S&P: mesmo pagando dívida, situação da Venezuela seguirá crítica
Washington, 16 Nov 2017 (AFP) - A Venezuela poderia conseguir reunir recursos suficientes para pagar seus bônus e evitar um default, mas as perspectivas ruins vão continuar, declarou nesta quarta-feira (15) à AFP um analista da agência de classificação de risco Standard and Poor's (S&P).
Na segunda-feira, a S&P Global declarou a Venezuela, país com as maiores reservas de petróleo do mundo, em default parcial ("selective default"), depois de o governo do presidente Nicolás Maduro não quitou vencimentos de sua dívida externa.
Mas Caracas anunciou na quarta-feira uma reestruturação de sua dívida com a Rússia no valor de US$ 3 bilhões, uma pequena parte de sua dívida externa, avaliada em US$ 150 bilhões, e reiterou ter pago estes bônus.
Na opinião de Joydeep Mukherji, encarregado dos países latino-americanos e caribenhos da S&P, isto não é suficiente para dissipar as dúvidas sobre a capacidade da Venezuela de cumprir seus compromissos, inclusive o pagamento de quatro bônus que já estão fora do prazo.
"Voltaria ao ponto em que estava antes do default. A situação não mudou só porque você junta dinheiro para pagar bônus", destacou.
A agência de classificação também declarou em default parcial a petroleira estatal venezuelana PDVSA por não pagamento de parte de suas obrigações.
Declarar o país em default desencadearia uma série de consequências legais, que permitiriam aos credores ativar os seguros para cobrar, incluindo o embarco de ativos.
"Estão em apuros há tempos", destacou o especialista.
A Venezuela tem muitos ativos nos Estados Unidos que os credores podem reivindicar caso se descumpra o prazo de pagamento, principalmente os da Citgo, filial americana da PDVSA.
As sanções de Washington também impedem que as negociações sobre a reestruturação da dívida sejam feitas com normalidade, já que proíbe aos cidadãos e às empresas americanas efetuar negócios com Caracas.
Na segunda-feira, a S&P Global declarou a Venezuela, país com as maiores reservas de petróleo do mundo, em default parcial ("selective default"), depois de o governo do presidente Nicolás Maduro não quitou vencimentos de sua dívida externa.
Mas Caracas anunciou na quarta-feira uma reestruturação de sua dívida com a Rússia no valor de US$ 3 bilhões, uma pequena parte de sua dívida externa, avaliada em US$ 150 bilhões, e reiterou ter pago estes bônus.
Na opinião de Joydeep Mukherji, encarregado dos países latino-americanos e caribenhos da S&P, isto não é suficiente para dissipar as dúvidas sobre a capacidade da Venezuela de cumprir seus compromissos, inclusive o pagamento de quatro bônus que já estão fora do prazo.
"Voltaria ao ponto em que estava antes do default. A situação não mudou só porque você junta dinheiro para pagar bônus", destacou.
A agência de classificação também declarou em default parcial a petroleira estatal venezuelana PDVSA por não pagamento de parte de suas obrigações.
Declarar o país em default desencadearia uma série de consequências legais, que permitiriam aos credores ativar os seguros para cobrar, incluindo o embarco de ativos.
"Estão em apuros há tempos", destacou o especialista.
A Venezuela tem muitos ativos nos Estados Unidos que os credores podem reivindicar caso se descumpra o prazo de pagamento, principalmente os da Citgo, filial americana da PDVSA.
As sanções de Washington também impedem que as negociações sobre a reestruturação da dívida sejam feitas com normalidade, já que proíbe aos cidadãos e às empresas americanas efetuar negócios com Caracas.
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