EUA: indicado à presidência do Fed estima alta dos juros em dezembro
Washington, 28 Nov 2017 (AFP) - Jerome Powell, indicado para presidir o Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), disse nesta terça-feira (28) que existem fortes possibilidades de aumentar as taxas de juros na reunião da entidade em dezembro.
Em sua audiência de confirmação diante de um comitê do Senado, Powell disse que "as razões para subir as taxas de juros na próxima reunião estão tomando forma".
Ele afirmou que a decisão será tomada na reunião de política monetária dos dias 12 e 13 de dezembro, acrescentando que "as condições (da economia) sustentam fazer isso".
A declaração surpreendeu pela contundência - mas não pelo conteúdo. Membros do Fed discutem há meses o aumento gradual das taxas e, entre especialistas, é quase uma unanimidade que a terceira alta dos juros no ano virá em dezembro.
Apesar da inflação estar bem abaixo da meta de 2% e de as pressões salariais serem praticamente inexistentes, outros dados econômicos marcam um sólido crescimento e desemprego baixíssimo, de 4,1%.
Powell estimou que a economia caminha para uma taxa de desemprego inferior a 4%, algo nunca visto desde o final de 2000.
Essa imagem de baixa inflação e crescimento sustentado complicou as decisões do Fed, mas em seu depoimento, Powell disse que, com a força econômica atual, "é hora de normalizar as taxas" de gradualmente.
No começo do mês, o presidente Donald Trump indicou Powell para substituir Janet Yellen, cujo mandato à frente do Fed expira em fevereiro. É a primeira vez em 40 anos que um presidente não mantém um titular do Fed.
Powell disse aos senadores que a política de taxas baixas aplicadas durante a administração de Yellen serviu para o bom desempenho da economia.
Yellen, a primeira mulher a presidir a entidade, exerce seu mandato de quatro anos desde 2014. De lá para cá, supervisou a recuperação econômica dos Estados Unidos.
Ela já anunciou que vai deixar o Fed, apesar de poder continuar integrando o banco central até 2024, como membro do comitê de governadores.
Com a sua aposentadoria, Trump pode ocupar, a seu gosto, os quatro cargos livres na junta do Fed, que tem sete integrantes. Com essas indicações, o presidente tem maiores chances de deixar sua marca na condução da maior economia do planeta.
Powell é visto como uma opção de centro para o cargo, em relação aos outros dois candidatos que estavam na disputa. Ele é favorável à redução das regulações que regem o sistema financeiro desde a crise de 2008.
Em sua audiência, Powell destacou os esforços do Fed para ajustar as regulamentações para que eles não se tornem um peso, sobretudo para os bancos menores.
Ele rechaçou as afirmações dos senadores democratas de que reduzir a regulamentação é dar um passo para trás.
Na sua opinião, as regras e a supervisão tornaram o sistema financeiro mais "resiliente", e a economia já não corre o risco de o Estado ter que eventualmente resgatar os bancos considerados "grandes demais para falir".
Powell se esquivou de diversos pedidos para comentar a reforma tributária proposta pelo governo para reduzir impostos e estimular a economia. Ele alegou que o Fed não se envolve na política fiscal.
Ele indicou que quando as novas regulamentações fiscais forem aplicadas, o Fed irá incorporá-las em suas análises. No entanto, indicou que a entidade está "preocupada com a sustentabilidade da política fiscal no longo prazo".
Em sua audiência de confirmação diante de um comitê do Senado, Powell disse que "as razões para subir as taxas de juros na próxima reunião estão tomando forma".
Ele afirmou que a decisão será tomada na reunião de política monetária dos dias 12 e 13 de dezembro, acrescentando que "as condições (da economia) sustentam fazer isso".
A declaração surpreendeu pela contundência - mas não pelo conteúdo. Membros do Fed discutem há meses o aumento gradual das taxas e, entre especialistas, é quase uma unanimidade que a terceira alta dos juros no ano virá em dezembro.
Apesar da inflação estar bem abaixo da meta de 2% e de as pressões salariais serem praticamente inexistentes, outros dados econômicos marcam um sólido crescimento e desemprego baixíssimo, de 4,1%.
Powell estimou que a economia caminha para uma taxa de desemprego inferior a 4%, algo nunca visto desde o final de 2000.
Essa imagem de baixa inflação e crescimento sustentado complicou as decisões do Fed, mas em seu depoimento, Powell disse que, com a força econômica atual, "é hora de normalizar as taxas" de gradualmente.
No começo do mês, o presidente Donald Trump indicou Powell para substituir Janet Yellen, cujo mandato à frente do Fed expira em fevereiro. É a primeira vez em 40 anos que um presidente não mantém um titular do Fed.
Powell disse aos senadores que a política de taxas baixas aplicadas durante a administração de Yellen serviu para o bom desempenho da economia.
Yellen, a primeira mulher a presidir a entidade, exerce seu mandato de quatro anos desde 2014. De lá para cá, supervisou a recuperação econômica dos Estados Unidos.
Ela já anunciou que vai deixar o Fed, apesar de poder continuar integrando o banco central até 2024, como membro do comitê de governadores.
Com a sua aposentadoria, Trump pode ocupar, a seu gosto, os quatro cargos livres na junta do Fed, que tem sete integrantes. Com essas indicações, o presidente tem maiores chances de deixar sua marca na condução da maior economia do planeta.
Powell é visto como uma opção de centro para o cargo, em relação aos outros dois candidatos que estavam na disputa. Ele é favorável à redução das regulações que regem o sistema financeiro desde a crise de 2008.
Em sua audiência, Powell destacou os esforços do Fed para ajustar as regulamentações para que eles não se tornem um peso, sobretudo para os bancos menores.
Ele rechaçou as afirmações dos senadores democratas de que reduzir a regulamentação é dar um passo para trás.
Na sua opinião, as regras e a supervisão tornaram o sistema financeiro mais "resiliente", e a economia já não corre o risco de o Estado ter que eventualmente resgatar os bancos considerados "grandes demais para falir".
Powell se esquivou de diversos pedidos para comentar a reforma tributária proposta pelo governo para reduzir impostos e estimular a economia. Ele alegou que o Fed não se envolve na política fiscal.
Ele indicou que quando as novas regulamentações fiscais forem aplicadas, o Fed irá incorporá-las em suas análises. No entanto, indicou que a entidade está "preocupada com a sustentabilidade da política fiscal no longo prazo".
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