "incluindo as quase 255 lojas sob licença e empresas conjuntas na Ásia", não fazem parte do processo de falência.
"Ao lado de nossos investidores, nosso objetivo é trabalhar com os detentores de dívidas e outros credores para reestruturar os 5 bilhões de dívida a longo prazo em nosso balanço, o que nos dará maior flexibilidade financeira para investir em nosso negócio, continuar melhorando a relação com o cliente em nossa lojas físicas e na internet e fortalecer nossa posição competitiva", afirma Dave Brandon, presidente e diretor executivo, no comunicado.
Vários credores, incluindo o JPMorgan, aceitaram injetar no grupo mais de 3 bilhões de dólares para "melhorar imediatamente a saúde financeira da empresa e acompanhar as operações durante o curto processo de supervisão".
Mas esses anúncios não foram suficientes para convencer a agência financeira SP Global Ratings, que degradoua nota da dívida da Toys "R" US a CCC-, mergulhando-a ainda mais na categoia especulativa.
As quase 1.600 lojas Toys "R" Us e Babies "R" Us no mundo, "a grande maioria delas rentáveis", devem operar de modo habitual.
Além disso, os clientes poderão recorrer aos sites toysrus.com e babiesrus.com, "que acabam de ser lançados", a fim de recuperar seu atraso no comércio online.
Com vendas de cerca de US$ 11,5 bilhões em 2016, a Toys "R" Us está atrás das gigantes do varejo americanas, como Wal-Mart e Target.
No setor dos brinquedos, onde Toys "R" Us é número um do mundo com uma participação de mercado superior a 23%, as dificuldades são particularmente violentas para as lojas físicas. Suas vendas caíram em um quarto entre 2011 e 2016, segundo dados da empresa Euromonitor.
Mas além das condições de mercado, a Toys "R" Us, que registrou uma perda líquida de US$ 163 milhões em seus últimos resultados trimestrais, enfrenta desafios específicos para sua história recente, em particular um endividamento maciço.
Para um grupo deste tamanho, tem a particularidade de não estar cotado na bolsa de valores. Esta situação está ligada à sua aquisição em 2005 por vários fundos, incluindo KKR e Bain Capital.
A rede, presente nos Estados Unidos e em outros 38 países, se une assim a outras lojas que tentam competir com os novos modos de consumo desenvolvidos por empresas como a Amazon.
A empresa tem 65.000 funcionários no mundo.
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KKR & CO
TARGET
MACY'S
J.P. MORGAN CHASE & CO
WAL-MART STORES
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