Davos põe mulheres à frente, mas homens continuam no comando
Davos, Suíça, 23 Jan 2018 (AFP) - Apesar de ter preparado diversas mesas redondas sobre assédio sexual e desigualdade salarial e de, neste ano, ser copresidido por sete mulheres, o Fórum Econômico de Davos, com apenas 21% de delegadas, continua sendo um evento predominantemente masculino.
A reunião anual exclusiva na estação de esqui suíça dos Alpes abriu nesta terça com uma imagem simbólica: as sete copresidentes do evento, oficialmente presidido por Klaus Schwab, criador do fórum.
Pela primeira vez, a função honorífica é ocupada apenas por mulheres, e muitos dos seminários deste ano são dedicados à questão de gênero.
Elas são Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Isabelle Kocher, diretora do grupo Engie, Sharan Burrow, secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos, Erna Solberg, a primeira-ministra norueguesa, Fabiola Gianotti, diretora-geral da Organização Europeia para a Análise Nuclear, Ginni Rometty, diretora da IBM e a ativista indiana Chetna Sinha.
"Espero que possamos demostrar coletivamente que, inclusive sem testosterona, é possível (...) encontrar soluções" para os problemas do mundo, disse Lagarde.
Mas, na verdade, a testosterona é abundante em Davos, fórum onde a participação de mulheres avança, a duras penas, com o tempo: 18% em 2016, 20% em 2017 e 21% neste ano.
- 217 anos para a igualdade salarial -Para Saadia Zahidi, membro do comitê executivo do Fórum Econômico Mundial (WEF), que organiza o evento, a falta de mulheres tem vários motivos.
Em alguns setores, "não há mulheres suficientes", e em outras, ao contrário, há muitas, mas "não estão em pé de igualdade", explica à AFP.
Segundo estudo publicado recentemente pelo WEF, as desigualdades entre homens e mulheres se acentuaram em 2017 pela primeira vez em dez anos.
Neste ritmo "serão necessários 217 anos para alcançar a igualdade salarial. Como é possível que o mundo tenha que esperar tanto tempo?", disse à AFP Winnie Byanyima, ativista ugandesa e diretora da ONG Oxfam.
Em uma mesa redonda sobre a liderança de mulheres, Byanyima lembrou que as mulheres, trabalhadoras ou empregadas domésticas, estão "no último escalão da cadeia de produção" e são as principais vítimas de abuso sexual e da violência.
Sharan Burrows, secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos, não se preocupou em fazer alusão à presença de Donald Trump no evento - acusado por algumas mulheres de comportamentos sexuais inadequados.
"A chegada ao poder dos 'machos alfa' desatou uma onda de misoginia", explicou à AFP, em um contexto de denúncia de abusos com o movimento #metoo.
A reunião anual exclusiva na estação de esqui suíça dos Alpes abriu nesta terça com uma imagem simbólica: as sete copresidentes do evento, oficialmente presidido por Klaus Schwab, criador do fórum.
Pela primeira vez, a função honorífica é ocupada apenas por mulheres, e muitos dos seminários deste ano são dedicados à questão de gênero.
Elas são Christine Lagarde, diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Isabelle Kocher, diretora do grupo Engie, Sharan Burrow, secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos, Erna Solberg, a primeira-ministra norueguesa, Fabiola Gianotti, diretora-geral da Organização Europeia para a Análise Nuclear, Ginni Rometty, diretora da IBM e a ativista indiana Chetna Sinha.
"Espero que possamos demostrar coletivamente que, inclusive sem testosterona, é possível (...) encontrar soluções" para os problemas do mundo, disse Lagarde.
Mas, na verdade, a testosterona é abundante em Davos, fórum onde a participação de mulheres avança, a duras penas, com o tempo: 18% em 2016, 20% em 2017 e 21% neste ano.
- 217 anos para a igualdade salarial -Para Saadia Zahidi, membro do comitê executivo do Fórum Econômico Mundial (WEF), que organiza o evento, a falta de mulheres tem vários motivos.
Em alguns setores, "não há mulheres suficientes", e em outras, ao contrário, há muitas, mas "não estão em pé de igualdade", explica à AFP.
Segundo estudo publicado recentemente pelo WEF, as desigualdades entre homens e mulheres se acentuaram em 2017 pela primeira vez em dez anos.
Neste ritmo "serão necessários 217 anos para alcançar a igualdade salarial. Como é possível que o mundo tenha que esperar tanto tempo?", disse à AFP Winnie Byanyima, ativista ugandesa e diretora da ONG Oxfam.
Em uma mesa redonda sobre a liderança de mulheres, Byanyima lembrou que as mulheres, trabalhadoras ou empregadas domésticas, estão "no último escalão da cadeia de produção" e são as principais vítimas de abuso sexual e da violência.
Sharan Burrows, secretária-geral da Confederação Internacional de Sindicatos, não se preocupou em fazer alusão à presença de Donald Trump no evento - acusado por algumas mulheres de comportamentos sexuais inadequados.
"A chegada ao poder dos 'machos alfa' desatou uma onda de misoginia", explicou à AFP, em um contexto de denúncia de abusos com o movimento #metoo.
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