Letônia celebra eleições legislativas com pró-Rússia e populistas à frente
Riga, 6 Out 2018 (AFP) - Os letões votavam neste sábado para eleger seus deputados, em eleições que poderiam levar ao poder o partido pró-russo Harmonia, coincidindo com o centenário de sua independência.
Com um quarto dos eleitores ainda indecisos, segundo as pesquisas, tudo parece possível.
Alguns hackers sabotaram a rede social Draugiem.lv, a segunda mais popular do país depois do Facebook. "Camaradas letões, isso lhes diz respeito. As fronteiras com a Rússia não têm fim", afirma a mensagem, em russo, com imagens de soldados e tanques aparentemente russos desfilando em Moscou, com um sorridente Vladimir Putin.
"Esperávamos esses tipos de incidentes", disse o ministro das Relações Exteriores, Edgars Rinkevics, à agência de notícias LETA após anunciar uma investigação.
Depois de depositar seu voto, o presidente Raimonds Vejonis pediu para seus compatriotas irem às urnas, apontando para o referendo do Brexit como um exemplo do que poderia acontecer se não se comprometerem.
"Isso [o Brexit] nos mostrou que não devemos ficar em casa e que devemos expressar nossas opiniões", disse ele.
No meio da tarde a participação era de 39%, segundo a comissão eleitoral central, pouco mais que em 2014 na mesma hora.
A coalizão de centro-direita conseguiu reestruturar a economia após a crise de 2009, mas o eleitorado está à procura de novos rostos.
Os eleitores "querem novas caras, os ministros atuais não têm nada atraente para propor a eles, é aí que o populismo encontra o seu lugar", analisa o cientista político Filips Rajevskis.
"Espero que o partido Nova Unidade e outros partidos pró-ocidentais obtenham votos suficientes para ter uma maioria", disse à AFP Janis Parstrauts, um metalúrgico. "Mas nós tememos uma coalizão pró-Kremlin e populista", acrescenta.
Esta perspectiva assusta muitas pessoas neste país báltico de 1,9 milhão de habitantes, cuja história é marcada pelas difíceis relações com o vizinho russo.
A Letônia, bem como as vizinhas Lituânia e Estônia, conquistou sua independência em 1918, após a queda do império dos czares.
Mas os três países bálticos foram posteriormente ocupados pela Alemanha nazista e, durante meio século, pela União Soviética.
O Harmonia, partido pró-Rússia de centro-esquerda, "promete reduzir os gastos de defesa a 1% do PIB", aponta o analista político Marcis Bendiks.
"É uma ruptura com nosso entendimento com a Otan", da qual a Letônia faz parte desde 2004, acrescenta.
O país, membro da União Europeia (UE) e da zona do euro, atualmente alcança a marca de 2% do PIB, requerido pela Aliança Atlântica.
il-amj/via/sw/mra/bc/jz/eg/ll
Com um quarto dos eleitores ainda indecisos, segundo as pesquisas, tudo parece possível.
Alguns hackers sabotaram a rede social Draugiem.lv, a segunda mais popular do país depois do Facebook. "Camaradas letões, isso lhes diz respeito. As fronteiras com a Rússia não têm fim", afirma a mensagem, em russo, com imagens de soldados e tanques aparentemente russos desfilando em Moscou, com um sorridente Vladimir Putin.
"Esperávamos esses tipos de incidentes", disse o ministro das Relações Exteriores, Edgars Rinkevics, à agência de notícias LETA após anunciar uma investigação.
Depois de depositar seu voto, o presidente Raimonds Vejonis pediu para seus compatriotas irem às urnas, apontando para o referendo do Brexit como um exemplo do que poderia acontecer se não se comprometerem.
"Isso [o Brexit] nos mostrou que não devemos ficar em casa e que devemos expressar nossas opiniões", disse ele.
No meio da tarde a participação era de 39%, segundo a comissão eleitoral central, pouco mais que em 2014 na mesma hora.
A coalizão de centro-direita conseguiu reestruturar a economia após a crise de 2009, mas o eleitorado está à procura de novos rostos.
Os eleitores "querem novas caras, os ministros atuais não têm nada atraente para propor a eles, é aí que o populismo encontra o seu lugar", analisa o cientista político Filips Rajevskis.
"Espero que o partido Nova Unidade e outros partidos pró-ocidentais obtenham votos suficientes para ter uma maioria", disse à AFP Janis Parstrauts, um metalúrgico. "Mas nós tememos uma coalizão pró-Kremlin e populista", acrescenta.
Esta perspectiva assusta muitas pessoas neste país báltico de 1,9 milhão de habitantes, cuja história é marcada pelas difíceis relações com o vizinho russo.
A Letônia, bem como as vizinhas Lituânia e Estônia, conquistou sua independência em 1918, após a queda do império dos czares.
Mas os três países bálticos foram posteriormente ocupados pela Alemanha nazista e, durante meio século, pela União Soviética.
O Harmonia, partido pró-Rússia de centro-esquerda, "promete reduzir os gastos de defesa a 1% do PIB", aponta o analista político Marcis Bendiks.
"É uma ruptura com nosso entendimento com a Otan", da qual a Letônia faz parte desde 2004, acrescenta.
O país, membro da União Europeia (UE) e da zona do euro, atualmente alcança a marca de 2% do PIB, requerido pela Aliança Atlântica.
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