Com economia mais forte, BCE mantém plano de dar fim à compra de títulos
Frankfurt am Main, 5 Out 2017 (AFP) - Encorajados pela boa saúde econômica na zona do euro, os líderes do Banco Central Europeu (BCE) estão mais confiantes com a possibilidade de reduzir seu programa de compra maciça de títulos a partir do começo do ano que vem - indica a minuta da reunião do mês passado.
Alguns deles argumentaram que "as condições estão cada vez mais chegando a lugares que oferecem oportunidades de reduzir" a compra de ativos, conhecida como QE (relaxamento quantitativo), diz o documento.
No começo desta semana, o economista-chefe do BCE, Peter Praet, pareceu demonstrar mais cautela, afirmando que o banco pode tomar um caminho mais longo do que o esperado por investidores para dar fim ao esquema maciço de investimento, devido à inflação persistentemente baixa.
O BCE estabeleceu taxas de juros historicamente baixas e compra de 60 bilhões de euros em títulos por mês, em uma tentativa de impulsionar a alta dos preços - acumulando, hoje, mais de 2 trilhões de euros.
Os tomadores de decisão acreditam que essas medidas monetárias estimulam os bancos a oferecerem empréstimos a empresas e consumidores para hipotecas, consumo e investimento, estimulando o crescimento econômico e a inflação em direção à meta do banco central - de pouco abaixo de 2%.
O crescimento econômico já é uma realidade na região de moeda única de 19 países, mas o BCE tem tido dificuldades de entender por que os preços não acompanharam a alta.
Suas previsões internacionais para setembro estimam uma inflação de 1,5% em 2017, 1,2% no ano que vem e 1,5% em 2019.
Membros do conselho de governadores argumentam, porém, que chegou o momento de reduzir a compra de títulos, enquanto o banco precisa tomar uma decisão antes do encerramento do programa, em dezembro.
"Houve indicativos de que a expansão econômica estava ficando cada vez mais autossustentável", sem a necessidade de tanto apoio do órgão, alegaram alguns membros.
As duas principais questões são quando o BCE vai começar a reduzir a aquisição e quão explícitos serão seus planos.
Observadores esperam há muito tempo que o BCE siga o exemplo do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) e apresente um cronograma detalhado para a redução da compra de títulos, passo a passo, a partir de janeiro.
Comentários recentes de conselheiros sugerem, porém, que o banco pode reduzir as compras, anunciando um passo de cada vez e medindo o impacto econômico antes de voltar a se mover.
"Já que a economia continuou a funcionar bem, o BCE pode achar justo aliviar a pressão do pedal da política monetária", opinou a analista da Capital Economics, Jennifer McKeown.
Enquanto isso, temores recentes de que a apreciação do euro diante de outras moedas pudesse frear o crescimento e a inflação recuaram, eliminando mais um obstáculo para o QE.
As minutas confirmam as promessas do presidente do BCE, Mario Draghi, no mês passado, quando disse que "a maior parte das decisões" sobre a compra de títulos seria tomada na reunião do conselho de governadores em 26 de outubro - apesar de as negociações sobre os tipos de mudanças ainda serem "bem preliminares".
Alguns deles argumentaram que "as condições estão cada vez mais chegando a lugares que oferecem oportunidades de reduzir" a compra de ativos, conhecida como QE (relaxamento quantitativo), diz o documento.
No começo desta semana, o economista-chefe do BCE, Peter Praet, pareceu demonstrar mais cautela, afirmando que o banco pode tomar um caminho mais longo do que o esperado por investidores para dar fim ao esquema maciço de investimento, devido à inflação persistentemente baixa.
O BCE estabeleceu taxas de juros historicamente baixas e compra de 60 bilhões de euros em títulos por mês, em uma tentativa de impulsionar a alta dos preços - acumulando, hoje, mais de 2 trilhões de euros.
Os tomadores de decisão acreditam que essas medidas monetárias estimulam os bancos a oferecerem empréstimos a empresas e consumidores para hipotecas, consumo e investimento, estimulando o crescimento econômico e a inflação em direção à meta do banco central - de pouco abaixo de 2%.
O crescimento econômico já é uma realidade na região de moeda única de 19 países, mas o BCE tem tido dificuldades de entender por que os preços não acompanharam a alta.
Suas previsões internacionais para setembro estimam uma inflação de 1,5% em 2017, 1,2% no ano que vem e 1,5% em 2019.
Membros do conselho de governadores argumentam, porém, que chegou o momento de reduzir a compra de títulos, enquanto o banco precisa tomar uma decisão antes do encerramento do programa, em dezembro.
"Houve indicativos de que a expansão econômica estava ficando cada vez mais autossustentável", sem a necessidade de tanto apoio do órgão, alegaram alguns membros.
As duas principais questões são quando o BCE vai começar a reduzir a aquisição e quão explícitos serão seus planos.
Observadores esperam há muito tempo que o BCE siga o exemplo do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) e apresente um cronograma detalhado para a redução da compra de títulos, passo a passo, a partir de janeiro.
Comentários recentes de conselheiros sugerem, porém, que o banco pode reduzir as compras, anunciando um passo de cada vez e medindo o impacto econômico antes de voltar a se mover.
"Já que a economia continuou a funcionar bem, o BCE pode achar justo aliviar a pressão do pedal da política monetária", opinou a analista da Capital Economics, Jennifer McKeown.
Enquanto isso, temores recentes de que a apreciação do euro diante de outras moedas pudesse frear o crescimento e a inflação recuaram, eliminando mais um obstáculo para o QE.
As minutas confirmam as promessas do presidente do BCE, Mario Draghi, no mês passado, quando disse que "a maior parte das decisões" sobre a compra de títulos seria tomada na reunião do conselho de governadores em 26 de outubro - apesar de as negociações sobre os tipos de mudanças ainda serem "bem preliminares".
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