Cresce pobreza na América Latina por Brasil e Venezuela, diz Cepal
México, 20 dez 2017 (AFP) - A pobreza na América Latina cresceu em 2016 e alcançou 30,7% da população, principalmente pelo revés econômico no Brasil e na Venezuela, que reduziu a média regional, informou na quarta-feira um relatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).
A pobreza média na região "sobe basicamente por dois países, que são justamente Brasil e República Bolivariana da Venezuela", disse Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal.
Bárcena explicou em coletiva de imprensa que em ambos os países a pobreza cresceu mais que no resto da região, em meio a fortes retrações econômicas, contrastando com a tendência geral de reduzir o problema graças a políticas redistributivas e melhoria dos salários.
A taxa de 30,7% indica que 186 milhões de latino-americanos são pobres, um aumento frente aos 28,5% (168 milhões) de 2014. A pobreza extrema alcançou em 2016 a 10% da população, equivalente a 61 milhões de pessoas, uma piora frente aos 48 milhões (8,2%) anterior.
O "Panorama Social 2017" da Cepal também revelou que crianças e adolescentes, com idades entre 0 e 14 anos, são o grupo mais afetado pelo problema, pois representam 46,7% do total dos pobres e 17% dos extremamente pobres.
"O fato de que a pobreza tem a face de uma criança é muito preocupante na região (...). Crianças e jovens ainda são nosso calcanhar de Aquiles", disse Bárcena.
Outros grupos vulneráveis são mulheres e a população de áreas rurais. O estudo indica que a pobreza extrema aumenta entre as mulheres em idade produtiva, uma tendência que, longe de diminuir ou estabilizar, se acentuou, afirmou.
A redução notável dos índices de pobreza e pobreza extrema registrada entre 2002 e 2014, com progressos similares em toda a região, perdeu ritmo em 2015 e 2016, ano em que a economia latino-americana recuou 0,9%, indicou Bárcena.
Ela antecipou que a taxa vai continuar estável em 2017 porque a América Latina mostrou uma tendência a recuperar o crescimento econômico que "representa um papel muito importante" para amenizar o problema.
A Cepal alertou também para os desafios futuros aos sistemas de aposentadoria da região, considerando que, para 2040, a população de 60 anos ou mais vai superar a de 0 a 14.
"Somos uma região que está envelhecendo e temos desafios muito importantes", disse Bárcena, destacando que 142 milhões de pessoas economicamente ativas ainda não têm cobertura nos sistemas de previdência social.
A pobreza média na região "sobe basicamente por dois países, que são justamente Brasil e República Bolivariana da Venezuela", disse Alicia Bárcena, secretária-executiva da Cepal.
Bárcena explicou em coletiva de imprensa que em ambos os países a pobreza cresceu mais que no resto da região, em meio a fortes retrações econômicas, contrastando com a tendência geral de reduzir o problema graças a políticas redistributivas e melhoria dos salários.
A taxa de 30,7% indica que 186 milhões de latino-americanos são pobres, um aumento frente aos 28,5% (168 milhões) de 2014. A pobreza extrema alcançou em 2016 a 10% da população, equivalente a 61 milhões de pessoas, uma piora frente aos 48 milhões (8,2%) anterior.
O "Panorama Social 2017" da Cepal também revelou que crianças e adolescentes, com idades entre 0 e 14 anos, são o grupo mais afetado pelo problema, pois representam 46,7% do total dos pobres e 17% dos extremamente pobres.
"O fato de que a pobreza tem a face de uma criança é muito preocupante na região (...). Crianças e jovens ainda são nosso calcanhar de Aquiles", disse Bárcena.
Outros grupos vulneráveis são mulheres e a população de áreas rurais. O estudo indica que a pobreza extrema aumenta entre as mulheres em idade produtiva, uma tendência que, longe de diminuir ou estabilizar, se acentuou, afirmou.
A redução notável dos índices de pobreza e pobreza extrema registrada entre 2002 e 2014, com progressos similares em toda a região, perdeu ritmo em 2015 e 2016, ano em que a economia latino-americana recuou 0,9%, indicou Bárcena.
Ela antecipou que a taxa vai continuar estável em 2017 porque a América Latina mostrou uma tendência a recuperar o crescimento econômico que "representa um papel muito importante" para amenizar o problema.
A Cepal alertou também para os desafios futuros aos sistemas de aposentadoria da região, considerando que, para 2040, a população de 60 anos ou mais vai superar a de 0 a 14.
"Somos uma região que está envelhecendo e temos desafios muito importantes", disse Bárcena, destacando que 142 milhões de pessoas economicamente ativas ainda não têm cobertura nos sistemas de previdência social.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.