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Nafta: México, EUA e Canadá discutem propostas duras de Washington

21/11/2017 19h38

México, 21 Nov 2017 (AFP) - Delegados de Estados Unidos, Canadá e México encerraram nesta terça-feira a quinta rodada de renegociação do Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta), focados em propostas de Washington rechaçadas por seus sócios.

"As reuniões que estão acontecendo hoje ainda estão relacionadas a soluções comerciais, regras de origem e capítulo agrícola", disse Kenneth Smith, o principal negociador técnico do México, anfitrião da reunião, à imprensa.

Smith acrescentou que há temas difíceis que não vão ser resolvidos nessa rodada, mas que "vão continuar nas próximas reuniões".

Ele indicou que, paralelamente, busca-se avançar em aspectos nos quais existem menos diferenças e que são importantes para a modernização do tratado.

Smith acrescentou que várias iniciativas dos Estados Unidos foram colocadas na mesa na última reunião e que, em algumas, o México apresentou propostas, enquanto em outras estão fazendo questionamentos e perguntas específicas.

Quanto às regras de origem da indústria automotiva, ou seja, o conteúdo regional que um produto deve ter para não pagar tarifas na América do Norte, existem "certos conceitos que são inaceitáveis", disse o negociador.

O governo de Donald Trump propôs elevar o conteúdo para a indústria automotiva de 62,5% para 85% e pediu que 50% fossem de origem americana, uma proposta rechaçada por Canadá e México.

"Nós temos que analisá-lo em sua totalidade e entender como os Estados Unidos chegaram a esses números antes que possamos fazer qualquer tipo de contraproposta", disse ele.

Ele observou que o México não vai responder por ora, porque considera que a indústria na América do Norte "trabalha com as regras que existem hoje".

Smith acrescentou que haverá uma próxima rodada técnica em meados de dezembro e que o México continua em sua visão para modernizar o tratado.

O Nafta, em vigor desde 1994, está sendo discutido a pedido de Trump, que o chama de "pior acordo" já assinado por seu país e que ele culpa pela perda de empregos na indústria de fabricação dos Estados Unidos.