Militares venezuelanos bloqueiam ponte fronteiriça com a Colômbia
Militares venezuelanos bloquearam uma ponte na fronteira com a Colômbia nesta terça-feira (5, horário local, madrugada de quarta-feira, 6, no Brasil), em um momento em que a ajuda humanitária é esperada devido à grave escassez de alimentos e medicamentos na Venezuela, denunciou um parlamentar da oposição.
A cisterna de um tanque de transporte de combustível e um gigantesco contêiner de carga foram cruzados na estrada para fechar a passagem na ponte Tienditas, que liga as cidades de Cúcuta (Colômbia) e Ureña (Venezuela), constatou uma equipe da AFP na área.
Franklyn Duarte, deputado no estado fronteiriço venezuelano de Táchira, disse à AFP que "efetivos das Forças Armadas bloquearam a passagem" durante a tarde.
A ajuda humanitária foi administrada por Juan Guaidó, chefe do Parlamento reconhecido por cerca de 40 países como presidente interino depois de ter se autoproclamado em 23 de janeiro.
A oposição foi empossada depois que Nicolas Maduro foi declarado como um "usurpador" da presidência.
Maduro nega a possibilidade de aceitar ajuda internacional, considerando-a uma "desculpa" para iniciar uma intervenção militar encabeçada pelos Estados Unidos.
Segundo Duarte, a passagem na ponte foi bloqueada depois que um incidente confuso ocorreu em Ureña quando os soldados chegaram em veículos blindados para vigiar a fronteira.
Três pessoas ficaram feridas, diz o legislador, depois que um tanque atingiu alguns motociclistas.
"Eles podem colocar uma parede e não impedirão a entrada da ajuda", disse o deputado.
A ponte ainda não foi inaugurada. Ela seria lançada em 2016, mas o fechamento temporário da fronteira comum de 2.200 quilômetros - ordenada pelo governo de Maduro no final de 2015 e suspensa meses depois - atrasou sua abertura.
No entanto, segundo a imprensa, seria uma das rotas para a entrada de remessas de alimentos e remédios do exterior, embora Duarte assegure que isso ainda "não havia sido definido".
A oposição venezuelana pede às Forças Armadas que autorizem a passagem da ajuda humanitária, que segundo Guaidó está reunida na Colômbia, no Brasil e em uma ilha caribenha cujo nome não foi revelado. Os Estados Unidos já anunciaram uma primeira remessa.
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