CEO do Wells Fargo defende banco em audiência dura no Senado
Nova York, 3 Out 2017 (AFP) - O CEO do Wells Fargo defendeu, nesta terça-feira (3), os esforços do banco para se retificar após o escândalo de contas falsas, mas enfrentou questionamentos duros de senadores e pelo menos um pedido pela sua saída.
Tim Sloan, que chegou ao cargo mais alto do banco no fim de 2016, após o estouro do escândalo, pediu desculpas pelo desastre - no qual o banco abriu cerca de 3,5 milhões de contas potencialmente falsas, num momento em os executivos disseram a Wall Street que a venda cruzada aumentaria os lucros.
Na sessão, Sloan lembrou os esforços para compensar os consumidores afetados, mudar os incentivos financeiros e melhorar o treinamento de funcionários.
"O Wells Fargo hoje é um banco melhor do que era há um ano, e em um ano vai ser um banco melhor do que é hoje", alegou.
A sessão foi um acompanhamento de uma audiência anterior no mesmo comitê, na qual o ex-CEO John Stumpf enfrentou questionamentos contundentes de senadores de ambos partidos e um sermão particularmente duro da democrata Elizabeth Warren, de Massachusetts, que acusou o CEO de "liderança covarde".
Stumpf renunciou três semanas após a audiência e foi substituído por Sloan, um veterano de 30 anos que era diretor de operações quando o escândalo surgiu.
Warren também foi dura com Sloan, dizendo que ele "deveria ser demitido" por não ter feito mais para investigar e direcionar o problema conforme sinais do escândalo começaram a aparecer.
"No melhor dos casos, você foi incompetente", ela disse. "No pior, foi cúmplice'.
Sloan se defendeu afirmando que o banco tomou medidas "adicionais" no começo, mas não compreendeu a dimensão do problema.
"Eu cometi alguns erros, não fui perfeito", disse. "O motivo para eu ser a pessoa certa é porque eu fiz mudanças por 30 anos".
Apesar de alguns republicanos também expressarem seu choque diante do escândalo, os questionamentos deles eram mais contidos.
Contudo, o senador Sherrod Brown bateu no Wells Fargo por, em muitos casos, forçar consumidores a arbitragens - processos a portas fechadas que podem afastar as condutas ilegais de empresas da exposição à Justiça e que críticos costumam dizer que deixam os consumidores no prejuízo.
Outros democratas atacaram Sloan por terceirizar empregos dos Estados Unidos para as Filipinas e por ele lembrar, constantemente, do tamanho do Wells Fargo. Eles disseram que isso implicaria que o banco seria "grande demais para regulamentar". O banco tem 70 milhões de clientes e emprega 270 mil pessoas.
Tim Sloan, que chegou ao cargo mais alto do banco no fim de 2016, após o estouro do escândalo, pediu desculpas pelo desastre - no qual o banco abriu cerca de 3,5 milhões de contas potencialmente falsas, num momento em os executivos disseram a Wall Street que a venda cruzada aumentaria os lucros.
Na sessão, Sloan lembrou os esforços para compensar os consumidores afetados, mudar os incentivos financeiros e melhorar o treinamento de funcionários.
"O Wells Fargo hoje é um banco melhor do que era há um ano, e em um ano vai ser um banco melhor do que é hoje", alegou.
A sessão foi um acompanhamento de uma audiência anterior no mesmo comitê, na qual o ex-CEO John Stumpf enfrentou questionamentos contundentes de senadores de ambos partidos e um sermão particularmente duro da democrata Elizabeth Warren, de Massachusetts, que acusou o CEO de "liderança covarde".
Stumpf renunciou três semanas após a audiência e foi substituído por Sloan, um veterano de 30 anos que era diretor de operações quando o escândalo surgiu.
Warren também foi dura com Sloan, dizendo que ele "deveria ser demitido" por não ter feito mais para investigar e direcionar o problema conforme sinais do escândalo começaram a aparecer.
"No melhor dos casos, você foi incompetente", ela disse. "No pior, foi cúmplice'.
Sloan se defendeu afirmando que o banco tomou medidas "adicionais" no começo, mas não compreendeu a dimensão do problema.
"Eu cometi alguns erros, não fui perfeito", disse. "O motivo para eu ser a pessoa certa é porque eu fiz mudanças por 30 anos".
Apesar de alguns republicanos também expressarem seu choque diante do escândalo, os questionamentos deles eram mais contidos.
Contudo, o senador Sherrod Brown bateu no Wells Fargo por, em muitos casos, forçar consumidores a arbitragens - processos a portas fechadas que podem afastar as condutas ilegais de empresas da exposição à Justiça e que críticos costumam dizer que deixam os consumidores no prejuízo.
Outros democratas atacaram Sloan por terceirizar empregos dos Estados Unidos para as Filipinas e por ele lembrar, constantemente, do tamanho do Wells Fargo. Eles disseram que isso implicaria que o banco seria "grande demais para regulamentar". O banco tem 70 milhões de clientes e emprega 270 mil pessoas.
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