OCDE eleva previsões de crescimento mundial mas alerta contra protecionismo
Paris, 13 Mar 2018 (AFP) - A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para cima, nesta terça-feira, suas previsões de crescimentos da economia mundial e as de Brasil, México e Argentina, mas alertou contra um aumento do protecionismo, que afetaria a expansão e o mercado de trabalho no mundo todo.
"O crescimento é estável, ou está melhorando, na maioria dos países do G20", declarou o diretor interino da OCDE, Álvaro Pereira, citado em nota.
"Neste contexto, acreditamos que é importante evitar uma escalada das tensões comerciais", completou Pereira, em referências às dúvidas provocadas pelo anúncio do presidente americano Donald Trump de adotar tarifas pesadas para as importações de aço e alumínio.
"O protecionismo comercial continua a ser um risco-chave, que afetaria negativamente a confiança, o investimento e o emprego", alertou.
Apesar das advertências de seus parceiros comerciais, Trump formalizou na última quinta-feira sua decisão de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio. México e Canadá ficarão isentos por ora do imposto, que entra em vigor em cerca de dez dias.
Diante dos temores de uma guerra comercial, o diretor interino do organismo pediu para os governos adotarem "soluções coletivas" para gerir o excesso de produção de aço.
"É indispensável preservamos o sistema econômico internacional, para evitar os efeitos negativos a longo prazo de uma saída dos mercados abertos", indicou a OCDE, cuja missão é promover políticas que melhorem o bem-estar econômico e social das pessoas no mundo.
Maior comprador mundial, os Estados Unidos importam aço principalmente do Canadá (15,6%), seguido de Brasil (9,1%), Coreia do Sul (8,3%) e México, de acordo com o Departamento de Comércio americano.
- Expansão em Brasil, Argentina e México -Apesar das tensões, o ritmo do crescimento mundial no período de 2018-2019 será maior que em 2017, garantiu o organismo sediado em Paris, em sua avaliação econômica intermediária.
De acordo com a OCDE, a economia mundial vai acelerar o crescimento a 3,9% este ano e em 2019, ou seja, 0,2 ponto percentual a mais em 2018 e 0,3 ponto em 2019 em relação às previsões de seu informe de novembro passado.
O crescimento mundial foi de 3,7% em 2017.
"Acreditamos que a economia mundial está saindo finalmente da crise financeira", disse Pereira.
A organização é particularmente otimista a respeito do crescimento econômico dos Estados Unidos, onde as medidas fiscais "poderiam contribuir entre 0,5 e 0,75 ponto adicional ao crescimento do PIB em 2018 e 2019" .
A OCDE também elevou as previsões de crescimento para o Brasil, Argentina e México.
De acordo com a organização que reúne 35 países membros, o Brasil crescerá 2,2% este ano e 2,4% em 2019.
O México deve progredir 2,5% este ano, enquanto a economia da Argentina vai avançar 3,2% em 2018 e 2019.
Pela primeira vez, o desemprego em toda a OCDE caiu em 2017 abaixo de sua taxa anterior à crise econômica, de acordo com o relatório.
Mas a recuperação foi desigual, segundo o organismo, que indica que "as taxas de emprego entre os jovens ainda estão abaixo dos níveis prévios à crise em vários países, inclusive Estados Unidos".
meb-ys/zm/mb/fp/ll
"O crescimento é estável, ou está melhorando, na maioria dos países do G20", declarou o diretor interino da OCDE, Álvaro Pereira, citado em nota.
"Neste contexto, acreditamos que é importante evitar uma escalada das tensões comerciais", completou Pereira, em referências às dúvidas provocadas pelo anúncio do presidente americano Donald Trump de adotar tarifas pesadas para as importações de aço e alumínio.
"O protecionismo comercial continua a ser um risco-chave, que afetaria negativamente a confiança, o investimento e o emprego", alertou.
Apesar das advertências de seus parceiros comerciais, Trump formalizou na última quinta-feira sua decisão de impor tarifas de 25% sobre as importações de aço e de 10% sobre as de alumínio. México e Canadá ficarão isentos por ora do imposto, que entra em vigor em cerca de dez dias.
Diante dos temores de uma guerra comercial, o diretor interino do organismo pediu para os governos adotarem "soluções coletivas" para gerir o excesso de produção de aço.
"É indispensável preservamos o sistema econômico internacional, para evitar os efeitos negativos a longo prazo de uma saída dos mercados abertos", indicou a OCDE, cuja missão é promover políticas que melhorem o bem-estar econômico e social das pessoas no mundo.
Maior comprador mundial, os Estados Unidos importam aço principalmente do Canadá (15,6%), seguido de Brasil (9,1%), Coreia do Sul (8,3%) e México, de acordo com o Departamento de Comércio americano.
- Expansão em Brasil, Argentina e México -Apesar das tensões, o ritmo do crescimento mundial no período de 2018-2019 será maior que em 2017, garantiu o organismo sediado em Paris, em sua avaliação econômica intermediária.
De acordo com a OCDE, a economia mundial vai acelerar o crescimento a 3,9% este ano e em 2019, ou seja, 0,2 ponto percentual a mais em 2018 e 0,3 ponto em 2019 em relação às previsões de seu informe de novembro passado.
O crescimento mundial foi de 3,7% em 2017.
"Acreditamos que a economia mundial está saindo finalmente da crise financeira", disse Pereira.
A organização é particularmente otimista a respeito do crescimento econômico dos Estados Unidos, onde as medidas fiscais "poderiam contribuir entre 0,5 e 0,75 ponto adicional ao crescimento do PIB em 2018 e 2019" .
A OCDE também elevou as previsões de crescimento para o Brasil, Argentina e México.
De acordo com a organização que reúne 35 países membros, o Brasil crescerá 2,2% este ano e 2,4% em 2019.
O México deve progredir 2,5% este ano, enquanto a economia da Argentina vai avançar 3,2% em 2018 e 2019.
Pela primeira vez, o desemprego em toda a OCDE caiu em 2017 abaixo de sua taxa anterior à crise econômica, de acordo com o relatório.
Mas a recuperação foi desigual, segundo o organismo, que indica que "as taxas de emprego entre os jovens ainda estão abaixo dos níveis prévios à crise em vários países, inclusive Estados Unidos".
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