'Farinata' proposta por Doria chegará às escolas do município
São Paulo, 19 Out 2017 (AFP) - Apelidada de "comida de cachorro" ao ser apresentada em pequenas bolinhas parecidas com rações caninas, a 'farinata' que o prefeito de São Paulo, João Doria, propõe como solução de combate à fome chegará às escolas paulistanas.
O produto, realizado a partir de alimentos que estão perto de perder a validade, e que por isso seriam descartados, gerou controvérsia, embora sua fabricante, a Plataforma Sinergia, a tenha apresentado nesta quarta-feira (19) em outros formatos -como espaguetes, farinha e biscoitos-, durante uma entrevista da qual as polêmicas bolitas ficaram de fora.
Segundo Doria (PSDB), o alimento começará a ser distribuído neste mês nas escolas da rede municipal como um produto complementar, apesar da secretária de Direitos Humanos, Eloísa Arruda, ter afirmado que não foram realizados estudos para definir a demanda nutricional dos alunos.
Apresentada há uma semana durante a sanção de uma lei municipal para a erradicação, Doria qualificou as bolinhas como "alimento abençoado" e defendeu sua distribuição imediata para pessoas com rendas menores.
Crítica à iniciativa, a porta-voz do Conselho Regional de Nutrição, Vivian Zollar, considerou que a utilização deste tipo de alimento precisa ser muito bem discutido até com a sociedade, consultar aos especialistas, levar em conta um fator social".
"Quando a gente oferece um granulado à pessoas com menos recursos está ampliando uma situação de desigualdade social", acrescenta.
O Conselho Regional de Nutrição emitiu um comunicado na segunda-feira questionando a proposta, argumentando que é contrária aos princípio do direito humano a alimentação adequada e constitui um desrespeito aos avanços das últimas décadas no campo da segurança alimentar.
Zollar também questionou a falta de estudo prévio pela prefeitura, a fim de elaborar um mapa do problema da falta de alimentos e suas possíveis alternativas.
No estado de São Paulo há um milhão e meio de pessoas em situação de insegurança alimentar, segundo dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. No Brasil, o número ultrapassa os 7,2 milhões.
O produto, realizado a partir de alimentos que estão perto de perder a validade, e que por isso seriam descartados, gerou controvérsia, embora sua fabricante, a Plataforma Sinergia, a tenha apresentado nesta quarta-feira (19) em outros formatos -como espaguetes, farinha e biscoitos-, durante uma entrevista da qual as polêmicas bolitas ficaram de fora.
Segundo Doria (PSDB), o alimento começará a ser distribuído neste mês nas escolas da rede municipal como um produto complementar, apesar da secretária de Direitos Humanos, Eloísa Arruda, ter afirmado que não foram realizados estudos para definir a demanda nutricional dos alunos.
Apresentada há uma semana durante a sanção de uma lei municipal para a erradicação, Doria qualificou as bolinhas como "alimento abençoado" e defendeu sua distribuição imediata para pessoas com rendas menores.
Crítica à iniciativa, a porta-voz do Conselho Regional de Nutrição, Vivian Zollar, considerou que a utilização deste tipo de alimento precisa ser muito bem discutido até com a sociedade, consultar aos especialistas, levar em conta um fator social".
"Quando a gente oferece um granulado à pessoas com menos recursos está ampliando uma situação de desigualdade social", acrescenta.
O Conselho Regional de Nutrição emitiu um comunicado na segunda-feira questionando a proposta, argumentando que é contrária aos princípio do direito humano a alimentação adequada e constitui um desrespeito aos avanços das últimas décadas no campo da segurança alimentar.
Zollar também questionou a falta de estudo prévio pela prefeitura, a fim de elaborar um mapa do problema da falta de alimentos e suas possíveis alternativas.
No estado de São Paulo há um milhão e meio de pessoas em situação de insegurança alimentar, segundo dados de 2013 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. No Brasil, o número ultrapassa os 7,2 milhões.
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