Ex-ministro russo da Economia é condenado a 8 anos por corrupção
Moscou, 15 dez 2017 (AFP) - A Justiça russa condenou o ex-ministro da Economia Alexei Uliukayev a oito anos de prisão por corrupção, nesta sexta-feira (15), ao final de um julgamento que o réu declarou ter sido orquestrado por pessoas ligadas ao presidente Vladimir Putin.
Uliukayev também foi condenado a pagar uma multa de 2,2 milhões de dólares.
A Promotoria havia pedido dez anos de prisão em regime severo e uma multa de 8,5 milhões de dólares.
Ministro da Economia de 2013 a 2016, Uliukayev, de 61 anos, é acusado de ter exigido uma propina de dois milhões de dólares ao presidente da petroleira russa Rosneft, Igor Sachin, um nome ligado a Putin, em troca de autorização para comprar ações do Estado na produtora petroleira Bachneft.
Durante muito tempo, Uliukayev se opôs à venda de parte da Bachneft à Rosneft, mas isso acabou acontecendo após receber o aval de Putin.
A prisão de Uliukayev em novembro de 2016 teve grande repercussão no país, por se tratar do dirigente governamental de mais alto escalão detido e julgado na Rússia desde a chegada de Putin ao poder há 18 anos.
Embora não seja incomum funcionários de alto perfil do governo se verem envolvidos em casos de corrupção muito midiáticos, Uliukayev foi o primeiro ministro em exercício a ir a julgamento desde o fim da União Soviética.
Em sua declaração final em 7 de dezembro, Uliukayev se declarou novamente inocente e pediu aos russos que o perdoassem por ter ignorado a situação durante tanto tempo, enquanto estava no governo.
Também se declarou "culpado de ter escolhido o caminho fácil, a carreira e o conforto", e que agora havia visto "até que ponto a vida das pessoas é difícil na Rússia".
O ex-ministro também considerou que uma condenação de dez anos na Rússia equivale a "uma condenação à morte".
"Mas a História me absolverá", acrescentou.
- Garrafas de vinho - Apesar de ter sido intimado, o poderoso Igor Sachin - chamado de "demônio" por Uliukayev - se recusou em diferentes ocasiões a comparecer diante dos tribunais.
Em sua coletiva de imprensa anual na quinta-feira (14), Putin justificou essa recusa de Sachin.
"A lei não foi aqui, em nenhum caso, infringida", garantiu.
"Os investigadores reuniram elementos suficientes, incluindo o depoimento de Sachin na investigação preliminar", completou.
O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, negou-se nesta sexta a comentar a condenação de Uliukayev.
Segundo os investigadores, Uliukayev foi surpreendido em flagrante delito quando recebia um suborno da parte de Igor Sachin.
De acordo com o ex-ministro, ele achou que a bolsa que lhe haviam dado - e que pesava 22 quilos - continha apenas garrafas de vinho de luxo.
ml-pop-all/gmo/sba/es.
Uliukayev também foi condenado a pagar uma multa de 2,2 milhões de dólares.
A Promotoria havia pedido dez anos de prisão em regime severo e uma multa de 8,5 milhões de dólares.
Ministro da Economia de 2013 a 2016, Uliukayev, de 61 anos, é acusado de ter exigido uma propina de dois milhões de dólares ao presidente da petroleira russa Rosneft, Igor Sachin, um nome ligado a Putin, em troca de autorização para comprar ações do Estado na produtora petroleira Bachneft.
Durante muito tempo, Uliukayev se opôs à venda de parte da Bachneft à Rosneft, mas isso acabou acontecendo após receber o aval de Putin.
A prisão de Uliukayev em novembro de 2016 teve grande repercussão no país, por se tratar do dirigente governamental de mais alto escalão detido e julgado na Rússia desde a chegada de Putin ao poder há 18 anos.
Embora não seja incomum funcionários de alto perfil do governo se verem envolvidos em casos de corrupção muito midiáticos, Uliukayev foi o primeiro ministro em exercício a ir a julgamento desde o fim da União Soviética.
Em sua declaração final em 7 de dezembro, Uliukayev se declarou novamente inocente e pediu aos russos que o perdoassem por ter ignorado a situação durante tanto tempo, enquanto estava no governo.
Também se declarou "culpado de ter escolhido o caminho fácil, a carreira e o conforto", e que agora havia visto "até que ponto a vida das pessoas é difícil na Rússia".
O ex-ministro também considerou que uma condenação de dez anos na Rússia equivale a "uma condenação à morte".
"Mas a História me absolverá", acrescentou.
- Garrafas de vinho - Apesar de ter sido intimado, o poderoso Igor Sachin - chamado de "demônio" por Uliukayev - se recusou em diferentes ocasiões a comparecer diante dos tribunais.
Em sua coletiva de imprensa anual na quinta-feira (14), Putin justificou essa recusa de Sachin.
"A lei não foi aqui, em nenhum caso, infringida", garantiu.
"Os investigadores reuniram elementos suficientes, incluindo o depoimento de Sachin na investigação preliminar", completou.
O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov, negou-se nesta sexta a comentar a condenação de Uliukayev.
Segundo os investigadores, Uliukayev foi surpreendido em flagrante delito quando recebia um suborno da parte de Igor Sachin.
De acordo com o ex-ministro, ele achou que a bolsa que lhe haviam dado - e que pesava 22 quilos - continha apenas garrafas de vinho de luxo.
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