Chefe do departamento de câmbio do Banco Central do Irã é preso
Teerã, 5 Ago 2018 (AFP) - O vice-governador e chefe do departamento de câmbio do Banco Central do Irã, Ahmad Araghchi, foi preso, anunciou neste domingo (5) a autoridade judicial iraniana, em um contexto de queda livre da moeda nacional, o rial.
Araghchi foi preso com outros membros da diretoria e quatro pessoas acusadas de especular no mercado cambial, afirmou o porta-voz da autoridade judicial, Gholam Hosein Mohseni Ejeie, em declaração à emissora estatal IRIB.
As detenções acontecem antes das reimposição das sanções americanas, como consequência da retirada unilateral de Washington do acordo sobre o programa nuclear iraniano, alcançado em 2015.
As medidas decididas pelo governo do presidente Donald Trump poderiam ter um forte impacto na economia iraniana e em sua moeda nacional, que recentemente situou-se em seu nível mais baixo frente ao dólar no mercado paralelo.
Neste contexto tenso, vários jornalistas destacaram uma presença reforçada da Polícia antidistúrbios na noite de domingo na cidade de Karaj, a oeste de Teerã, cenário de manifestações nos últimos dias.
Segundo veículos estatais iranianos, 500 manifestantes atacaram uma escola religiosa nesta província na sexta-feira e os participantes no protesto mataram uma pessoa.
Nos últimos dias foram registradas manifestações com centenas de pessoas em cidades como Shiraz (sul), Ahvaz, (sudoeste), Mashhad (nordeste) e Karaj.
Em várias regiões do país teriam ocorrido protestos motivados pelo descontentamento diante da deteriorada situação econômica, da classe política e da escassez de água devido à seca.
Mas as duras restrições impostas à imprensa tornaram impossível verificar de forma independente a amplitude dos protestos e as imagens difundidas nas redes sociais.
Antes de sua detenção, o chefe do departamento de dividas, sobrinho do vice-ministro de Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, tinha sido demitido do cargo pelo novo governador do Banco Central, aparentemente devido à má gestão da crise monetária.
Desde abril, o rial perdeu mais da metade de seu valor com relação ao dólar. A queda se explica pelo anúncio da reintrodução das sanções americanas, mas os analistas também consideram que as medidas tomadas por Teerã contribuíra, para a queda.
As autoridades tentaram frear a queda do rial estabelecendo uma taxa oficial fixa de 42.000 rials por dólar em abril.
Mas a medida provocou uma onda especulativa no mercado negro, enquanto centenas de autoridades são suspeitas de corrupção por terem se beneficiado de dólares a taxas preferenciais.
No domingo, o governo iraniano anunciou que abrandaria as medidas tomadas.
Araghchi foi preso com outros membros da diretoria e quatro pessoas acusadas de especular no mercado cambial, afirmou o porta-voz da autoridade judicial, Gholam Hosein Mohseni Ejeie, em declaração à emissora estatal IRIB.
As detenções acontecem antes das reimposição das sanções americanas, como consequência da retirada unilateral de Washington do acordo sobre o programa nuclear iraniano, alcançado em 2015.
As medidas decididas pelo governo do presidente Donald Trump poderiam ter um forte impacto na economia iraniana e em sua moeda nacional, que recentemente situou-se em seu nível mais baixo frente ao dólar no mercado paralelo.
Neste contexto tenso, vários jornalistas destacaram uma presença reforçada da Polícia antidistúrbios na noite de domingo na cidade de Karaj, a oeste de Teerã, cenário de manifestações nos últimos dias.
Segundo veículos estatais iranianos, 500 manifestantes atacaram uma escola religiosa nesta província na sexta-feira e os participantes no protesto mataram uma pessoa.
Nos últimos dias foram registradas manifestações com centenas de pessoas em cidades como Shiraz (sul), Ahvaz, (sudoeste), Mashhad (nordeste) e Karaj.
Em várias regiões do país teriam ocorrido protestos motivados pelo descontentamento diante da deteriorada situação econômica, da classe política e da escassez de água devido à seca.
Mas as duras restrições impostas à imprensa tornaram impossível verificar de forma independente a amplitude dos protestos e as imagens difundidas nas redes sociais.
Antes de sua detenção, o chefe do departamento de dividas, sobrinho do vice-ministro de Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, tinha sido demitido do cargo pelo novo governador do Banco Central, aparentemente devido à má gestão da crise monetária.
Desde abril, o rial perdeu mais da metade de seu valor com relação ao dólar. A queda se explica pelo anúncio da reintrodução das sanções americanas, mas os analistas também consideram que as medidas tomadas por Teerã contribuíra, para a queda.
As autoridades tentaram frear a queda do rial estabelecendo uma taxa oficial fixa de 42.000 rials por dólar em abril.
Mas a medida provocou uma onda especulativa no mercado negro, enquanto centenas de autoridades são suspeitas de corrupção por terem se beneficiado de dólares a taxas preferenciais.
No domingo, o governo iraniano anunciou que abrandaria as medidas tomadas.
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