Fed se reúne perto do possível fim da era Yellen
Washington, 31 Out 2017 (AFP) - O Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) vai começar sua reunião de dois dias de política monetária nesta terça-feira (31), mas ela está ofuscada pela expectativa de que a Casa Branca anuncie nesta semana a decisão de substituir a presidente da instituição, Janet Yellen.
Os tomadores de decisões dificilmente devem ampliar as taxas de juros nesta reunião, adiando a decisão pelo menos até dezembro, enquanto lutam com uma inflação persistentemente baixa, apesar do desemprego em queda e o crescimento econômico robusto.
Espera-se que a Casa Branca revele o indicado do presidente Donald Trump para a presidência do Fed na quinta-feira, o dia seguinte ao fim do encontro. A imprensa americana indica que Trump optou pelo atual governador do Fed Jerome Powell, advogado republicano e antigo investidor.
Isso tornaria Trump o primeiro mandatário a não manter um presidente do Fed instalado pela administração anterior desde 1978, quando Jimmy Carter não renovou o mandato de Arthur Burns, em benefício de G. William Miller, enquanto a população lidava ansiosamente com uma inflação crescente.
Yellen foi elogiada pela cautela econômica na gestão, com as pressões inflacionárias baixas em meio à robusta criação de empregos e à taxa de desemprego baixa - condições que beneficiaram a explosão de Wall Street nos últimos anos.
Apesar de ter criticado muito Yellen durante a campanha presidencial, no ano passado, Trump disse que gosta dela e estava considerando renomeá-la. Mas o presidente disse à Fox News que "você gosta de deixar sua própria marca, o que talvez seja um dos pontos que ela tem um pouco contra ela".
"Mas eu acho ela formidável", acrescentou.
- Novo nome -Desde a sua nomeação por Barack Obama há cinco anos, Powell, atualmente o único republicano no Conselho do Fed, votou com a maioria dos tomadores de decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece a política monetária dos EUA.
Analistas dizem que Powell pode oferecer o que Trump vê como o melhor dos mundos - uma abordagem cautelosa para aumentar as taxas, cabeça aberta para a agenda de desregulamentação da administração e a chance de tirar uma indicada de Obama.
"Powell é um cara respeitado no comitê, um cara esperto, e provavelmente seria bom no sentido de que, embora não tenha escrito sobre política monetária, ele tem mais de política regulatória e passou algum tempo no Fed para aprender", disse à AFP Joseph Gagnon, um colega sênior do Instituto Peterson para Economia Internacional e ex-membro do Fed.
Quanto ao resultado da reunião, os mercados vão buscar pistas sobre quando vai acontecer a próxima alta da taxa. Os mercados de futuros apostam quase 100% na chance de uma elevação em dezembro.
Mas Beth Ann Bovino, economista-chefe do S&P Global nos EUA, disse que sua organização espera que o banco central espere até janeiro, diante dos dados persistentemente baixos da inflação.
"Ainda estamos preocupados com essa história de inflação, mas vamos ver o que acontece", disse ela à AFP.
"A essa altura, os dados não estão nos deixando muito confortáveis".
Os tomadores de decisões dificilmente devem ampliar as taxas de juros nesta reunião, adiando a decisão pelo menos até dezembro, enquanto lutam com uma inflação persistentemente baixa, apesar do desemprego em queda e o crescimento econômico robusto.
Espera-se que a Casa Branca revele o indicado do presidente Donald Trump para a presidência do Fed na quinta-feira, o dia seguinte ao fim do encontro. A imprensa americana indica que Trump optou pelo atual governador do Fed Jerome Powell, advogado republicano e antigo investidor.
Isso tornaria Trump o primeiro mandatário a não manter um presidente do Fed instalado pela administração anterior desde 1978, quando Jimmy Carter não renovou o mandato de Arthur Burns, em benefício de G. William Miller, enquanto a população lidava ansiosamente com uma inflação crescente.
Yellen foi elogiada pela cautela econômica na gestão, com as pressões inflacionárias baixas em meio à robusta criação de empregos e à taxa de desemprego baixa - condições que beneficiaram a explosão de Wall Street nos últimos anos.
Apesar de ter criticado muito Yellen durante a campanha presidencial, no ano passado, Trump disse que gosta dela e estava considerando renomeá-la. Mas o presidente disse à Fox News que "você gosta de deixar sua própria marca, o que talvez seja um dos pontos que ela tem um pouco contra ela".
"Mas eu acho ela formidável", acrescentou.
- Novo nome -Desde a sua nomeação por Barack Obama há cinco anos, Powell, atualmente o único republicano no Conselho do Fed, votou com a maioria dos tomadores de decisões do Comitê Federal de Mercado Aberto, que estabelece a política monetária dos EUA.
Analistas dizem que Powell pode oferecer o que Trump vê como o melhor dos mundos - uma abordagem cautelosa para aumentar as taxas, cabeça aberta para a agenda de desregulamentação da administração e a chance de tirar uma indicada de Obama.
"Powell é um cara respeitado no comitê, um cara esperto, e provavelmente seria bom no sentido de que, embora não tenha escrito sobre política monetária, ele tem mais de política regulatória e passou algum tempo no Fed para aprender", disse à AFP Joseph Gagnon, um colega sênior do Instituto Peterson para Economia Internacional e ex-membro do Fed.
Quanto ao resultado da reunião, os mercados vão buscar pistas sobre quando vai acontecer a próxima alta da taxa. Os mercados de futuros apostam quase 100% na chance de uma elevação em dezembro.
Mas Beth Ann Bovino, economista-chefe do S&P Global nos EUA, disse que sua organização espera que o banco central espere até janeiro, diante dos dados persistentemente baixos da inflação.
"Ainda estamos preocupados com essa história de inflação, mas vamos ver o que acontece", disse ela à AFP.
"A essa altura, os dados não estão nos deixando muito confortáveis".
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