Fed eleva juros dos EUA ante perspectiva de crescimento sólido
Washington, 21 Mar 2018 (AFP) - O Federal Reserve (Fed, banco central americano) aumentou nesta quarta-feira pela primeira vez em 2018 as taxas básicas de juros diante do sólido crescimento dos Estados Unidos e deu sinais de que atuará mais agressivamente no correr do ano e em 2019.
O novo presidente do Fed, Jerome Powell, encabeçou sua primeira reunião de política monetária na qual ficou decidido o aumento das taxas básicas em um quarto de ponto percentual, ficando em um patamar entre 1,50% e 1,75%.
Em suas estimativas trimestrais, os membros do Fed avaliaram que, após mais dois aumentos, as taxas terminarão o ano em 2,1% como haviam calculado em dezembro. No entanto, para 2019 planejam outros três possíveis aumentos para fechar o ano em 2,9%.
"O panorama econômico se fortaleceu nos últimos meses", disse o Fed em comunicado emitido após dois dias de deliberação do comitê de política monetária (FOMC). O incremento das taxas foi aprovado por unanimidade.
Contudo, o comunicado não expõe os motivos do aumento da taxa de crescimento do PIB e tampouco menciona as reduções de impostos aprovadas em dezembro pelo Congresso, que deveriam estimular a economia, pelo menos a curto prazo.
- Divididos -Na previsão trimestral de taxas, o Fed espera para 2019 um aumento adicional aos dois planejados, embora os membros do Fed não vejam que a inflação vá acelerar. Eles preveem que terminaria 2018 em 1,9%, de acordo com o índice IPC, o preferido pela entidade, e em 2% em 2019.
"Nos dados não há sinal de que estamos no limiar de uma aceleração da inflação", disse Powell em uma entrevista coletiva após o comunicado.
Nas estimativas sobre a evolução das taxas, os membros do Fed estão divididos. Oito esperam não mais que três aumentos este ano e sete esperam quatro ou mais. Apenas oito dos membros votaram sobre este ponto, mas todos participaram das discussões abertas na terça-feira.
O Fed espera uma expansão do crescimento neste ano e no próximo. Para 2018, estima um aumento de 2,4%.
Além disso, o desemprego historicamente baixo (4,1%) continuará a cair e o ano deve terminar com surpreendentes 3,6%, de acordo com o relatório das projeções do Fed.
O comunicado da entidade diz que a política monetária continua sendo um estímulo para a economia e reitera que "ajustes mais graduais (...) vão expandir a atividade econômica em ritmo moderado".
Os membros do Fed admitiram estar surpresos com a ausência de inflação, apesar da recuperação da economia e do vigor do mercado de trabalho. Contudo, o relatório insiste que atingirá a meta de 2% a "médio prazo".
Espera-se que vários fatores, como a redução de impostos, o enfraquecimento do dólar e a robusta criação de empregos, levem a preços mais altos, enquanto o mercado de trabalho enxuto tende a elevar os salários.
Aos jornalistas, Powell admitiu que um dos riscos que as perspectivas econômicas enfrentam é o desencadeamento de uma guerra comercial.
No entanto, ele disse que a questão foi discutida na reunião, mas não entrou em detalhes sobre se os conflitos poderiam impactar a inflação, ou o crescimento dos Estados Unidos.
"Os participantes (da reunião) expressaram preocupações (...) relativamente novas", disse ele, referindo-se a uma escalada de represálias entre parceiros comerciais. "Eu não posso ser mais preciso do que isso", acrescentou.
Seu colega europeu, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, foi mais categórico. "Uma virada para o protecionismo implicaria em um alto risco para a produtividade e o potencial de crescimento da economia mundial", disse ele em 8 de março, assim que o governo do presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas sobre a importação de alumínio e aço.
O novo presidente do Fed, Jerome Powell, encabeçou sua primeira reunião de política monetária na qual ficou decidido o aumento das taxas básicas em um quarto de ponto percentual, ficando em um patamar entre 1,50% e 1,75%.
Em suas estimativas trimestrais, os membros do Fed avaliaram que, após mais dois aumentos, as taxas terminarão o ano em 2,1% como haviam calculado em dezembro. No entanto, para 2019 planejam outros três possíveis aumentos para fechar o ano em 2,9%.
"O panorama econômico se fortaleceu nos últimos meses", disse o Fed em comunicado emitido após dois dias de deliberação do comitê de política monetária (FOMC). O incremento das taxas foi aprovado por unanimidade.
Contudo, o comunicado não expõe os motivos do aumento da taxa de crescimento do PIB e tampouco menciona as reduções de impostos aprovadas em dezembro pelo Congresso, que deveriam estimular a economia, pelo menos a curto prazo.
- Divididos -Na previsão trimestral de taxas, o Fed espera para 2019 um aumento adicional aos dois planejados, embora os membros do Fed não vejam que a inflação vá acelerar. Eles preveem que terminaria 2018 em 1,9%, de acordo com o índice IPC, o preferido pela entidade, e em 2% em 2019.
"Nos dados não há sinal de que estamos no limiar de uma aceleração da inflação", disse Powell em uma entrevista coletiva após o comunicado.
Nas estimativas sobre a evolução das taxas, os membros do Fed estão divididos. Oito esperam não mais que três aumentos este ano e sete esperam quatro ou mais. Apenas oito dos membros votaram sobre este ponto, mas todos participaram das discussões abertas na terça-feira.
O Fed espera uma expansão do crescimento neste ano e no próximo. Para 2018, estima um aumento de 2,4%.
Além disso, o desemprego historicamente baixo (4,1%) continuará a cair e o ano deve terminar com surpreendentes 3,6%, de acordo com o relatório das projeções do Fed.
O comunicado da entidade diz que a política monetária continua sendo um estímulo para a economia e reitera que "ajustes mais graduais (...) vão expandir a atividade econômica em ritmo moderado".
Os membros do Fed admitiram estar surpresos com a ausência de inflação, apesar da recuperação da economia e do vigor do mercado de trabalho. Contudo, o relatório insiste que atingirá a meta de 2% a "médio prazo".
Espera-se que vários fatores, como a redução de impostos, o enfraquecimento do dólar e a robusta criação de empregos, levem a preços mais altos, enquanto o mercado de trabalho enxuto tende a elevar os salários.
Aos jornalistas, Powell admitiu que um dos riscos que as perspectivas econômicas enfrentam é o desencadeamento de uma guerra comercial.
No entanto, ele disse que a questão foi discutida na reunião, mas não entrou em detalhes sobre se os conflitos poderiam impactar a inflação, ou o crescimento dos Estados Unidos.
"Os participantes (da reunião) expressaram preocupações (...) relativamente novas", disse ele, referindo-se a uma escalada de represálias entre parceiros comerciais. "Eu não posso ser mais preciso do que isso", acrescentou.
Seu colega europeu, o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, foi mais categórico. "Uma virada para o protecionismo implicaria em um alto risco para a produtividade e o potencial de crescimento da economia mundial", disse ele em 8 de março, assim que o governo do presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas sobre a importação de alumínio e aço.
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