Produção mundial de vinho registra o pior nível em mais de 50 anos
Paris, 24 Out 2017 (AFP) - A produção mundial de vinho caiu 8,2% em 2017, a 246,7 milhões de hectolitros (Mhl), o menor resultado em mais de 50 anos, em consequência de condições meteorológicas desfavoráveis, anunciou nesta terça-feira a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).
A Argentina (sexto produtor mundial) e o Brasil (14º), no entanto, registraram aumento da produção, de 25% e 169% respectivamente.
A produção mundial historicamente baixa para 2017 se deve em grande parte às quedas registradas nos três maiores produtores de vinho: Itália (39,3 Mhl, -23%), França (36,7 Mhl, -19%) e Espanha (33,5 Mhl, -15%), destacou a organização intergovernamental com sede em Paris.
Em 2016, a produção foi de 268,8 milhões de hectolitros, segundo a estimativa mais recente da OIV.
Os países latino-americanos são destaque nas estimativas da OIV de 2017, com um aumento líquido na comparação com 2016, ano em que a produção de vinho se viu particularmente afetada por condições climáticas excepcionais, com muita chuva.
A Argentina registrou em 2017 um aumento de 25% de sua produção, a 11,8 Mhl. Mesmo assim, o país vinicultor não repeite o nível alcançado em 2015.
O Brasil, que ocupa a 14ª posição no ranking mundial, também se recuperou este ano com a produção de 3,4 milhões de hectolitros, contra 1,3 Mhl em 2016 (+169%) e 2,7 Mhl em 2015.
Já no Chile, a produção se manteve em 2017 a um nível baixo: 9,5 Mhl. Em 2016, o país registrou uma redução de sua produção de 21%, a 10,1 Mhl.
- EUA se mantêm -Na Europa, apenas quatro países registraram alta em 2017: Portugal (6,6 Mhl, +10%), Romênia (5,3 Mhl, +64%), Hungria (2,9 Mhl, +3%) e Áustria (2,4 Mhl, +23%).
No restante do mundo, Estados Unidos, quarto produtor a nível global, manteve seus níveis do ano passado. Registrou um leve retrocesso de 1% neste ano, com 23,3 Mhl, contra 23,6 Mhl em 2016.
Contudo, estes resultados se baseiam em cifras do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de agosto de 2017 e "não levam em conta as possíveis consequências" dos incêndios que atingiram, no começo de outubro, a Califórnia, particularmente o Napa Valley e a região de Sonoma, duas grandes zonas vitícolas, apontou a OIV.
A China, sétimo produtor mundial, não está nas estatísticas da OIV, já que não comunicou ainda suas estatísticas para este ano. Em 2016, produziu 11,4 Mhl e 11,5 milhões em 2015.
A produção australiana aumentou, por sua vez, 6%, com 13,9 Mhl, assumindo a quinta posição na classificação mundial. Trata-se de sua terceira alta anual seguida.
A produção mundial de vinho em 2017 registrou uma queda "inédita" desde o fim dos anos 50 e início dos 60, apontou a OIV. Só as produções de 1991 e 1994 são comparáveis ao nível atual (251,6 Mhl e 249,4 Mhl, respectivamente).
Quanto ao consumo, a OIV aposta em algo entre 240,5 Mhl e 245,8 Mhl em 2017.
im-meb/erl/zm/fp/ll
A Argentina (sexto produtor mundial) e o Brasil (14º), no entanto, registraram aumento da produção, de 25% e 169% respectivamente.
A produção mundial historicamente baixa para 2017 se deve em grande parte às quedas registradas nos três maiores produtores de vinho: Itália (39,3 Mhl, -23%), França (36,7 Mhl, -19%) e Espanha (33,5 Mhl, -15%), destacou a organização intergovernamental com sede em Paris.
Em 2016, a produção foi de 268,8 milhões de hectolitros, segundo a estimativa mais recente da OIV.
Os países latino-americanos são destaque nas estimativas da OIV de 2017, com um aumento líquido na comparação com 2016, ano em que a produção de vinho se viu particularmente afetada por condições climáticas excepcionais, com muita chuva.
A Argentina registrou em 2017 um aumento de 25% de sua produção, a 11,8 Mhl. Mesmo assim, o país vinicultor não repeite o nível alcançado em 2015.
O Brasil, que ocupa a 14ª posição no ranking mundial, também se recuperou este ano com a produção de 3,4 milhões de hectolitros, contra 1,3 Mhl em 2016 (+169%) e 2,7 Mhl em 2015.
Já no Chile, a produção se manteve em 2017 a um nível baixo: 9,5 Mhl. Em 2016, o país registrou uma redução de sua produção de 21%, a 10,1 Mhl.
- EUA se mantêm -Na Europa, apenas quatro países registraram alta em 2017: Portugal (6,6 Mhl, +10%), Romênia (5,3 Mhl, +64%), Hungria (2,9 Mhl, +3%) e Áustria (2,4 Mhl, +23%).
No restante do mundo, Estados Unidos, quarto produtor a nível global, manteve seus níveis do ano passado. Registrou um leve retrocesso de 1% neste ano, com 23,3 Mhl, contra 23,6 Mhl em 2016.
Contudo, estes resultados se baseiam em cifras do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de agosto de 2017 e "não levam em conta as possíveis consequências" dos incêndios que atingiram, no começo de outubro, a Califórnia, particularmente o Napa Valley e a região de Sonoma, duas grandes zonas vitícolas, apontou a OIV.
A China, sétimo produtor mundial, não está nas estatísticas da OIV, já que não comunicou ainda suas estatísticas para este ano. Em 2016, produziu 11,4 Mhl e 11,5 milhões em 2015.
A produção australiana aumentou, por sua vez, 6%, com 13,9 Mhl, assumindo a quinta posição na classificação mundial. Trata-se de sua terceira alta anual seguida.
A produção mundial de vinho em 2017 registrou uma queda "inédita" desde o fim dos anos 50 e início dos 60, apontou a OIV. Só as produções de 1991 e 1994 são comparáveis ao nível atual (251,6 Mhl e 249,4 Mhl, respectivamente).
Quanto ao consumo, a OIV aposta em algo entre 240,5 Mhl e 245,8 Mhl em 2017.
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