Banco Central mantém Selic em 6,5%
Brasília, 1 Ago 2018 (AFP) - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve nesta quarta-feira sua taxa básica de juros, a Selic, em 6,5%, considerando que a disparada da inflação em junho devido à greve dos caminhoneiro teve caráter "temporário".
A decisão - adotada unanimemente pelos nove membros do Copom - está dentro do previsto pela grande maioria dos analistas.
"A inflação do mês de junho [de 1,26% em relação a maio] refletiu os efeitos altistas significativos da paralisação no setor de transporte de cargas e de outros ajustes de preços", mas "dados recentes corroboram a visão de que esses efeitos devem ser temporários", afirma o BC em um comunicado.
A greve dos caminhoneiros contra a alta do diesel, no fim de maio, interrompeu o fornecimento de alimentos, insumos industriais e combustíveis no país, enfraquecendo uma economia que em 2017 saiu de dois anos de recessão com um crescimento modesto, de 1%, e que deve crescer apenas 1,5% neste ano.
A inflação de junho chegou a 1,26%, seu maior nível desde janeiro de 2016. No acumulado de 12 meses, elevou-se de 2,86% em maio para 4,39% em junho.
Apesar disso, manteve-se dentro da meta do BC de uma alta de preços de 4,5% neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais, ou para menos.
A previsão média do mercado é de uma inflação de 0,30% em junho e de 4,11% em 2018, de acordo com a última pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC.
As pressões inflacionárias também foram relacionadas à forte desvalorização do real frente ao dólar e às tensões e incertezas relacionadas às eleições presidenciais de outubro, que não têm nenhum candidato favorável aos ajustes reivindicados pelos mercados entre os favoritos.
No comunicado, o Copom enfatiza que "a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos".
A nota destaca que "os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".
BC interrompeu, em maio, um ciclo de 12 cortes da taxa Selic, alegando a extrema "volatilidade" dos mercados.
A Força Sindical lamentou "o excesso de cautela" do Copom, que favorece os "especuladores", em detrimento dos setores produtivos, em um país com 13 milhões de desempregados.
"É preciso que o governo adote medidas de estímulo ao crescimento econômico para criar novos postos de trabalho", afirmou a central em nota.
O mercado espera que o BC mantenha a Selic em 6,5% nas próximas três reuniões marcadas para até o fim do ano (em 19 de setembro, 31 de outubro e 12 de dezembro).
A decisão - adotada unanimemente pelos nove membros do Copom - está dentro do previsto pela grande maioria dos analistas.
"A inflação do mês de junho [de 1,26% em relação a maio] refletiu os efeitos altistas significativos da paralisação no setor de transporte de cargas e de outros ajustes de preços", mas "dados recentes corroboram a visão de que esses efeitos devem ser temporários", afirma o BC em um comunicado.
A greve dos caminhoneiros contra a alta do diesel, no fim de maio, interrompeu o fornecimento de alimentos, insumos industriais e combustíveis no país, enfraquecendo uma economia que em 2017 saiu de dois anos de recessão com um crescimento modesto, de 1%, e que deve crescer apenas 1,5% neste ano.
A inflação de junho chegou a 1,26%, seu maior nível desde janeiro de 2016. No acumulado de 12 meses, elevou-se de 2,86% em maio para 4,39% em junho.
Apesar disso, manteve-se dentro da meta do BC de uma alta de preços de 4,5% neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais, ou para menos.
A previsão média do mercado é de uma inflação de 0,30% em junho e de 4,11% em 2018, de acordo com a última pesquisa Focus, realizada semanalmente pelo BC.
As pressões inflacionárias também foram relacionadas à forte desvalorização do real frente ao dólar e às tensões e incertezas relacionadas às eleições presidenciais de outubro, que não têm nenhum candidato favorável aos ajustes reivindicados pelos mercados entre os favoritos.
No comunicado, o Copom enfatiza que "a continuidade do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira é essencial para a manutenção da inflação baixa no médio e longo prazos".
A nota destaca que "os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação".
BC interrompeu, em maio, um ciclo de 12 cortes da taxa Selic, alegando a extrema "volatilidade" dos mercados.
A Força Sindical lamentou "o excesso de cautela" do Copom, que favorece os "especuladores", em detrimento dos setores produtivos, em um país com 13 milhões de desempregados.
"É preciso que o governo adote medidas de estímulo ao crescimento econômico para criar novos postos de trabalho", afirmou a central em nota.
O mercado espera que o BC mantenha a Selic em 6,5% nas próximas três reuniões marcadas para até o fim do ano (em 19 de setembro, 31 de outubro e 12 de dezembro).
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