BCE indica que pode adiar fim do esquema de compra de títulos
Frankfurt am Main, 2 Out 2017 (AFP) - O Banco Central Europeu pode levar mais tempo do que observadores esperavam para encerrar seu esquema de compra maciça de títulos, diante de uma inflação persistentemente baixa, indicou o economista-chefe da instituição, Peter Praet, nesta segunda-feira (2).
"Ainda estamos longe de um ajuste sustentado" da inflação, perto da meta do banco de pouco abaixo de 2% - avaliada como a mais favorável ao crescimento - disse Praet numa conferência financeira em Londres.
Com mercados financeiros mais calmos que em 2015, quando a compra de títulos foi lançada, "um plano de compra para ser executado em um intervalo de tempo mais longo" pode funcionar, acrescentou.
O BCE estabeleceu taxas de juros em níveis historicamente baixos e compra 60 bilhões de euros em títulos por mês, numa tentativa de estimular o crescimento dos preços.
Governadores acreditam que essas políticas encorajam bancos a fazer empréstimos para empresas e pessoas para hipoteca, consumo e investimentos, impulsionando o crescimento econômico o que, por sua vez, amplia a inflação.
Contudo, após uma breve alta no começo de 2017, os preços cresceram apenas 1,5% no acumulado de 12 meses em setembro, o mesmo ritmo registrado no mês anterior - apesar de uma recuperação no crescimento e das taxas de crescimento estarem no nível mais baixo em oito anos.
Observadores esperam há muito tempo que o BCE siga o exemplo do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) e apresente um cronograma detalhado para a redução da compra de títulos, passo a passo, a partir de janeiro, o mês seguinte à data-limite atual.
Quando a maratona de compras acabar, o banco central ainda poderia usar sua gigantesca poupança de mais de 2 trilhões de euros em títulos para influenciar os mercados, comprando novos bônus conforme os antigos forem vencendo.
Mas Praet argumentou que isso não seria o suficiente para manter os empréstimos acessíveis na economia da vida real de consumidores e companhias.
Seus comentários sugerem que os tomadores de decisão poderiam apenas anunciar uma extensão de suas aquisições num ritmo mensal mais lento, em vez de planejar a saída em detalhes.
A estratégia também daria mais flexibilidade ao BCE para fortalecer suas intervenções novamente se a inflação continuar baixa.
Contudo, os governadores não podem manter o sistema de compra de títulos indefinidamente.
Espera-se que o BCE se prepare para os limites técnicos do esquema em breve, enquanto a parcela dos 25 integrantes do conselho governador do banco que pedem o encerramento ganham força conforme o crescimento econômico na zona do euro fica mais robusto.
"Ainda estamos longe de um ajuste sustentado" da inflação, perto da meta do banco de pouco abaixo de 2% - avaliada como a mais favorável ao crescimento - disse Praet numa conferência financeira em Londres.
Com mercados financeiros mais calmos que em 2015, quando a compra de títulos foi lançada, "um plano de compra para ser executado em um intervalo de tempo mais longo" pode funcionar, acrescentou.
O BCE estabeleceu taxas de juros em níveis historicamente baixos e compra 60 bilhões de euros em títulos por mês, numa tentativa de estimular o crescimento dos preços.
Governadores acreditam que essas políticas encorajam bancos a fazer empréstimos para empresas e pessoas para hipoteca, consumo e investimentos, impulsionando o crescimento econômico o que, por sua vez, amplia a inflação.
Contudo, após uma breve alta no começo de 2017, os preços cresceram apenas 1,5% no acumulado de 12 meses em setembro, o mesmo ritmo registrado no mês anterior - apesar de uma recuperação no crescimento e das taxas de crescimento estarem no nível mais baixo em oito anos.
Observadores esperam há muito tempo que o BCE siga o exemplo do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) e apresente um cronograma detalhado para a redução da compra de títulos, passo a passo, a partir de janeiro, o mês seguinte à data-limite atual.
Quando a maratona de compras acabar, o banco central ainda poderia usar sua gigantesca poupança de mais de 2 trilhões de euros em títulos para influenciar os mercados, comprando novos bônus conforme os antigos forem vencendo.
Mas Praet argumentou que isso não seria o suficiente para manter os empréstimos acessíveis na economia da vida real de consumidores e companhias.
Seus comentários sugerem que os tomadores de decisão poderiam apenas anunciar uma extensão de suas aquisições num ritmo mensal mais lento, em vez de planejar a saída em detalhes.
A estratégia também daria mais flexibilidade ao BCE para fortalecer suas intervenções novamente se a inflação continuar baixa.
Contudo, os governadores não podem manter o sistema de compra de títulos indefinidamente.
Espera-se que o BCE se prepare para os limites técnicos do esquema em breve, enquanto a parcela dos 25 integrantes do conselho governador do banco que pedem o encerramento ganham força conforme o crescimento econômico na zona do euro fica mais robusto.
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