ONU denuncia forte degradação da situação no Iêmen
Nações Unidas, Estados Unidos, 15 Mar 2018 (AFP) - O Conselho de Segurança da ONU denunciou nesta quinta-feira a grave degradação da situação humanitária no Iêmen em uma declaração aprovada após várias semanas de negociações.
"O Conselho de Segurança expressa sua forte preocupação com a deterioração da situação humanitária no Iêmen e o devastador impacto humanitário do conflito sobre os civis", indica o texto, informando que "22,2 milhões de pessoas" precisam de assistência, "3,4 milhões a mais do que no ano passado".
Para alcançar a declaração, a missão britânica, que redigiu o texto, passou várias semanas negociando o conteúdo com vários países, incluindo a Arábia Saudita, envolvida no conflito, segundo fontes diplomáticas.
Ao contrário de uma resolução, que precisa de nove dos 15 votos do Conselho e que não haja veto, uma declaração "presidencial" do órgão requer unanimidade.
A declaração denuncia "o nível de violência no Iêmen e seu impacto sobre os civis", com numerosas vítimas e danos materiais.
"O Conselho de Segurança insta todas as partes a respeitar e proteger as escolas, instalações médicas e pessoas", diz o texto.
Há meses, a ONU denuncia o uso das escolas pelos combatentes como depósito de armas.
Sem citar o Irã, como os Estados Unidos desejavam, o Conselho "condena nos termos mais fortes os lançamentos de mísseis balísticos pelos huthis contra a Arábia Saudita, particularmente os de 4 e 19 de dezembro, que deliberadamente colocaram zonas civis em perigo".
Os Estados Unidos acusam o Irã, que apoia os huthis e é rival da Arábia Saudita na região, de fornecer mísseis aos rebeldes.
Teerã nega essas acusações e a Rússia vetou recentemente uma resolução condenando o Irã por violar o embargo de armas imposto ao Iêmen.
- Quase 3 bilhões de dólares em ajuda -O Conselho pede na declaração que "todos os Estados membros implementem plenamente o embargo de armas, conforme exigido pelas resoluções da ONU".
Também volta a exigir o livre acesso da ajuda humanitária para implementar o plano de assistência ao país de 2018.
A ajuda humanitária que o Iêmen precisa é estimada em 2,96 bilhões de dólares, para 13 milhões de pessoas.
Uma conferência de doadores em Genebra é esperada em breve e o Conselho insta os Estados membros a contribuir.
O corpo da ONU elogia na declaração "o compromisso da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos de contribuir com quase 1 bilhão de dólares".
Em 2015, esses dois países intervieram no Iêmen em apoio ao governo, refugiado no sul do país, contra os rebeldes huthis que controlam a capital Sanaa.
O Conselho de Segurança reafirma na sua declaração o "forte compromisso com a unidade, soberania, independência e integridade territorial do Iêmen".
A guerra no Iêmen já deixou mais de 9.300 mortos e 53.000 feridos, incluindo muitos civis, enquanto várias regiões estão à beira da fome.
"O Conselho de Segurança expressa sua forte preocupação com a deterioração da situação humanitária no Iêmen e o devastador impacto humanitário do conflito sobre os civis", indica o texto, informando que "22,2 milhões de pessoas" precisam de assistência, "3,4 milhões a mais do que no ano passado".
Para alcançar a declaração, a missão britânica, que redigiu o texto, passou várias semanas negociando o conteúdo com vários países, incluindo a Arábia Saudita, envolvida no conflito, segundo fontes diplomáticas.
Ao contrário de uma resolução, que precisa de nove dos 15 votos do Conselho e que não haja veto, uma declaração "presidencial" do órgão requer unanimidade.
A declaração denuncia "o nível de violência no Iêmen e seu impacto sobre os civis", com numerosas vítimas e danos materiais.
"O Conselho de Segurança insta todas as partes a respeitar e proteger as escolas, instalações médicas e pessoas", diz o texto.
Há meses, a ONU denuncia o uso das escolas pelos combatentes como depósito de armas.
Sem citar o Irã, como os Estados Unidos desejavam, o Conselho "condena nos termos mais fortes os lançamentos de mísseis balísticos pelos huthis contra a Arábia Saudita, particularmente os de 4 e 19 de dezembro, que deliberadamente colocaram zonas civis em perigo".
Os Estados Unidos acusam o Irã, que apoia os huthis e é rival da Arábia Saudita na região, de fornecer mísseis aos rebeldes.
Teerã nega essas acusações e a Rússia vetou recentemente uma resolução condenando o Irã por violar o embargo de armas imposto ao Iêmen.
- Quase 3 bilhões de dólares em ajuda -O Conselho pede na declaração que "todos os Estados membros implementem plenamente o embargo de armas, conforme exigido pelas resoluções da ONU".
Também volta a exigir o livre acesso da ajuda humanitária para implementar o plano de assistência ao país de 2018.
A ajuda humanitária que o Iêmen precisa é estimada em 2,96 bilhões de dólares, para 13 milhões de pessoas.
Uma conferência de doadores em Genebra é esperada em breve e o Conselho insta os Estados membros a contribuir.
O corpo da ONU elogia na declaração "o compromisso da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos de contribuir com quase 1 bilhão de dólares".
Em 2015, esses dois países intervieram no Iêmen em apoio ao governo, refugiado no sul do país, contra os rebeldes huthis que controlam a capital Sanaa.
O Conselho de Segurança reafirma na sua declaração o "forte compromisso com a unidade, soberania, independência e integridade territorial do Iêmen".
A guerra no Iêmen já deixou mais de 9.300 mortos e 53.000 feridos, incluindo muitos civis, enquanto várias regiões estão à beira da fome.
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