Opep e sócios ampliam até o fim de 2018 acordo para limitar oferta
Viena, 30 Nov 2017 (AFP) - A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus sócios, entre eles a Rússia, deixaram de lado as diferenças e acordaram, nesta quinta-feira (30), continuar a limitar sua produção até o fim de 2018, um pacto que conseguiu retomar a alta dos preços.
"Todos os países, da Opep e de fora, falaram juntos para prorrogar a limitação da produção", disse o ministro russo de Petróleo, Alexander Novak.
Após anos inundando o mercado com a commodity - o que acabou por fazer os preços desabarem - os membros do cartel acertaram, em 2016, um acordo para limitar a oferta, que inclui também outros produtores que não integram a Opep.
A renovação desta quinta-feira deixou de lado as tensões, especialmente entre Arábia Saudita e Irã, mas também, do Catar, isolado do resto dos países do Golfo.
O limite de produção inclui 24 países, liderados por Arábia Saudita e Rússia, dois dos três maiores produtores de petróleo do mundo. Nigéria e Líbia, até então deixadas de fora dos cortes, passarão a cumpri-los.
O acordo já foi renovado uma vez em maio, e sua manutenção até dezembro de 2018 reflete a vontade de continuar com uma política que rendeu frutos e conseguiu retomar a alta do preço do barril, agora por volta de 60 dólares - embora tenha chegado a cair a 26 dólares em fevereiro de 2016.
O pacto, que será revisado em junho, sela a proximidade de Rússia e Arábia Saudita nos últimos meses.
Apesar de suas dúvidas, os russos aceitaram finalmente os nove meses de prorrogação propostos pelos sauditas, numa tentativa de consolidar a influência de Moscou na região.
"É como todas as boas relações, as vezes as opiniões são compartilhadas, às vezes, discutidas", disse o ministro saudita de Energia, Jalid Al Falih, que foi à coletiva de imprensa com seu equivalente russo.
- EUA na mira -Os membros desta Opep ampliada, conhecida como "Opep Plus", buscam um equilíbrio complexo: um preço do barril que seja alto o bastante, mas não demais. Com valores muito elevados, os Estados Unidos poderiam se animar a aumentar sua produção de petróleo - algo temido sobretudo pela Rússia -, levando a uma nova queda dos preços.
Graças ao auge das jazidas chamadas não convencionais, a produção de petróleo americana alcançou, em novembro, seu nível mais alto desde 1983, quando os dados começaram a ser registrados.
Outra figura importante para o acordo foi o príncipe herdeiro saudita Mohamed Bin Salmán, novo homem-forte da Arábia Saudita. Ele almeja continuar a realizar reformas, que dependem de um barril com preço estável.
A reunião em Viena foi a primeira do novo ministro de Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, que comemorou "um acordo de plena compreensão, que deve trazer maior estabilidade".
O general da Guarda Nacional, que é também presidente da estatal PDVSA, denunciou um amplo "plano de sabotagem" contra o setor de petróleo da Venezuela.
O presidente Nicolás Maduro deu a Quevedo a árdua tarefa de aumentar a produção, que em outubro passado foi de 1,94 milhão de barris diários, 160 mil a menos do mesmo mês do ano anterior.
pc-js/jz/ll/mvv
"Todos os países, da Opep e de fora, falaram juntos para prorrogar a limitação da produção", disse o ministro russo de Petróleo, Alexander Novak.
Após anos inundando o mercado com a commodity - o que acabou por fazer os preços desabarem - os membros do cartel acertaram, em 2016, um acordo para limitar a oferta, que inclui também outros produtores que não integram a Opep.
A renovação desta quinta-feira deixou de lado as tensões, especialmente entre Arábia Saudita e Irã, mas também, do Catar, isolado do resto dos países do Golfo.
O limite de produção inclui 24 países, liderados por Arábia Saudita e Rússia, dois dos três maiores produtores de petróleo do mundo. Nigéria e Líbia, até então deixadas de fora dos cortes, passarão a cumpri-los.
O acordo já foi renovado uma vez em maio, e sua manutenção até dezembro de 2018 reflete a vontade de continuar com uma política que rendeu frutos e conseguiu retomar a alta do preço do barril, agora por volta de 60 dólares - embora tenha chegado a cair a 26 dólares em fevereiro de 2016.
O pacto, que será revisado em junho, sela a proximidade de Rússia e Arábia Saudita nos últimos meses.
Apesar de suas dúvidas, os russos aceitaram finalmente os nove meses de prorrogação propostos pelos sauditas, numa tentativa de consolidar a influência de Moscou na região.
"É como todas as boas relações, as vezes as opiniões são compartilhadas, às vezes, discutidas", disse o ministro saudita de Energia, Jalid Al Falih, que foi à coletiva de imprensa com seu equivalente russo.
- EUA na mira -Os membros desta Opep ampliada, conhecida como "Opep Plus", buscam um equilíbrio complexo: um preço do barril que seja alto o bastante, mas não demais. Com valores muito elevados, os Estados Unidos poderiam se animar a aumentar sua produção de petróleo - algo temido sobretudo pela Rússia -, levando a uma nova queda dos preços.
Graças ao auge das jazidas chamadas não convencionais, a produção de petróleo americana alcançou, em novembro, seu nível mais alto desde 1983, quando os dados começaram a ser registrados.
Outra figura importante para o acordo foi o príncipe herdeiro saudita Mohamed Bin Salmán, novo homem-forte da Arábia Saudita. Ele almeja continuar a realizar reformas, que dependem de um barril com preço estável.
A reunião em Viena foi a primeira do novo ministro de Petróleo da Venezuela, Manuel Quevedo, que comemorou "um acordo de plena compreensão, que deve trazer maior estabilidade".
O general da Guarda Nacional, que é também presidente da estatal PDVSA, denunciou um amplo "plano de sabotagem" contra o setor de petróleo da Venezuela.
O presidente Nicolás Maduro deu a Quevedo a árdua tarefa de aumentar a produção, que em outubro passado foi de 1,94 milhão de barris diários, 160 mil a menos do mesmo mês do ano anterior.
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