Acordo de livre-comércio UE-Mercosul adiado para 2018
Buenos Aires, 13 dez 2017 (AFP) - O acordo de associação entre a União Europeia e o Mercosul avança, mas ainda há muito o que fazer, avaliou nesta quarta-feira (13) a comissária europeia de Comércio, ao resumir as negociações da Organização Mundial de Comércio (OMC) em Buenos Aires.
"Há avanços, mas ainda não são suficientes. Nos aproximaremos de um acordo nas próximas semanas", disse Cecilia Malmstrom em entrevista coletiva, no âmbito da reunião ministerial da OMC.
O chanceler brasileiro, Aloysio Nunes concordou ao falar com os jornalistas: "Faltam poucos dias. Os europeus precisam fazer consultas para responder às demandas que apresentamos".
Mais cedo, Jean Baptiste Lemoyne, secretário do Comércio Exterior da França, tinha afirmado que "há trabalho a ser feito, ainda não há acordo".
"A negociação vai continuar em janeiro", acrescentou Lemoyne, que encabeçou a delegação francesa na conferência ministerial da OMC em Buenos Aires.
- Mais tempo -O Mercosul esperava anunciar ali um acordo político sobre as negociações, mas Bruxelas pediu mais tempo para avaliar uma oferta apresentada pelos latinos.
O bloco sul-americano, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, esperava que a UE se abrisse mais em rubricas que considera cruciais, como carne bovina e etanol.
O Uruguai disse que a UE não melhorou suas ofertas para essas categorias, mas disse que espera que os europeus façam isso em breve.
"Continuamos com a expectativa de que melhorem sua oferta, como o Mercosul melhorou a sua", indicou o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, que participou das negociações.
Lemoyne disse que a UE já chegou a 92% da abertura de seu comércio e o Mercosul a 90%.
Em Buenos Aires, o Mercosul apresentou uma oferta revisada sobre vários itens, entre eles a Indicação Geográfica de produtos e os refrigerantes. As propostas agora serão avaliadas em Bruxelas.
"Foram registrados avanços" nas negociações, segundo Lemoyne, mas "restam progressos a fazer em matéria de normas sanitárias".
- OMC encerra dia com acordos mínimos -A conferência ministerial da OMC em Buenos Aires fechou esta quarta com compromissos mínimos para o comércio mundial.
"É decepcionante, mas não desistiremos", disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo, na sessão parlamentar que fechou quatro dias de deliberações.
"Não alcançamos o que era esperado", admitiu Azevedo ao assinalar que Buenos Aires não deu lugar a acordos concretos nos maiores temas do comércio mundial, entre eles o freio aos subsídios agrícolas.
A reunião deixou como saldo um compromisso para discutir ações e outro para regulamentar o comércio eletrônico, assinalou Susana Malcorra, presidente da Conferência ao apresentar os resultados.
Um dos mais enérgicos críticos da OMC, o chefe da delegação dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, deixou a capital argentina na noite de terça-feira, segundo fontes diplomáticas.
Lighthizer fez duras críticas à OMC. Contudo, ele aproveitou a reunião para selar uma aliança com a União Europeia e o Japão para combater, nesta entidade, as práticas comerciais da China, que as três potências consideram desleais.
Essa reunião da OMC foi a primeira desde a chegada de Donald Trump na Casa Branca.
As perspectivas de avanços para desmantelar o protecionismo nesta conferência desapareceram, admitiram membros de delegações.
ap-gm/dm/ja/ll/cb
"Há avanços, mas ainda não são suficientes. Nos aproximaremos de um acordo nas próximas semanas", disse Cecilia Malmstrom em entrevista coletiva, no âmbito da reunião ministerial da OMC.
O chanceler brasileiro, Aloysio Nunes concordou ao falar com os jornalistas: "Faltam poucos dias. Os europeus precisam fazer consultas para responder às demandas que apresentamos".
Mais cedo, Jean Baptiste Lemoyne, secretário do Comércio Exterior da França, tinha afirmado que "há trabalho a ser feito, ainda não há acordo".
"A negociação vai continuar em janeiro", acrescentou Lemoyne, que encabeçou a delegação francesa na conferência ministerial da OMC em Buenos Aires.
- Mais tempo -O Mercosul esperava anunciar ali um acordo político sobre as negociações, mas Bruxelas pediu mais tempo para avaliar uma oferta apresentada pelos latinos.
O bloco sul-americano, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, esperava que a UE se abrisse mais em rubricas que considera cruciais, como carne bovina e etanol.
O Uruguai disse que a UE não melhorou suas ofertas para essas categorias, mas disse que espera que os europeus façam isso em breve.
"Continuamos com a expectativa de que melhorem sua oferta, como o Mercosul melhorou a sua", indicou o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, que participou das negociações.
Lemoyne disse que a UE já chegou a 92% da abertura de seu comércio e o Mercosul a 90%.
Em Buenos Aires, o Mercosul apresentou uma oferta revisada sobre vários itens, entre eles a Indicação Geográfica de produtos e os refrigerantes. As propostas agora serão avaliadas em Bruxelas.
"Foram registrados avanços" nas negociações, segundo Lemoyne, mas "restam progressos a fazer em matéria de normas sanitárias".
- OMC encerra dia com acordos mínimos -A conferência ministerial da OMC em Buenos Aires fechou esta quarta com compromissos mínimos para o comércio mundial.
"É decepcionante, mas não desistiremos", disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo, na sessão parlamentar que fechou quatro dias de deliberações.
"Não alcançamos o que era esperado", admitiu Azevedo ao assinalar que Buenos Aires não deu lugar a acordos concretos nos maiores temas do comércio mundial, entre eles o freio aos subsídios agrícolas.
A reunião deixou como saldo um compromisso para discutir ações e outro para regulamentar o comércio eletrônico, assinalou Susana Malcorra, presidente da Conferência ao apresentar os resultados.
Um dos mais enérgicos críticos da OMC, o chefe da delegação dos Estados Unidos, Robert Lighthizer, deixou a capital argentina na noite de terça-feira, segundo fontes diplomáticas.
Lighthizer fez duras críticas à OMC. Contudo, ele aproveitou a reunião para selar uma aliança com a União Europeia e o Japão para combater, nesta entidade, as práticas comerciais da China, que as três potências consideram desleais.
Essa reunião da OMC foi a primeira desde a chegada de Donald Trump na Casa Branca.
As perspectivas de avanços para desmantelar o protecionismo nesta conferência desapareceram, admitiram membros de delegações.
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